sexta-feira, 28 de outubro de 2016

De que precisamos saber para não sermos idiotas integrais (1)

Neste momento, quero apenas ajudar você que me lê ou faz de conta que lê a ser gente decente. Tentar mostrar a quem acredita em si mesmo que já existem evidências determinantes sobre a moradia da verdade. Ela já tem endereço e cep. Se há pouco tempo, os filósofos diziam que havia verdades e nunca verdade, muitos passaram a esquivar-se porque pelo menos os caminhos para o encontro da realidade absoluta estão estampados e abertos bem defronte as nossas caras.

Você não precisa acreditar em mim. Mas pode fazer experimentos com as minhas sugestões. Então, lhe asseguro que, no meio do caminho estará plenamente dono de sua certeza. Para crer mesmo, tem de concordar pelo menos provisoriamente com o seguinte: enquanto o ser humano não souber a sua origem ele é um babaca-mor. Entendido? Como ele desenvolve questões sobre vida, morte, trabalho, certo, errado, doença, saúde, tristeza, felicidade, depressão, alegria — e muitas outras situações se não sabe nada sobre si mesmo? Os primeiros filósofos da civilização já questionavam sobre quem somos nós, de onde viemos, para onde vamos, o que estamos fazendo aqui neste mundo desconhecido e estranho. Embora sem resposta no decorrer dos tempos, as luzes foram sendo acesas e começaram a surgir respingos da verdade.

Então, você vai topar? Ser cobaia no lugar de estúpido. É bem mais confortável. Vou sugerir a você que, para início de conversa, tente entender os princípios aqui expostos. Entenda que a vida tem sentido. O sentido da vida é o trabalho de reconstrução do mundo, que está completamente fora do eixo. Mas como vamos entender isso? Ora, ninguém pode nem deve julgar ninguém. A única pessoa que julga você é você. Existe dentro de nós uma faculdade a que chamamos de Inconsciente. Muitos já sabem que ele é o órgão que registra a verdade do mundo. De lá ele executa tudo o que nós mandamos, ou seja, as convicções que ficam. Ele é o ser poderoso, capaz de mudar os rumos existenciais. Tem ligação estreitíssima com a origem. Há nele o poder de alterar o malfeito. Quem participou dos momentos iniciais foi o Inconsciente.

E há sempre o momento de quando alguém se desponta em choro copioso. Por que chora?. Antes disso, acerta-se usando o Inconsciente sobre a sua tarefa de vida no Planeta Terra. Sabe que vai pegar um planejamento de base, criando tópicos para as suas façanhas. Tudo inconscientemente até o dia em que acordar em prol da reconstrução terrestre e fazer a ligação com o consciente. Até chegar este dia cada ser humano trava dentro de si uma  luta contra o que não quer aceitar e a natureza. As crenças trabalham para todos serem felizes no mundo mas essa não é a proposta que o novo habitante assumiu. Todos percebem que a vida é realmente bela, mas não é o belo que nós criamos, mas a natureza criou para nós. Quer dizer, até então não sabemos nem o que é belo ou não. Triste vergonha para quem se julga o tal.

A nossa felicidade depende da eficiência de nosso trabalho. Enquanto o ser vivente ainda não se enquadrou dentro dos propósitos naturais, logicamente ele recebe uma dose de sofrimento para deixá-lo irrequieto e, assim, determinado a procurar uma saída. Dentro de nós formamos um código de mandamentos, que devem ser desmascarados ou mesmo levados à sublime certeza. Por exemplo, se você mata alguém, pode pagar com o martírio interior por mandar a culpa para o inconsciente; mas se você é muçulmano de  algum grupo de terroristas, a dor interna pode brotar em você caso não cumpra a incumbência de matar e até de morrer.

Só por saber que nos conhecemos, que temos um projeto muito grande, ou o descobrimos depois de muita luta interna e externa, assumimos o posicionamento de seguros, certos, corretos, motivados, otimistas, atentos e firmes. Então, a  ninguém precisamos imitar, copiar, tentar o falso entendimento de que é capaz de assim proceder. Disse Drummond a uma altura bem elevada de seu tempo: “Eu não sabia que a minha história é mais bonita que de Robinson Cruzoé!” A lição de Drummond vem calhar certinho em nossa procura do caminho. Aí não precisamos receber nenhuma instrução e nem lamber as botas de quem quer que seja, do pé-rapado  ao Papa ou  a Donald Trump.