sábado, 30 de março de 2019

FIQUE ESPERTO E DEIXE A COVARDIA DE LADO


Como você pode ser burro e não desconfiar? Saímos de um governo que caminhava celeremente para o regime de exceção e há ainda os desconhecedores do que ocorre no próximo quarteirão da politica e da politicagem. Ou melhor, esquerdopata no Brasil é todo cidadão que votou pela continuidade do PT no governo e fica ainda rogando pragas como aquele pássaro chamado garrincha. Não consigo ser  covarde, nem cínico, nem falso, nem desvergonhado e cara de pau, nem descarado, deslavado, despudorado, devasso, escandaloso, imoral, imprudente, obsceno, safado, sátiro, sem-vergonha, sórdido, sujo, hipócrita.

Alguém vai dizer que sou tudo isso e eu endosso, mas no quesito política, politicagem e temas dessa natureza digo e repito: não, não e não! E acrescento: conheço muitos que querem dizer que sou direita, conservador, liberal, neoliberal etc. e tal mas têm medo de não serem considerados inteligentes. Porque hoje em dia o cidadão pode ser burro de quatro patas, orelha empinada, com vocação para a cangalha, mas se disser que é esquerda, que vota no PT, recebe, imediatamente, o diploma de intelectual e cidadão de ideias avançadas. Loucura!


Toma vergonha na cara, moço! - você pode ouvir esse alerta a todo o momento caso se descuide e continue dando bobeira. Ou quer dizer que você apoia o socialismo rumo ao comunismo, ambos embasados em ditadura? Ou ainda significa que você é um despolitizado cego de olhos abertos e metido a sábio? Na verdade, falta-lhe uma dose de discernimento, uma certeza normal de  compreender essa proximidade dos últimos governos petistas com as ditaduras socialistas da Venezuela, Bolívia, Cuba, Panamá e outras mais. Será que você não toparia ir à Europa, mais especificamente às Alemanhas, a Ocidental, capitalista, e a Oriental, comunista, para entender o que é avanço, o que é atraso?

Agora vejo você lendo, analisando e comentando fatos contrários ao governo Bolsonaro. Quantos meses mesmo de tentativa de governar ele tem? Será que se pode comparar três meses com 16 anos e com o já velho e amarelado Foro de São Paulo, consagrado como projeto petista de trabalho? Você não consegue entender que nas últimas décadas foram montadas estruturas pesadas para nelas se assentar a ditadura socialista? Ah, você não vê? Se não enxerga, pegue o seu boné e continue amando Míriam Leitão, de mãos dadas com a Rede Globo que, não podendo saldar a dívida real e histórica, fica por aí cobrindo uma oposição irresponsável e desvergonhada. Não, oposição deve ser feita e precisa existir. Mas deliberadamente radical e contra o país, considero tal filosofia uma falta absoluta de visão, a completa burrice retardatária. Então, pegue cangalha e barbicacho para viver, uai!

Ficar repetindo como estou, isso machuca tal qual  aquele retrato na parede de Drummond: “Como dói!” Há clareza absoluta nos vastos horizontes deste mundo. Em matéria de saber o que dá certo, ou dá errado, tudo está claríssimo, temos fartos exemplos, muitas e muitas situações “a posteriori”. Ou você quer mais ainda? Ah, está achando que o atual governo brasileiro segue o caminho errado? É claro que não acerta em cem por cento das decisões, mas há de se convir que três meses não são 16 anos; que não se pode tomar medidas drásticas porque assim se configuraria uma ditadura de direita, o que é inaceitável também. As incertezas hoje consagradas no governo atual são, podem e devem ser creditadas exclusivamente a essas passadas vagarosas, porque, afinal, a democracia não pode eliminar etapas, nem falhar.

Concluindo: tudo o que quis dizer é que a inteligência humana é acompanhada pela coragem em dizer a verdade; pela decisão de ser fiel ao país em propostas democráticas a ele colocadas; no amor incondicional à Pátria; na torcida determinada pelo bem-estar de todos; na visão ampla e detalhada do mundo para filtrar-se um modelo final de liberdade. Fique esperto aí, oh Zé! E pare de buscar nuvens negras para fechar essa imensidão de país que não pode, como a Venezuela, chutar a felicidade para escanteio ou linha de fundo. Seja honesto, oh amigo, cabeça de bagre e covarde!

PS: Para alguns desavisados que leram Marx e pensam que estão certos, é preciso dizer que o conceito teórico marxista é totalmente inaplicável, embora fosse a intenção do fazer correto.  Aí é que reside definitivamente o impossível de ser feito: a igualdade entre as classes. Todos os exemplos que o mundo oferece nos levam a esta conclusão. Então, fica uma pergunta para um novo tema a ser abordado: vamos ficar  boiando eternamente em águas jamais navegáveis?

