segunda-feira, 29 de julho de 2013

LIÇÕES EXTRAÍDAS DO PAPA FRANCISCO


Quem perdeu a entrevista do Papa Francisco neste domingo, 28 de julho, no programa Fantástico da Rede Globo de Televisão, ao repórter Gerson Camarotti, ainda consegue recuperar a pérola no site da Globo.com. Em 35 anos de jornalismo jamais senti algo tão diferente me comover. Comoção consciente, sem desequilíbrio. E já sei que muitos amigos meus, e vou incluir o jornalista Carlos Felipe Horta que comentou na sua página do Facebook, também sentiram uma luz de esperança acendendo já no meio do túnel.

Não vou analisar a conversa do papa com o repórter, acredito que todos os  telespectadores que puderam apreciar foram tomados por sentimento idêntico, com certeza, por uma esperança colocada muito acima de outros sonhos dos seres humanos. Se não pela reportagem televisiva, também por textos publicados na imprensa. Vou apenas tentar sublinhar o modo de ver, ouvir e compreender:

HUMILDADE — É, com certeza, a mais importante virtude a ser praticada pelo ser humano. Ela não caiu de moda, mas se fortaleceu sabiamente.

SILÊNCIO — “Em boca fechada não entra mosquito”. O papa nada disse  sobre boca ou mosquito, mas ensinou que ficar calado diante de uma ou outra demonstração de arrogância ou prepotência é o melhor caminho.

VELHOS  E  JOVENS — Os idosos não merecem crédito, só servem para provocar piadas. Os jovens não são acreditados, não lhes dão um voto de confiança. Por que essa radicalização? É hora de rever conceitos. E está aí o grande pecado da geração atual.

MODERAÇÃO — Francisco nada disse sobre esse procedimento de pensar bem para dar uma opinião; Apenas, além de não fugir de questões polêmicas que envolvem a Igreja, mostrou como se deve ser: se não sabemos tudo sobre uma polêmica ou ocorrência, também não podemos arriscar opiniões de qualquer jeito. Sem ser um “quiabo” escorregadio, ele deu aula de ética e sabedoria.

RELIGIÕES — Os pobres estão pagando caro demais por brigas entre militantes religiosos. Enquanto esses seguidores de alguma religião se digladiam, no lugar de unir as forças para socorrer a miséria, grande parte de seres humanos morre de fome ou de frio e não tem perspectivas dignas de vida.

MANIFESTAÇÕES — A busca pela justiça social deve continuar, mas com responsabilidade e pleno domínio da situação. Os atos de rebeldia expressos em violência,  vandalismo, não podem se repetir. Que busca por direitos continue por objetivos claros.

FINALMENTE — O ser humano não precisa de repressão, de força sobre ele. O que há é uma carência total de amor, carinho, amizade no seio de cada um. Não por alguma palavra que tenha dito e muito menos por ser o chefe da religião católica, o mais importante que ele mostrou foi que, com humildade e sabedoria, Francisco vai se firmando  se como chefe de geral do mundo, mesmo que as crenças sejam diversificadas. S

De minha parte, vou tentar seguir tudo o que ele disse. Obrigado, Papa Francisco!

sábado, 20 de julho de 2013

O sapato que me faz chorar a vida inteira

— “Oh, Mercês, este sapato me faz chorar toda a hora!” — Até algum tempo antes de completar 105 anos, quando faleceu, minha Vó Maria repetia a frase que, segundo ela e outras pessoas, era a minha exclamação preferida aos cinco anos de idade. A obrigação de usar sapatos meus pais e avós me impunham, justificada numa possível e imaginária fraqueza diante de resfriados. Assim, levei e levo minha vida até agora, sempre com um sapato no pé. Vergonha na cara nunca tive, pois neste momento — sábado à tarde — estou com um sapato que me doi o pé, inapelavelmente.

