segunda-feira, 31 de julho de 2023

QUEM SEQUESTROU UM NOVILHO DA FAZENDINHA JOÃO FUBÁ?

Isto  a Rede Globo não mostra: da derrubada de muro ao roubo de simpático novilho, o mais  bonito da propriedade que fica a poucos metros  do Centro de Itabira

 


                                                                        Novilho foi surrupiado na fazenda 

O prefeito de Itabira já sabia? Os vereadores itabiranos tinham conhecimento dessa falcatrua? As  interrogações eram, também, dúvidas da polícia? Em apurações feitas pelo Cabrito, vamos ver o que deu até agora.

FOI  ASSIM...

“... a lâmpada apagou... a vista escureceu ... uma laçada então se deu” (melodia de Miltinho)...

Veio a fome louca, aproveitaram o muro arrombado, levaram o belo, gordinho, bezerrinho, coitado, para um lugar qualquer.

Sim, dali pegaram o novilho ainda promissor e, agora temos um pouco de indecisão em saber se o bovino virou carne de churrasco e foi assado longe ou perto da Fazendinha do João Fubá. Que foi digerido, se sabe. E pronto.

MOTIVOS ELES TÊM...

Novilho indo para o abate

Sim. O senhor F.C.S. é frequentador assíduo de onde se desenrola o poder itabirano e ele é o dono e responsável pela fazenda. Vai à Câmara constantemente, não perde uma reunião do Codema, é conselheiro de..... (não vou falar porque senão fazem dele um churrasco também).

Os motivos são, portanto, de minar a liberdade de quem quer fazer  trapalhadas. Coitada da Bezerra, limpinha, cheirosa, bem cuidada, não merecia ser queimada nas chamas de brasas covardes.

Quem quer saber mais detalhes, principalmente vereadores, esses já podem denunciar os bandidos com o seguinte emblema: até bovinos estão sendo surrupiados na ex-Itabira do Mato Dentro.

Bode Número 2 

31/07/2023

segunda-feira, 24 de julho de 2023

CONHEÇA PÉ DE PATO E APRENDA COM ELE A GANHAR ELEIÇÕES

Super herói atua de maneira completamente diferente de outros marqueteiros, só fala a verdade e age de acordo com o ataque adversário



Já foi falado — e muito falado — quem é o senhor Joaquim de Tal, conhecido em todas as rodas da região de Itabira pelo epíteto estrepitoso de Pé de Pato? Ele gritava, berrava, urrava quando ousavam mexer com a sua quietude.

Em via das dúvidas, vamos, de novo, contar parte da vida dele e esclarecer sua inacreditável façanha: derrotou o chamado “Invencível Jack Som Legal” de um só tapa, na eleição de 2000, à  Prefeitura de Itabirona da Serra sem Cauê (pedimos licença ao inventor desse nome, o insuspeito MMP). E vamos aos nossos objetivos.

Pé de Pato era um personagem nota zero. Ou melhor, mil zeros antes de zero. Ninguém dava conversa para ele até a data fatal da tal de convenção dos partidos de Itabirona, embora soubessem todos que era uma moça se cultivado, mas um capeta se cutucado. Melhor dizendo, Pé de Pato era um fantasma frequentador de currais eleitorais, ou também chamado de “Piolho de Comitê”, sempre à espera de dar o “pulo do gato”

 

COMO ESTAVAM AS PESQUISAS?

 

Jack Som Legal  (criação MMP) estava tranquilo da silva até aquele momento da decisão de quem seria o seu adversário nas escolhas eleitoreiras. Ele já estava decidido: candidatíssimo a re-prefeito de Itabirona. No comitê correspondente o quadro era este: todo mundo que chegava deveria trazer uma informação. Hora de fechar a urna da decisão, o momento foi de uma notabilidade a toda prova.

Jack Son e seu vice, Zemô, de olhos na porta. Demais fanáticos do partido de boca aberta como se fosse chegar e abocanhar um prato de comida. E, na verdade, era mais de meio-dia e barrigas roncavam, principalmente a de nosso herói, ou seja, de Pé de Pato, que cochilava despreocupado no banco da sala e soltava bafos esbaforidos que produziam piscar de olhos ininterruptos pela alto volume de impulsão.