José Sana

Em 30/03/2019



quinta-feira, 28 de março de 2019

A VALE FINALMENTE SE DESMASCARA: ASSUME A PERSONALIDADE DEMONÍACA


O ser humano, desde os primórdios da civilização, elegeu o dinheiro como seu deus verdadeiro e intocável. Muitos buscam argumentos falsos para negar tal certeza absoluta.  Exemplos do  império da riqueza sobre a pobreza, com mandos humilhantes, chovem sobre nossos olhos. Cínicos somos nós  quando entramos numa igreja qualquer, de qual for o credo, e juramos amor àquele que negamos na prática.

Desconhecendo o sentido da vida eterna, o que evidentemente nos interessaria, adoramos empresas  fortes no mercado nacional e mundial, as espiritualidades que têm a corte real, ou santa sé, sediadas nas bolsas de valores. Eram esses ou outros os nossos santos, como Arcelor Mittal, Usiminas, General Motors, Fiat e milhares de outras organizações, principalmente a antiga e atual, a Companhia Vale do Rio Doce, hoje simplesmente  denominada Vale. Essa a tal Vale que fazia milagres,  era sagrada, se resumia em nossa divindade adorada e idolatrada. Até o mês de janeiro deste fatídico ano de 2019, a antiga CVRD fazia parte da adoração de muitos brasileiros, principalmente os residentes em Itabira.


Vistas grossas aos erros, nem o desastre humano e ecológico de Mariana tirou a fé inquebrantável na santidade da empresa distribuidora de riquezas. Nem o estouro catastrófico  de  Brumadinho destruiu a plena santidade da Vale. Mas aí começou a cair a máscara da falsa divindade, quando se escancara de forma escandalosa a declaração de   Maria Julieta  Drummond, sobrinha do poeta Carlos Drummond de Andrade: “A Vale é como uma flor carnívora. Está devorando o povo de Itabira sem  o povo perceber. O povo acha a Vale muito boa. É uma instituição muito segura. Mas vai aos poucos devorando Itabira. Quase nada resta de Itabira”. (Ana Gabriela Ferreira, 2015).

O recente episódio  de compras de moradias  na Vila Paciência revelou a estratégia da ex-santa Vale: contratou especialistas em rasteiras por força do poder financeiro que cuidaram de minar  a  resistência  dos moradores. Quem não aceitou as primeiras ofertas perdeu o rumo de suas pretensões e acabou vendendo suas propriedades por preço de banana, outros ficaram sem negociação. A poderosa Vale cuidou, por si só e imposição das leis de mercado, de desvalorizar os restantes imóveis, que eram mais de maioria das casas e barracões. E assim pagou o que quis aos que aceitaram migalhas. Finalmente, ela própria desinteressou-se em continuar a destruir a parte superior da Vila Paciência, apesar da resistência de alguns moradores , como escreveu a especialista Maria do Rosário Guimarães de Souza em trabalho científico chamado “Da Paciência à Resistência” (2007).

Agora, o modelo Paciência se escancara sob uma  nova visão ampla e escandalosa. Em vias de fazer um acerto de contas com Itabira que lhe deu a plena existência, e aproveitando-se da tragédia de Brumadinho, instala o terror na sua cidade-mãe, consagrando a ingratidão e revelando sua real identidade voltada para o mal. Não se sentindo à vontade para saldar a dívida histórica e ambiental com os conterrâneos de Drummond, ela  se  insere no contexto de promover a completa desvalorização de nossas terras, agora todas, Itabira. Se ainda existe uma inocente alma que não vê com clareza o óbvio, fica a pergunta: quem viria investir numa cidade de barragens rompendo e  à mercê da sirene devastadora que mais parece uma trombeta anunciando o apocalipse?

Em toda a minha vida de funcionário da Vale, de jornalista dela própria;  de vereador que  a critiquei veementemente;  de editor de órgãos de comunicação; de historiador que organiza um documentário sobre o relacionamento da cidade com a mineradora; enfim, tive a certeza de que poderia assim escrever, proclamar e assinar em baixo o que hoje deixo como início de uma nova postura diante dela: a Vale é o Satanás, o Capeta, o Demônio, o Belzebu que nos foi enviado para acabar de vez com a velha Itabira do Mato Dentro

Ou Itabira, com seus verdadeiros  itabiranos, reaja agora, ou nunca mais seremos dignos do respeito e dignidade de nossos filhos, netos, bisnetos e todas as gerações que virão, se haverá geração depois deste holocausto.

José Sana
Em 28/0/2019

segunda-feira, 25 de março de 2019

QUE MUNDO? QUE PAÍS? QUE DEMOCRACIA?


Sempre, sempre, sempre  recorro a um ET para  explicar-me alguma coisa  que extrapola  a nossa sabedoria. Embora um ou outro pense que esses contatos extraterrestres  sejam  imaginação,  acreditam que estou “pra lá de Bagdá”, faço uma proposta que alguns, também céticos, possam  considerar  surtos anormais de quem escreve por escrever (acho que não) ou está a um passo da clínica pinel.