Abro o parêntesis para dizer que vou subir a escada e tirar essa ofensa que se chama calçado, sapatos, qualquer coisa que me impede a felicidade desde os tempos mais remotos da vida. Vou lá e retorno num minuto. E fecho, agora de chinelos,  para dizer que Mercês é minha tia-irmã. Fui criado com ela, muito na casa de meus avós maternos, por ser o primeiro da fila de uma peble de mais de 60 que viria por aí em seguida. A reclamação soava na cabeça da tia-irmã e até hoje ela a manifesta: “Oh, Mercês, este sapato me faz chorar toda a hora!”

Maldito inventor do sapato! Algum Thomas Edíson da “urucubaca” (na loja de meu pai, em que eu trabalhava como balconista ainda criança, as pessoas chamavam o calçado alpargata ou alpercata de urucubaca). Dá para sentir que o povo da roça tinha um dicionário próprio, com notável terminologia. Sempre quis excomungar os precursores do sapato. Pra quê guardar os pés? — Já fazia essa pergunta na adolescência e ninguém dava resposta.

Muito cedo notei que havia algo errado com meu pé. As pessoas da família diziam que eram altos, jogando a culpa nas “peladas” de rua, a única diversão que havia naqueles bons tempos. Mas um dia descobri o que causa até os dias de hoje a minha aversão ao calçado: joanete. Joanete é um inchaço, geralmente dolorido, da articulação do dedão do pé. Agora parece ter surgido a cura, dizem, possível com o uso de palmilhas. Vamos ver.

Um exemplo de aversão aos sapatos vi com os próprios olhos: um senhor alto, muito gordo, de terno e gravata, tinha vindo de Dores de Guanhães, sua cidade, para fazer parte da recepção a um político da alta cúpula mineira. No antigo Hotel Pousada dos Pinheiros se deu a efeméride de um almoço festivo: todos vestidos com  trajes a rigor e o dorense desfilando a sua particularidade que se mantinha invisível por causa da calça boca larga, a chamada “pantalona”. Até que um repórter de outra cidade me chamou para mostrar o rapaz. Susto total: ele estava, com aquela pompa toda, da cabeça ao chão,  sem sapatos.

O astro da capital perdeu a condição de cena roubada para o seu admirador do interior. Seu pé, muito branco e pequeno para segurar a estrutura pesada do corpo, vez por outra, era mostrado. Mas queria eu uma entrevista de box para fazer uma só pergunta:

— Por que você está sem sapatos? Ele respondeu somente com uma palavra, me enganando completamente, pois achei que teria dito, por exemplo, o nome de uma mulher que lhe traria o calçado.

O sem-sapato disse apenas:

 — Joanete.

"Voando", restou-me a tréplica:
— Mande  um abraço para a Janete ...ou Joanete.
Ele não entendeu e deixei pra lá.

sábado, 6 de julho de 2013

Teorias sobre futebol e outras coisas mais

Como qualquer brasileiro comum, gosto de futebol, de samba e de praia. E sou metido a dar palpite em tudo. A maior das teses já transformadas em lei, nesse quesito, chama-se “Eu acho”. De “achismo” em “achismo”, cada ser vivente pensa uma coisa e, ocasionalmente quando acerta, solta logo um “Eu não falei?”. A conclusão da lei é essa.

Futebol é uma ilusão. Mas a vida também o é. Alguém, que não sei quem, escreveu, vejo sempre por aí, o seguinte: “O futebol  é o que há de mais importante das coisas menos importantes da vida”. Partindo daí, acredito piamente que vale a pena uma página sobre o assunto. E me apego às especialidades nas profissões, as quais fazem a verdade do mundo, cuja verdade é também uma invenção de nosso pensamento.
Quer dizer que um otorrinolaringologista entende de ouvido, nariz e garganta. Um engenheiro de pontes, entende de, no máximo, além de pinguelas, de viadutos; às vezes pode construir uma casa, mas não tem diploma especializado para tal. Um dentista de canal entende de canal, de gengivas, e talvez não faça dentaduras, até porque estão saindo de moda.
Na área artística, alguém sabe pintar a óleo; outros desenham artisticamente; muitos fazem quadros a pincel, grafites idem; admiramos os chargistas que, além de desenhar um  quadro engraçado, tem personalidade pública para entender o engraçado do cotidiano, principalmente na política. Em futebol, há os bons de bola; mas entre esses existem aqueles que são habilidosos ou os brucutus; uns defendem, outros armam jogadas e alguns atacam.

