quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O mundo vai acabar, sim. E já sei como e porquê. Só falta o quando


Amigos, já afirmei várias vezes que não acredito no fim do mundo tal como os falsos profetas os apregoam; ano, mês, dia, hora, tal e tal, absurda e precisamente em cima de relógios falsos. Mas acredito que o mundo acaba, sim, um dia. Não haverá um estrondo, um tsunami ou terremoto. Nada repentinamente. Mas devagar em intermináveis agulhadas, até que a última respiração seja decretada pela capacidade de resistência de cada continente, país, estado e cidade.

O principal causador do fim do mundo já está no topo da liderança. Consideram-no o verdadeiro campeão invicto e imbatível para mais alguns anos após a exterminação: o uso de drogas. Em efeito cascata, da droga, passando pelo álcool, chega-se à exterminação total da moral.  Essa moral já foi picada pela distribuição de preservativos, as novelas das oito, nove e dez, além dos costumes e em nome da modernidade ou da libertinagem.

O processo de finalização do mundo caminha cada vez mais acelerado. Antes por efeitos da progressão aritmética, o processo entra agora em multiplicação geométrica. A pressa em se autodestruir é prioritária para os agentes que comandam o espetáculo. O grupo de extermínio, que atua numa corrente forte como uma força-tarefa, conta com apoios incondicionais do governo, políticos, meios de comunicação e se confundem no seio da bandidagem.

Não sabemos que o futuro será bom, senão a partir de quando houver uma revolução radical de efeitos substancialmente estarrecedores. A revolução estarrecedora só ocorrerá por mal, não por amor como se  quer e se pregoa. Para os leigos, entre os quais me incluo, não pode haver dúvidas. O que assustava o mundo há um mês agora assusta muito mais. Em breve haverá a falta de susto, estamos, paralelamente, nos acostumando com fatos escandalosos. Em breve não colocaremos o mais tímido ponto de exclamação em frase alguma.

A droga foi o iceberg que faltava na requisição que se pensava de vir o fim do mundo via terremoto, maremoto, tsunami, enchentes e secas. A natureza não é apenas o ar que respiramos, o verde que contemplamos e outras manifestações que envolvem o desejo do bem-estar. Está incluído o comportamento humano no aspecto do geral, o todo, o contexto. E entra no meio tantos males que são desnecessários na citação, como violência, terror, preconceito, atraso, radicalismo, orgulho e muita coisa mais.

Ora, os filhos de pessoas ainda não prontas para maternidade e paternidade; o número dos que se multiplicam inversamente proporcionais ao total de famílias que planejam a sua constituição será mola destruidora. Tudo o que estou dizendo aqui, cada um pode ver no último trabalho que a pesquisadora e educadora Ana Lúcia Nascimento fez em Itabira, somando-se ao trabalho que desenvolve Brasil afora. Uma verdadeira heroína e outro dia me dedicarei a ela. Ela é digna de páginas e livros pela dimensão de seu trabalho.

Para não dizer que não falei de flores, deixo aqui uma esperança: por que governos, políticos, imprensa, comunidades, entidades, religiões não se unem e evitem o quase inevitável? Nada disso interessa àqueles que só pensam materialmente e jamais colocariam a cabeça para sustentar o idealismo por um mundo melhor.

sábado, 7 de setembro de 2013

Que independência é essa?


O grito às margens do Ipiranga realmente aconteceu? “Laços fora, independência ou morte”, disse Dom Pedro I, repercutindo na Colônia e na Metrópole. Segundo os humoristas de plantão, teria sido esse o verdadeiro grito do Imperador, erguendo a espada, como se vê em pinturas esplêndidas espalhadas por aí: “Lanço-a fora (a espada), deficiência no corte!”

Ironia à parte, a independência realmente funcionou na teoria e um pouco na prática, porque mudava o comportamento de um grande país submisso aos seus descobridores. Mas a dependência econômica, inexplicavelmente, continuou. A se considerar rica a terra que tem riquezas do próprio solo e até no fundo do mar, o Brasil seria, àquela altura da história, e mesmo hoje, o país mais rico do mundo.

— Por que não é? — Quantas vezes ouvimos esse questionamento. A resposta da maioria de brasileiros parece unânime: sempre fomos roubados, desde a Colônia até os dias de hoje. Antes, carregaram o nosso ouro, abasteceram Portugal, reconstruiram Lisboa assolada por um terremoto e mandaram para outros países, principalmente a Inglaterra. Hoje, pelo que consta, os políticos são os vilões: além de roubar, deixam de aplicar em nosso futuro.

Então, se pode concluir que independência não é realidade. Talvez ainda possamos falar o que queremos, há a liberdade de expressão. Há forças no ar circulando boatos de uma ditadura por vir. A desconfiança maior vem do cada vez mais paternal socialismo empregado pelo governo na forma de bolsas e outras benesses. Não se tem certeza alguma desse caminhar para uma nova e ainda mais cruel ditadura, mas um aviso aos herois de plantão nunca é demais para que arregalem os olhos o quanto puder.