Aos que assim pensam, negativamente, ou melhor, positivamente talvez, vou apresentar algumas questões que, caso queiram, podem ser  respondidas  e até me desmascararem de vez. Vamos, então, às afirmativas questionadoras:

— As eleições presidenciais do ano passado, no Brasil, foram um plebiscito. Concordam ou não? Explico: a população, mesmo sem saber, teve  de optar se queria comunismo (processo que estava em andamento) ou a volta ao capitalismo. Sendo o liberalismo também um sistema imperfeito, como tudo no mundo está incorreto, a escolha, mesmo por algo pouco acima de 10% de excesso de preferência, foi pelo segundo, ou seja, mais para o liberal que para o socialismo bolivariano.

— Somos reconhecidos, e isto repetimos sempre, como adeptos da democracia, o que está clarissimamente escrito e aprovado em nossa lei maior, a Constituição Federal. Então, de acordo com essa Carta Magna, o respeito às escolhas têm que ser, obrigatoriamente, consolidado. Não é exatamente o que ocorre hoje em dia no país: parte da imprensa que se sente atingida nos seus privilégios faz oposição cega e interesseira; políticos que foram obrigados a deixar  suas mamatas de lado estão esperneando; e o restante da população mostra-se ou certa, ou insegura, ou cambaleante, porque, afinal, uma mudança sempre deixa as pessoas de pulga na orelha e se trata, agora, de derrubar estruturas preparadas para levar o Brasil aos porões do horror sem retorno.
— Sabemos, então, que o Brasil vem de um caminho muito tortuoso: estava sendo preparado para o sistema socialista rumo ao comunismo, seguindo as pegadas não tanto triunfais, ou praticamente causadoras de caos, dos países situados ao seu redor, como Venezuela, Bolívia e Cuba, entre outros. Optando pelo lado oposto — seguir a estrada contrária, a mesma que é natural do ser humano —  a democracia e a liberdade puras, incomodam sobremaneira as vontades pessoais ou corporativas de pessoas ou grupos. Daí, inconsequentemente, querem derrubar o governo a troco de  falta de  respeito jurídica, moral e até mesmo ausência absoluta de lealdade ao país

— Por que insistir no socialismo que não deu certo em lugar algum e a maioria do povo não deseja? Por que voltar ao que estava causando estragos à nação brasileira, mais do que todas no mundo, dotada de riquezas naturais? E essas riquezas  podem tornar feliz a comunidade, mesmo com limites, já que é preciso apurar: não estamos no mundo para só levar vantagens; nossa felicidade existe mas dentro de critérios divinos?

— Quem deseja o socialismo/comunismo precisa rever a sua posição: será que vai fazer o povo feliz? Por que não visita ou pesquisar por informações, por exemplo, os países de economia mais equilibrada e próspera, como Alemanha Ocidental, Canadá, Estados Unidos e os comparar a Cuba, Bolívia, Panamá, Venezuela?

Nada mais a declarar. Em que país estamos? Que mundo é o nosso? Se você não sabe, convido-o a procurar saber. Todos os seres humanos pensam diferente, é uma exigência do dom que Deus nos deu por meio do livre arbítrio,  e entenda em qual sistema, em qual regime poderemos exercitar esse livre arbítrio?

Quem for livre para pensar e se expressar no socialismo/comunismo, diga e prove. Então,- serei seu eterno seguidor. Não decepcione AQUELE que nos deu o mundo para viver e nele fazer o que bem queremos, assumindo as consequências dos próprios atos.

José Sana
Em 25/03/2019

sábado, 23 de março de 2019

FAZ 30 ANOS A PARTIDA DELE (E em tantos lugares está faltando ele)

Neste 23 de março, sábado, são completados 30 anos que ele partiu. Sebastião Cândido Ferreira de Almeida, conhecido como Tãozinho do Godó, nasceu e viveu em São Sebastião do Rio Preto.

Tãozinho deixou escrito do próprio punho: “Sebastião, nome de batismo; Cândido vem do pai, Godofredo Cândido de Almeida; Ferreira, da mãe, Maria da Natividade Ferreira de Almeida, ou Sinhá do Godó. Nasci em 27 de fevereiro de 1914. Signo de Peixe. O padre que me batizou: Cônego Manuel Ferreira Madureira. Padrinhos de batismo: Melchiades Cândido de Almeida, conhecido como Quidinho, irmão de meu pai, e Francisca Conceição Ferreira Maia, Nhachica, irmã de minha mãe. Joaquim Manuel Gonçalves, Joaquim do Godó, é meu padrinho de crisma. Meus irmãos: Maria Jacintha, José Cândido Ferreira de Almeida ou Zezé do Godó, Luzia Cândida Ferreira de Almeida, Godofredo Cândido de Almeida Júnior, Irmã Míriam de Almeida e Domingos Primo de Almeida”.

Continua em sua autobiografia: “Itália, minha esposa, nasceu em Ouro Preto, em 14 de novembro de 1923. Signo: Escorpião. Filha de Seraphim Sanna e de Dona Maria Magno Sana. Ficamos nos conhecendo em 1936, mas iniciamos o namoro em 1938, ano em que, em agosto, ela retornou a Ouro Preto para estudar. Ficou em Ouro Preto no restante do ano e todo 1939. Voltou para casa em janeiro de 1940. Reiniciamos namoro em 20 de janeiro de 1940, dia da Festa de São Sebastião”.