Estendendo para o futebol, é simples entender que um time tem característica defensiva, de jogo na intermediária ou de ataque. O que leva muitos times a derrotas massacrantes ou simples é exatamente o treinador deixar de se preocupar com o seu time e passar a dar olhos e ouvidos à equipe adversária. Entrando especificamente no Clube Atlético Mineiro, há, neste momento (hoje, sábado, 6 de julho), o entendimento de que o Galo está em caída de produção (Ver Jaeci Carvalho no jornal Estado de Minas de hoje). Discordo totalmente do que dizem e escrevem acerca do tema.

O time de Cuca sabe atacar. Defende bem porque a bola fica retida no campo de frente, com constantes perigos de gols no adversário. Quando o time vai a um jogo mais difícil, mestre Cuca quer neutralizar o adversário e arma o Galo na defesa. Foi o que sempre aconteceu, principalmente depois que surgiu o quarteto Ronaldinho, Tardelli, Bernard e Jô. Mais esclarecidamente, isso ocorreu na última quarta-feira, em Rosário, na Argentina, quando a equipe alvinegra perdeu por 2 x 0. Normalmente, no Independência, salvo algumas partidas, o Atlético só joga ofensivamente. Por causa disso está invicto no Horto e se criou o slogan forte #CaiuNoHortoTaMorto.

Não sou técnico de futebol, apenas um curioso e observador atento. Já pratiquei em certas posições muito mal e em outra razoavelmente nesse esporte. Não sou dono da verdade, mas submeto à apreciação de outros entendidos a minha tese. Se alguém me fizer total objeção, já tenho uma resposta pronta e direi que é verdade a louca frase: “Se lhe dói o dente vá ao barbeiro”.


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Da revolução silenciosa às mãos limpas

Sempre tivemos governos insensíveis. Os legisladores tentaram legitimar as decisões do alto com base na representatividade artificial. Somos 200 milhões de brasileiros e os que elegemos vêm da força do poder econômico ou das igrejas prostituídas. Mesmo assim, os espertos ou incautos tentam dizer que o voto livre e secreto resolve. Como resolve, se todas as decisões são originárias do voto comprado? Pior que o sufrágio comprado do povo é o mensalão usado para acabar com o último dever dos pseudo representantes do povo. Assim, além  de pagarmos muitos impostos, ainda arcamos com um custo de vida altíssimo, muito pela especulação principalmente.

Tudo errado não só no Brasil, mas no Planeta Terra. Mais espertos que os espertos são os aproveitadores, que ficam apenas fazendo chover no molhado, procurando eleger outra tropa para o lugar da antiga tropa. Os distraídos vão caindo no conto da alternância. E de alternância em alternância, tudo não fica apenas como antes, mas a cada etapa vai piorando. Sempre mais porque a evolução não espera os atrasados: o rio fica mais caudaloso, o mar o traga e aumenta a sua impulsão e vão sendo levados  todos os preguiçosos e/ou cegos de olhos abertos.

Enquanto isso, apesar das mostras que eram ocultas, ocorria a revolução silenciosa dentro do ser humano e se exalava também silenciosamente nos mercados, supermercados, esquinas, pracinhas, salões de beleza, barbearias e velórios. No advento da internet, esse silêncio começou a gemer, depois roncar e, finalmente rugir como um tigre de verdade. Para pular das redes sociais para as ruas faltou a “revolução dos centavos”, em São Paulo, que ainda é tentada a ser seguida pelos governos espertos. Muitos pensam que a solução é somente reduzir o preço das tarifas de transporte coletivo. E não é isso, até a minha cadela preferida, a Vidinha, já sabe de tudo. Diz-me Fernando Silva que o seu Chiquinho já empunha bandeiras e cartazes contra tudo e contra todos.