Algo que, aparentemente pelo menos, choca a nossa soberania são as denúncias de que o Brasil estaria sendo espionado pelos Estados Unidos da América. Todo mundo sabe que há prostituição e tráfico humano avacalhando a vida humana, mas fica encoberta; é verdade que a droga é até uma força econômica, falam em acabar com ela, mas nada se faz objetivamente; há corrupção sendo praticada por minuto ou segundo nas hostes  governamentais e políticas, mas somente discursos em torno do tema são proferidos em lugar da ação de pulso forte.

Obama e Dilma se encontram para resolver o caso da espionagem. Tradicionalmente, os EUA são reconhecidos como espiões. Os próprios filmes americanos contam  casos dessa atividade praticamente normal naquele país. Aqui no Brasil também existe a espionagem. Em todas as cidades de médio porte para cima, quem sabe até nas menores, estão vasculhando as nossas vidas sem o mínimo pudor. Mas ninguém fala, ninguém pia o A.

  
Imagino um encontro entre Dilma e Obama feito na base de intérpretes. Muito cordial. Muito ameno. Ninguém manda o outro à PQP por meio terceirizado. Até muito mais, de acordo com as fotos divulgadas, houve ternura nos contatos entre ambos os governantes. Então, não há o que esperar de sensacional. Obama vai pedir desculpas publicamente, mas a espionagem vai continuar. E acho até que o Brasil nada tem a esconder. Dessa espionagem só podem sair piadas, como os humoristas nunca perdem. Mais um beijinho e tudo acabou. Pode até nascer o amor, quem sabe? Cuidado Michelle!

Enquanto isso, a independência de um país perdeu mais um ligamento com a realidade: entram em nossas vidas particulares sem cerimônia e descobrem amores e ódios que nutrem a vida de um ser humano habitante de país de terceiro mundo. Nada mais a declarar.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Que hora é este treino: fundamentos teatrais de futebol?


Os jogadores de futebol fazem atividade regenerativa. Treinamento físico sem bola. Corrida em volta do campo. Dois toques. Treinam bola parada. Coletivo. Treino recreativo. E tantos outros treinos e atividades que nem sei enumerar agora. Só quero saber o seguinte: que hora treinam

                        — Fundamentos teatrais de futebol,
                        — Mergulho nos pés do adversário,
                        — Atividade de vítima do marcador,
                        — Arte de jogar o juiz contra o público,
                        — Como dar mil capotadas no chão,
                        — A frieza de simular agressão, faltas e
                        — Como cavar penalidades?

Quando um juiz dá cartão para quem entra na área adversária dando saltos e rodando no chão, ele e nós pensamos que a palhaçada dentro das quatro linhas já acabou. Mas, não. De repente, começa tudo de novo, ele se engana redondamente quantas vezes for preciso para ser chamado de trouxa ou conivente. No futebol de hoje, além de dribles, tabelas, lançamentos precisos, jogadas geniais, existe a arte de cavar faltas e fazer expulsar o jogador do outro lado.

Se eu fosse juiz de futebol daria cartão vermelho para todo jogador que grita, roda, rola, faz gestos grotescos, ilusionistas e escandalosos quando choca com o adversário. Pela aparência dessa “vítima”  ela deve ser levada imediatamente para o  hospital, internada em UTI, enquanto o “agressor” tem que ser entregue naquele momento ao Delegado de Polícia da região correspondente ao local da correspondente partida.

Eis o que acontece depois da cena digna: o sujeito levanta mancando, andando com dificuldade, ainda praticando o contorcionismo, depois batendo os pés no chão e, em menos de vinte segundos, dispara no meio da arena como se nada tivesse ocorrido. Seria neste exato momento que o expulsaria de campo. Uma cena tão dramática, que chama a atenção de milhares de pessoas, se convertida em volta cem por cento ao jogo se mostra como uma contundente malandragem que deve ser punida.

Mas, não. O juiz pensa que está certo. O adversário que “agride” se revolta. Mas a torcida “agredida” completa a revolta que exige punição. Depois aparecem os ditos comentaristas de arbitragem e ainda dizem tranquilamente que o juiz estava certo, que aquilo foi uma agressão. Dificilmente não caem no conto da simulação. É o fim, qualquer pessoa normal pensa de si para si.


Fim, sim. Fim do futebol. Nos tempos do judas, ou das bolas de bexiga de boi, como dizem os que querem fazer pouco caso do passado, não era assim. A continuar esse teatro se desenrolando dentro de uma cancha futebolística, essa será em breve transformada em picadeiro e haverá a necessidade de colocação de uma cortina para que os palhaços e artistas se apresentem. Ou que construam, ao invés de estádios, algo com outro nome como, por exemplo, coliseus.

E volto ao treinamento desses grandes artistas do malabarismo: que hora eles treinam atividade enganosa de juízes, narradores, comentaristas e de nós, pobres mortais que sustentamos a palhacice?