E segue: “Fui agente recenseador em 1940, quando canalizei para o bolso pouco mais de NCR$ 2,50 (dois contos e quinhentos). Senti a necessidade de casar-me, pois já ficava coroa e gostava da Itália, que parecia gostar de mim também. Daí, então, a decisão de ficar noivo. Escolhi o dia 9 de janeiro de 1941, dia do aniversário de meu pai. Infelizmente, não obtive resposta nesse dia, mas somente no dia 12, três dias depois. Foi até engraçado o meu pedido e creio que sui generis, pois jamais ouvi dizer que uma pessoa peça o casamento, não tem resposta e continua frequentando a casa da moça. É engraçado ou não é? Foi o que aconteceu comigo.

O nosso casamento deveria ser realizado em outubro de 1941, dia do aniversário do sogro Seraphim.  Entretanto, por motivo de doença da noiva, foi o mesmo adiando sine die. Itália foi acometida de uma moléstia que ninguém descobriu, inclusive o médico chamado para vê-la, Dr. Costa, de Santa Maria de Itabira. Não experimentando melhora, ao contrário, piorando dia a dia, foi ela levada no catre (cama) até Morro do Pilar, daí seguindo de automóvel até Belo Horizonte, onde ficou de maio a julho de 1942, quando voltou para casa sem melhorar”.

Ele conta ainda em sua autobiografia inacabada detalhes da doença da noiva e o drama vivido por ele, que acompanhou Itália e o pai na capital à procura de solução para o problema de saúde, lá permanecendo não menos de um mês.


Tãozinho e Itália: 46 anos casados

Depois, prossegue: “No dia 30 de outubro de 1943, casamo-nos, quando ela já estava totalmente recuperada, graças à suspensão de medicamentos, iniciativa do próprio pai, farmacêutico. Fez o nosso casamento religioso o padre Argel Dias de Azevedo”.
Do casamento nasceram dez filhos: José, Carlos, Maria das Graças, Sebastião, Elizabet, Roberto, Renato, Mary, Marisa e Keile. Em vida teve netos, posteriormente bisnetos.

Tãozinho do Godó foi vereador, quando o então distrito de São Sebastião do Rio Preto pertencia a Conceição do Mato Dentro. Na vida política, destacou-se por participar da comissão de emancipação do distrito, desmembrado de Conceição do Mato Dentro em 31 de dezembro de 1962. O município foi instalado em 1º de março de 1963. No novo município, tornou-se vereador e presidente da Câmara Municipal no primeiro ano da nova cidade.

Construiu sua vida profissional no comércio desde a infância, com o pai e, depois, por conta própria, na sua loja que denominou Bazar São Geraldo.

Na vida comunitária, participou de movimentos diversos, dentre os quais, de organização da Sociedade dos Amigos de São Sebastião do Rio Preto, entidade que montou a Usina Elétrica Nossa Senhora de Fátima, depois Cachoeira Alegre.

Foi músico da Banda do Godó, organização que resistiu até alguns filhos e netos do patriarca Godofredo, herança de portugueses que chegaram ao Brasil nos séculos 18 e 19.

Tãozinho faleceu em 23 de março de 1989, em Itabira, aos 75 anos de idade, deixando filhos, netos e a esposa, Itália Sana de Almeida, que faleceu em 28 de setembro de 2017, aos quase 94 anos de vida. Foi sepultado na terra natal.

Como naquela melodia famosa, de Nelson Gonçalves e Raphael Rabello, vale a pena plagiar como forma de homenagem:
Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã
Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída não doía assim”

José Sana
Em 23/03/2019

quarta-feira, 20 de março de 2019

COMUNISTAS, NÃO ME PERTURBEM MAIS!


Decorridos cerca de 4,54 bilhões de anos da existência do Planeta Terra; cerca de 195 mil que apareceram por estas bandas os primeiros seres humanos “modernos”; aproximadamente 120 séculos que foi registrado o nascimento da inteligência humana  — dados científicos de antropólogos e historiadores — e chegamos a uma época chamada de quarta revolução industrial, mesmo assim ainda estamos em plano inferior a  Sócrates no seu assustador “Só sei que nada sei”.  Tudo bem, queria perguntar a uma meia dúzia, ou menos, de leitores que me leem: você ainda não aprendeu a decifrar a ditadura socialista comunista e alimenta  esperança para ela? O percurso do mundo até aqui tem longevidade, mas a vida é curta e nosso tempo vai se esgotando.

Você seria comunista apenas porque as discussões no boteco da esquina, ou no salão de beleza, ou no rol da igreja a que comparece para orações semanais instigam-no a tal, ou é a escola que o influencia e nela perambula um professor de história que quer ser diferente e se diz marxista? Ou você, vivendo o pleno capitalismo que domina o mundo, que existe desde Adão e Eva  — “Sustentarás a família com o suor do teu rosto!” — sonha em ocupar o lugar dos reis e dos ditadores pois só eles desfrutam das abundâncias do sistema do ferro e do fogo?