Enquanto o tigre ruge nas ruas, os governos se reúnem em Brasília já tremendo de medo. A chefe-mor veio a público anunciar o plebiscito. O povo aguardou e leu e concluiu: esse golpe é mesmo uma fraude, ou na mais ingênua das interpretações, uma quase certeza de que os nossos governantes ainda não entenderam  a voz das ruas. Muito precipitada a decisão da ilustre Dilma Rousseff, que tentou abafar uma voz silenciosa e ensurdecedora transformada em canhão de reclamações e queixas.

Dizem os técnicos em política, ou os chamados cientistas, que falta foco na voz das ruas. Só se negam a entender que não há como estabelecer objetivo comum numa revolução silenciosa de décadas, em que o povo já vinha engolindo sapos de pernas abertas. O transporte coletivo massacra em qualidade e custo e em quantidade; os impostos são irreais, além de mais cruéis do mundo; a infraestrutura urbana é caótica; a educação definitivamente está fora dos eixos  a olhos claros para qualquer cego ver ; a saúde virou um salve-se quem puder; a segurança se perdeu totalmente no meio das respostas violentas dos próprios irresponsáveis; no mundo dos aposentados, que deveria estar em calmaria ainda perdura o silêncio, mas ele vai se extrapolar; a discrepância entre os salários é incrível e, em todas as camadas políticas os nossos falsos representantes, como se não bastasse essa incongruência, estão aquinhoando rendimentos de até 40 vezes mais que a média do país.

Poderia  haver  um  esforço maior  para contrabalançar as horripilantes deficiências, mas não há. A contrapartida do poder chama-se corrupção, vista claramente em todos os momentos, a todo o instante denunciada pela imprensa e que não acaba mais. Os poderosos continuam abusando, do pequeno município ao mais abastado, e de vereadores, prefeitos, deputados, senadores, secretários e  ministros à cúpula brasiliense. Diante disso, aí está uma conclusão que deixa todos encurralados: ninguém nunca planejou uma revolta desse estilo. Nem os cientistas e nem o mais ignorante dos seres.

Então, qual é o foco? Não há o que pedir mais, chorar mais, gritar mais. Só há um caminho: primeiro a reflexão, depois o “mea culpa”. E agora me retorno ao meu inesquecível Ginásio São Francisco, de Conceição do Mato Dentro, onde vivi dias marcantes da adolescência no até então chamado curso ginasial, hoje simplesmente fundamental. O diretor, Frei Isaías da Piedade, disciplinador emérito, tinha momentos de extremo brilhantismo. Vez por outra ocorria um furto entre os ginasianos, alguém reclamava que lhe tinham surrupiado algum valor em dinheiro ou objeto.

O Frei, cara fechada e sempre do alto de sua autoridade máxima, chamava todos à capela e iniciava o seu aperto nos alunos. Fazia um preleção que abrangia ética e religião e, principalmente, sem ser muito definido, uma lei chamada retorno. Ao fim do discurso, deixava a sua sentença: quem furtou do colega não teria mais vida de consciência tranquila, mas tinha uma oportunidade. Deveria esse ladrãozinho ir à capela, no silêncio da noite ou mesmo nos momentos de estudo do internato franciscano, depositar sobre o altar o total do furto. E assim, estaria perdoado.

Eis então, a minha sugestão: que os ladrões depositem sobre o altar de suas consciências ou bancos, em contas organizadamente anônimas, pelo menos a metade do que roubaram e que outras reformas sejam feitas. Todos estariam perdoados mas definitivamente proibidos de roubar mais ou de legislar em causa própria. E que, a partir daí se restabeleça a justiça social neste rico Brasil. 