Você, que está sabendo do que se passa no vizinho país, a Venezuela, a derrocada completa do regime que acabou despedaçando a economia de um país pequeno e rico, nega-se a mirar este exemplo como uma bússola que mostra o rumo “aqui mora o fracasso”? Você, que ama seu país e sua família, parentes e amigos, deseja que o nosso país siga os mesmos rumos de outros na América Latina, onde definitivamente o sonho socialista virou pesadelo de terror e horror?

Imagino que fazer uma comparação do socialismo/comunismo x capitalismo num só núcleo do globo terrestre possa ajudar aos que ainda estão com a mente infestada de sonhos contraditórios e impossíveis, ou mais claramente, sofreram alguma lavagem cerebral no curso da vida. Então, coloco um mapa em cima da mesa, abro-o para ver o que está ao nosso alcance enxergar. Depois de tantas informações e claríssima limpidez, o óbvio que de tão repetitivo parece um pleonasmo, estampa-se e nos ofende e humilha a percepção. A partir de dados mensuráveis vividos e mostrados pelas duas Alemanhas, a Ocidental e a Oriental,  temos a lucidez de sentir, apalpar, farejar todas as agruras que o regime socialista/comunista nos escancara para que evitemos seguir suas pegadas maliciosas.

Acrescentando mais algo lúcido a esta discussão que já não deveria existir mais, recorro ao filme intitulado “Dramática Travessia”, produzido em 1981 e lançado no ano seguinte, com uma hora e 46 minutos de projeção, direção de Delbert Mann, histórico, drama, suspense, baseado em realidade, para colaborar nesta varrição de mentiras que assola o cérebro de alguns descuidados.





A história verdadeira que o filme retrata ocorre em 1978, quando duas famílias, Strelzyks e Wetzels, trabalham em um plano para escapar para o outro lado do Muro de Berlim. Consciente da forte militarização, Peter Strelzyks sabe que a única forma de ultrapassar o muro é pelo ar. Com a ideia de construir um balão caseiro, espaçoso o suficiente para carregar as duas famílias, eles apostam na arriscada aventura que pode realizar seus sonhos de fuga ou destruir todos de uma só vez.

Agora vejam os horrores do regime da República Democrática Alemã (RDA) — democrática só na sigla, como de todas as ditaduras mundiais — levam as famílias, com filhos menores e arriscam quase uma dezena de vidas. Eles conseguem alçar voo com o balão e, após perseguição desesperada de membros do governo totalitário alemão, atravessam o muro e pousam numa clareira da floresta, pertencente à Alemanha Ocidental. Estão salvos. Celebram festivamente, abraçando-se. Vale a pena ver o filme.

Além dessa história emocionante, convido a meia dúzia que me lê a fazer comparações entre as Alemanhas Ocidental, do Capitalismo, da liberdade total e da democracia, com a Alemanha Oriental, insistente no Socialismo Comunista, degradante e exibindo sua força de um regime de exceção. O Muro de Berlim já foi demolido há quase 30 anos, mas ainda nos oferece outro exemplo desanimador diante da realidade cultural e histórica: suas marcas prevalecem e ninguém precisa mais construir balão para atravessar da miséria para o progresso, mas a cultura da opressão, da falta de vontade de viver ainda persiste lá, sobrevive, com a pobreza que é uma característica socialista/ comunista, um câncer que avança mesmo contra remédios eficientes.

Enquanto isso, a conta para o Brasil, é menor, são 16 anos de governo rumo ao mesmo objetivo inadmissível que nos apunhalou. A tarefa brasileira representa em torno de 50% da empreitada alemã, mas ainda assim, considerando que o país tem 40% de cegueira política, social, econômica e financeira, o desafio é gigantesco. Precisamos também construir balões caseiros para que atravessemos o muro do obscurantismo, da visão retrógrada (que só alcança um palmo depois do nariz) e da preguiça que também o comunismo produz. Você sabia que no socialismo bolivariano pode cruzar os braços e não morrerá de fome? Uma afronta aos desígnios divinos.

Depois de assinar esta página, espero não ser mais preciso discutir este tema com quem quer que seja, porque, repetindo o que registrei, o Planeta Terra tem vida longa, mas nós, não, somos de curta duração e o tempo se extingue enquanto prevalecemos apagados na ignorância.

José Sana
Em 20/03/2019

sexta-feira, 15 de março de 2019

CARTA ABERTA A LEVIR CULPI


Senhor Levir Culpi,

Cordiais saudações.

Não vou me apresentar mais extensamente, como deveria, porque sou atleticano. Atleticano não precisa de apresentações. Dentro dos costumes  usuais, o senhor  só precisa saber, se desconhece esta característica, que todo torcedor alvinegro mineiro é basicamente igual, ou seja, fiel, exigente, fervoroso e, acima de tudo, apaixonado. E não tem medo de gritar das arquibancadas “burro, burro, burro!” com sorte ou sem sorte  se a ocasião assim o requer.

Mas, de lambuja, como se usa muito o termo no futebol, vou lhe dar uma dica que acrescenta alguma credencial em minha identidade: sou do interior, nascido numa pequena cidade (São Sebastião do Rio Preto) e morador, há mais de 50 anos, em Itabira, que o senhor  conhece de várias partidas que jogou defendendo Cruzeiro ou Atlético, contra o Valeriodoce Esporte Clube. Concluindo a informação, tenho absoluta certeza de que estou defendendo a paixão de  mais de 80% de atleticanos.

Então, vamos ao que interessa. O que interessa é que o senhor saiba o seguinte: a torcida estará sempre do lado em que o senhor estiver, mas não tolera, de forma alguma, alguns defeitos muito comuns em treinadores de futebol, alguns que não lhe escapam.  Por exemplo, a pirraça, a teimosia, o cinismo, a hipocrisia. Entender de futebol, a esta altura, pouco interessa, porque praticamente todos os brasileiros, principalmente atleticanos, entendem um pouco. Somam-se todos, e nos unimos, determinadamente, do Galo Forte e Vingador.

A nossa equipe ia  mais ou menos bem quando o senhor chegou.  De repente, por conta de sacar do time um jogador que não vai bem, ou não é bom mesmo, o Chará, o senhor inventou. Sua invenção é, claramente, andar para trás porque “inovou” com três volantes. A que chegou todos já sabiam: tirou a velocidade do time e o Galo virou um time muito fraco no ataque.

O senhor peca claramente contra a lógica ao manter no time o lateral Patric. Não vamos crucificar um atleta voluntarioso, mas é preciso dizer que ele é muito limitado tecnicamente. Em todas as partidas Patric joga a mesma coisa, ou seja, mal, muito mal, sempre mal. Diria que neste ano de 2019, fez o que a imprensa chama de assistência e que, na verdade, foi ele chutar para a frente e a bola cair na cabeça de um companheiro.  Para o lugar  dele o clube trouxe um lateral-direito, Guga. Por que fez tal contratação? Apenas para ter um atleta melhor que o Patric no banco de reservas? Pare de teima e resolva isso logo, senhor Levir! Esse orgulho que o senhor faz absoluta vontade de mostrar a todos nós, é perda de tempo por ser desnecessário. Torcedor quer ver o time vencendo e não o treinador dando respostas sarcásticas a eventuais repórteres.

Olha, não vou muito longe. Informa a imprensa que o senhor está com dificuldades em escalar o time para o jogo de domingo contra o América. Por que essa situação o domina? Por que simplesmente está querendo, mais uma vez, inventar e fazer jogar como jogou mal o time em quatro  partidas da Libertadores?

Anote no seu caderninho que 80%, ou mais, dos atleticanos vão lhe dar uma colher de chá neste domingo, dia 17 de março. Aí a nossa paciência se esgotará caso venha o fracasso por culpa de defeitos que estamos cansados de ver na escalação do time. E isso não é ameaça, mas alerta, porque eu, pessoalmente, não estarei fazendo coro com gritos contra o senhor. Detesto ver a sua cara de artista de faroeste italiano se vangloriando de mandante de time de futebol.


Faça o seguinte, senhor Levir: pegue o time titular e retire dele os jogadores que estão em má fase ou são ruins porque nasceram assim. Saque, por exemplo, Patric; mantenha a zaga completa; não tem um substituto agora para Fábio Santos, mantenha-o, ele está mal mas pode melhorar; outro problema do time está no meio de campo: dê uma descansada no Adilson, que se esqueceu de jogar depois de renovar contrato; José Welison é o melhor cabeça de área no momento; Elias, coitado, vai mal, mas parece estar sendo sacrificado e Blanco não pode entrar, então, dê a Elias mais uma oportunidade com uma conversa ao pé do ouvido, quem sabe volte a ser o que era; Luan continua, esse é o menino maluquinho em que confiamos sempre; Chará sai e entra Maicon Bolt para  retornar ao que o senhor tirou do time na mudança brusca, a velocidade; e continuam Cazares, o sobrecarregado, e Ricardo Oliveira (este que pode ter a sombra do Papagaio, quem sabe essa ave completa o Galo?).

Pronto. Como treinador de futebol há longos anos, é sabido pelo senhor e por qualquer cidadão de inteligência mediana, que no futebol o que manda é o “encaixe”. A esta altura, com time um pouco comum, composto de alguns jogadores vindos das contratações malucas do desconhecedor total de futebol, Alexandre Gallo, o que nos resta de esperança é somente esse encaixe de peças, porque tudo está feito.

Então, por hoje é só. Deixe de teima! Todo mundo sabe de sua pirraça. Procure desmentir os que lhe chamam deste nome feio: pirracento. Faça isso porque o risco que o senhor corre é muito alto e ninguém sabe de uma reação adversa da torcida a esta altura de campeonatos que vamos perdendo pouco a pouco. E olhe que o medo maior do atleticano é este: cair de novo para a segunda divisão. Somos candidatos, viu? Pelo amor de Deus, acorde, Levir de todas as culpas, além do Sette Câmara!