A revolução silenciosa passa, então por um caminho íngreme e  espinhoso, mas se estaciona na chamada ação “mãos limpas”. Agora ou nunca!

terça-feira, 2 de julho de 2013

Conheça o deus verdadeiro, caso se interesse, é claro

Não é necessário contar a história verdadeira de um deus a partir das mais remotas eras. Desde a Idade Antiga esse deus existe incontestavelmente e simboliza o poder de acordo com a sua quantidade em números. Aqui não vou perder tempo com isso. Há muitas fontes de consultas sobre essa história e se torna fácil entender o seu porquê e a sua importância.

Da humanidade politeísta à monoteísta pode ter demorado algum tempo vasto, mas o entendimento de cada sentido religioso também se estampa como de fácil interpretação. Também não vou me delongar nessas mudanças ocorridas através dos tempos. Nem vou me deter na história do capitalismo, que transformou o mundo em um hostil e sistemático meio de opressão e ao mesmo tempo ostentação. Quem quiser parar por aí basta consultar dezenas de autores famosos, de Marx a Hegel, passando por dezenas de outros que influenciaram as suas hipóteses e teses.

Quero chegar aos dias de hoje, tempo em que o Deus verdadeiramente amado  já pode ser entendido como uma força maior da natureza, a que criou e transformou (por meio de nós) o mundo. Para a insensibilidade só cabe o ateísmo, ou seja, para ele Deus inexiste porque sensibilidade é mais que uma nova faculdade, ela é que faz criar novos sentidos, novas fontes de interpretação, ou a realidade mundana em si. Também salto a abordagem dos céticos. Tal figura não me interessa nestas curtas linhas.

Desde quando me entendo por alguém no mundo tenho observado que há algo muito amado na face da Terra e que o adulam como um deus invisível no todo e super perceptível no tato. Não há nenhum escrúpulo: a zona rural, a cidade, o estado, o país — tudo se desperta pelo alvo do dinheiro. O médico, o advogado, o engenheiro, o técnico, o professor, o jornalista, o operário de obras urbanas, o que constrói casas e edifícios, o comerciante, o balconista, o contador, o faxineiro, o cozinheiro, enfim, todos, detêm várias maneiras de fazer alguma coisa, mas o objetivo de todo o trabalho é o dinheiro.

Você sai de casa e vai trabalhar. Se não existisse o dinheiro, provavelmente, ninguém olharia a hora para caminhar, pegar uma condução qualquer, assinar ou bater o ponto. Ficaria em casa, ou sairia para visitar alguém e mesmo conversar na praça. Mas existe a padaria, você vai lá busca o pão, antes de sair, paga o seu preço. Em casa fala-se no emprego, no serviço, no trabalho, tudo movido a dinheiro.

Também não é preciso falar muito sobre o dia a dia para dizer que tudo é dinheiro: — Quanto você ganha? Quantos imóveis e veículos tem? Quanto paga de despesas para manter a casa? Você tem plano de saúde? Quanto paga? Ah, morreu? Tem que comprar flores e caixão, há também o custo de morte que se defronta com o custo de vida. E tudo é dinheiro que, se você o tem, ou antes dele detém uma parte do poder, então você é poderoso, bonito, respeitado. É pobre? Este não venceu na vida, não está bem de vida.

E por aí vai... Só quero concluir, sem medo absoluto de errar, que este em que vivemos é o planeta da hipocrisia, onde se diz que faz uma coisa, mas, na verdade, se faz outra tarefa diferente. Aqui neste mundo só tem o Deus Dinheiro, então, deveríamos nos calar porque esta vida nada tem de verdadeiro, pelo menos sob o domínio de um deus falso e que pode chegar a nós por meios ilícitos e até violentos. “Dinheiro, amo-te acima de tudo!” — eis aí a oração que o mundo inteiro reza todo dia e quase toda hora. 

Sem contestação. E, para ansiar qualquer mudança, nunca se chegará a ela se não for abolido, suprido, retirado o adorado amor de nossas vidas. Como? Você decide e de minha parte, não sei. Fim.