Atenciosamente.
José Almeida Sana
RG M-2 965 104

OS: Já estava escrito este texto quando li sobre a entrevista de Levir concedida à imprensa agora há pouco. Chamou os críticos de covardes. Aí estão as minhas críticas e aí está minha identidade. Covarde, não, seu treinador teimoso e pirracento! 

quinta-feira, 14 de março de 2019

RECADOS DO ET AO MUNDO

Faz três meses, acho que sim, não falo com o ET. Ele me atendeu no início de janeiro deste complicado ano de 2019 para uma entrevista  concedida à luz de velas, num beco sem saída de Itabira. Ele gosta de lugares baldios, pouco frequentados, além de sua preferência lúgubre por horas avançadas, mais precisamente por volta das meias-noites, quando os vampiros e as assombrações, segundo Machado de Assis, fazem qualquer durão das pernas tremer até os pés. Só que hoje as almas do outro mundo sumiram de nossa imaginação retardada. Pensam que ficamos mais espertos.

Não aprecio voltar constantemente a temas já focalizados. Tento passar para outros assuntos, diferentes, mas o meu amigo Extraterrestre é obsessivo, adora bater nas mesmas teclas. Até que explica o porquê dessa sua até certo ponto chata insistência. Diz que o homem está na face do Planeta Terra para resolver um monte de problemas, mas não atinge o seu objetivo pelo fato de fugir do que de sua real função. Pede que eu escreva com letras maiúsculas: QUESTÃO NÚMERO UM, A ORIGEM.

Tentei de várias formas obter dele uma dica sobre a busca deste primeiro desafio. Ele insistia no seguinte argumento: vocês mesmos, os terrestres, precisam descobrir, por técnicas próprias, os sintomas e, depois, a realidade desta questão primeira. Ele permaneceu  assim fazendo insinuações, rodeando as soluções, forçando para que nós, animais racionais ou mesmo irracionais em determinados momentos, tenhamos a mínima inteligência para encontrar o fio da meada.

O ET tomou definitivamente a palavra e, assentado no meio-fio, sem o mínimo conforto como ele nem liga, começou a falar, vendo que eu gravava até seus soluços a arrotos: “Vamos à origem. Já me cansei de dizer que enquanto não se descobrir a origem do ser humano e sua função no lugar onde está, não haverá a possibilidade do acerto”. Tais palavras nos garantiam o direito de raciocinar, ou seja, concluir que até agora, decorridos bilhões de anos em que o ser humano está no Planeta Terra, nós humanos só aprendemos a voltar atrás, ou seja, a desistir do que sabemos de pouca em pouca passada.

Mas continuemos ouvindo o morador de outro planeta (não me fala mesmo de onde é, mas desconfio que seja de Júpiter). Fiz-lhe uma pergunta:
— Como se chegar ao entendimento da origem da vida, do mundo, do ser humano, de animais e vegetais?
Resposta mais que clara do habitante de outros mundos:

— Você tem de juntar hipóteses diversas, possíveis, observando o que aprendeu na vida como quebra-cabeça. Com elas, caminhe para estabelecer uma tese. Procure juntar as teses dentro de lógicas, aproveite muito os conhecimentos adquiridos em sua jornada até agora. Depois veja se consegue fazer uma proposta para formulação de  leis naturais. Anote no seu caderno: H (hipóteses) + H + H (o quanto quiser) = T (tese). A Tese lógica torna-se uma proposta de LN (Lei Natural). A lei, seguida ao pé da letra, leva você a se descobrir. Toma um senhor susto, mas tudo bem, é bom assim. E vai colocando à prova as leis que as hipóteses e as teses apresentaram.



— Você me daria a colher de chá de um exemplo?
— Sim — palavra extraterrestre — admita que você vive porque quis viver; quis viver para aprender; aprender para igualar-se a uma inteligência superior. Tudo isso são hipóteses e delas se forma uma tese; a tese seria, neste caso, o seguinte: a vida é um período que acontece por nossa opção, temos funções várias a executar; seremos felizes se descobrirmos se fizermos o que nós próprios estabelecemos.

— Obrigado, prezado ET, por hoje. Quer concluir?
— Sim, quero e preciso: mando um recado aos seres viventes.  É o seguinte: se não abrirem os olhos por amor, por busca incessante, por quebra da preguiça, por coragem, abrirão por dores atrozes. Vocês terão muitas amarguras, chacinas, desgraças,  sofrimentos cruéis, caso prefiram se manter de braços cruzados. Entendido? Transforme o que acabo de dizer em mais uma lei natural e pratique a lei. Fim de papo por hoje.

José Sana

14/03/2019

segunda-feira, 11 de março de 2019

CARNAVAL: FIM DE UMA FESTA QUE JÁ FOI INTERESSANTE


Antes que meia dúzia de leitores venha me proclamar antigo, reforço a opinião de cada um: sou anterior às Inconfidências Baiana e Mineira, à Guerra do Paraguai, a todas as ditaduras brasileiras e estendo essa antiguidade ainda mais: venho do período do entrudo português nos tempos do Brasil Colônia. Aí, dispenso qualquer tipo de antecipação sobre a minha mente ligada ao passado.

E é exatamente por causa disso que me sinto um tanto quanto credenciado a falar da festa de momo, muitas vezes lembrada como cultura  mas sempre com um viés distorcido para o lado oposto. No Brasil, o tipo de carnaval dos umbigos de fora começou no advento da televisão, até certo ponto muito recente porque foi o anteontem de nossa história.

O tempo em que vivi, muito antes da televisão, se havia devassidão ela se confinava nos salões chiquérrimos das grandes cidades e nunca nos recintos modestos que frequentei. Tão contundente era a escola com aulas de  pudor que até me lembro de um “escândalo” da época, divulgado na transmissão da Rádio Nacional do Rio de Janeiro (estão vendo como sou antigo?), uma modinha que guardei no recôndito mais atento da memória:

“Na minha casa não racha lenha./
Na minha racha, na minha racha./
Na minha casa não falta água. / Na minha abunda.”

“Ah! Antigamente é que era bom!”. Quando alguém com mais de 60 anos faz essa afirmação é imediatamente chamado de saudosista, desatualizado e de tantos outros adjetivos deprimentes. É claro que não pretendemos voltar a brincar com lança-perfume, bisnagas e vestindo smoking. Apenas lembrando como o carnaval caiu no termômetro cultural, no Rio de Janeiro, talvez a sua capital mundial, em cuja Cidade Maravilhosa predominava o culto de Machado de Assis, caiu essa característica, inesperadamente, para  a baixa literatura dos gandaeiros. Para salvar tal situação, inventaram termos  como “nu da arte”, “beleza intocável”, e outros mais, surgindo a tal Globeleza, símbolo de uma época que se desembarcava do puritanismo.




Carnaval seguido por carnaval, umbigos passaram a nem ser vistos mais, nem focalizados pelas câmareas, nenhum existe. Se até meados do século XX  e, em grande parte, a gente brasileira vivia a repressão do erotismo e transformando interesseiramente a nudez em arte, a partir dos anos 1960 observou-se uma clivagem. O corpo despido lentamente se disponibilizou. Lentamente, também, caíram os panos. A nudez deixou de ser sinônimo de proibição até mesmo sem arte e tudo o que dissesse respeito à sexualidade começou a ganhar o centro da vida social, servindo  também  às estratégias de consumo.

Estourou 2019, vamos chegar aqui rapidamente para que este texto não dure tanto. Houve, então, um salto de fazer inveja a Sodoma e Gomorra. O desbandalho foi escandaloso de abalar céu, purgatório e inferno, como dizem por aí . Nem sou capaz de escrever o que vi, todos viram, muito além daquilo que o presidente Bolsonaro, a meu ver inadequadamente, no calor de seu susto, postou nas redes sociais  e que recebeu hipócritas críticas de vários jornais do mundo, sem contar de alguns brasileiros igualmente perdidos no jardim da falsidade chamada ideológica e que não passa de completa proclamação da hipocrisia, do “faça o que falo mas não faça o que faço”.

Só tenho a dizer que o carnaval definitivamente acabou, foi  sepultado pela depravação, também embalado por algumas expressões que são simplesmente homofobia, ideologia de gênero e outras mais. Como escrevi acima, não vou citar o que vi, tenho extrema vergonha de nossa raça chamada humana, muito mais horrenda que a dos irracionais pelo que se expôs neste tempo que precisa ser esquecido.

Não se pode censurar, é contra a democracia. Imitar o presidente até eu condeno, o certo são aqueles espantalhos expostos em posição que Napoleão perdeu a guerra, de vista escancarada para o deprimente, em plenas praças públicas. O que precisamos assumir, no ver dos babacas internacionais, nacionais, estaduais e municipais, é fazer de conta que tapamos os olhos e enxergar tudo com natural vergonha na cara. E o futuro? Definitivamente não haverá. As gerações que vêm perderam o direito de viver por culpa dos covardes e (ir) responsáveis causadores do caos.

Sem contar a falta de vergonha mencionada, levando para o lado da imbecilidade dos interessados em cenas promíscuas entre seres humanos de ambos os sexos, repetidos e horrorizados, há o mesmo processo dos umbigos, que não são vistos mais: a libertinagem arrasa com o desejo sexual e aí é o fim do fim. Caso em 2020 venha esse tal de  progresso pregado pelos imorais como “evolução”, a partir de então teremos de mudar também o Código Penal (CP) que se refere ao crime do atentado ao pudor.

O CP trata tais crimes contra os costumes, classificando-os, nos vários capítulos, e chegando ao ‘ultraje público ao pudor’. Incluem-se todos os termos do título, revogam-se todas proibições ao contrário e entraremos definitivamente na classe dos vira-latas de esquina e gatos de telhado, irracionais por obrigação e dever de ofício.

Adeus, mundo retardado e besta!

José Sana

Em 11/03/2019


P.S.: No meio desse clima ignóbil citado acima, quero destacar uma bela exceção. O positivo que houve cumprimento com minha simplicidade: o casal amigo, Márcio Passos e Eloíza Passos, conhecido de nossas rodas de João Monlevade e Itabira, que desfilou em alto estilo no carnaval carioca da Viradouro, escola classificada entre as primeiras na Marquês de Sapucaí, Rio de Janeiro. Eterna homenagem ao belo que precisa ser preservado. Parabéns!