Lá fora, bem no estilo de toda a campanha, brilhava um outdoor, que mostrava resultado de pesquisa: Jack Som Legal 79%; Li Sem Guerra (11%) e Indecisos (10%). Diante desse quadro, a turma adoidada já comemorava uma vitória antecipada. Ainda mais, quando chegou a “notícia bomba”.

                           

                               A NOTÍCIA QUE PAROU ITABIRONA


 

Foi assim: Zuzim Empadeirado era o portador da bombada. Ele engasgou, triplamente emocionado, deram-lhe um copo bem cheio, ou melhor, uma caneca de água quase quente. Ele bebeu e cuspiu como um Quincas Berro D’Água do romance de Jorge Amado. Tossiu seis vezes e, finalmente, desabafou: “O candidato deles é o Rualdo de Esmagalhães, que tem menos de 5% na nossa pesquisa”.

Soou um foguetório de fechar de fumaça o centro de Itabirona. Começa o buzinaço de uma prevista carreata. Gritos estridentes corriam na frente das comemorações. Enquanto os atropelos de cadeiras e mesas se sucediam, os que restaram olharam bem nos olhos e na boca do candidato que era o vencedor inquestionável e ele soltou a frase do ano, que valeu quatro anos de uma derrota implacável: “Se eu soubesse que seria barbada assim, lançaria o Pé de Pato!”

Aí veio a desgraça do então prefeito até 31 de dezembro de 2000: Pé de Pauto estava “chapado” nada. Num minuto sobressaltou-se do banco em que fingia dormir e soltou o seu urro previsível por quem o conhece com as palavras: “Então sou eu mesmo e, se não for eu vou pôr pra quebrá!”

Pé de Pato, na verdade não foi pra lado nenhum, mas, simplesmente, botou pra quebrar de seu jeito. Desse jeito falamos depois, mas é preciso ter cuidado com a  onda Pé de Pato que se expande como um surto de dengue ou gripe de carrapato. É por isso que Pé de Pato avisa: “Não mexam comigo não, sinão eu entro e arrebento!”.

José Sana

Em 24/07/2023 Em 24/07/2023

sexta-feira, 14 de julho de 2023

A FÁBULA “A CIGARRA E A FORMIGA”, OU MELHOR, “ITABIRA E VALE"

 Moral da história: trabalhemos para nos livrarmos do suplício da Cigarra, e não aturarmos a zombaria da Formiga.



Quando lecionei em algumas escolas da região História e Letras, um grupo de alunos inteligentes foi escolhido para um trabalho de interpretação de texto. O desafio foi transformado em fábula. Seis membros da equipe denominada “A Cigarra e a Formiga” fizeram a apresentação, lida numa espécie de jogral pela equipe. Vamos à quimera...

“Durante o verão, a Cigarra quer aproveitar o tempo bom e passa os dias cantando. Enquanto isso, a Formiga trabalha de forma diligente, reunindo alimentos para sobreviver no inverno.

Ocorre um diálogo entre ambos os insetos algum tempo depois.

Cigarra — Formiguinha querida, você sempre foi e é uma criaturinha de Deus muito bondosa. Eu lhe pergunto: poderia partilhar a comida com a sua comadre adorada?

Formiga — Infelizmente, não posso atender a essas súplicas que parecem humildes e não passam de jogo enganador, daqueles próprios de inseto irresponsável...

Cigarra — Não concordo com o seu argumento, e creio na sua bondade.

Formiga — O que é você fez durante todo o verão?

Cigarra — Durante o verão eu cantei.

Formiga — Muito bem, pois agora dance!”

Moral da história: trabalhemos para nos livrarmos do suplício da Cigarra, e não aturarmos a zombaria da Formiga”.

UMA FÁBULA REAL



Os anos passam, ingresso-me na antiga Companhia Vale do Rio Doce. No primeiro dia de trabalho tivemos uma palestra sobre o futuro. O palestrante diz: “As administrações públicas de Itabira de há muito deveriam trabalhar para a independência do município porque o minério não dá duas safras”. Gravo aquelas palavras.

No fim da reunião, assentei-me com um dos participantes. Ele me pediu para construir um texto sobre a fábula que foi proposta em sala de aula. Não vacilei. Cheguei à minha casa e dedilhei no computador o seguinte texto:

“Estamos no ano de 2041, um prazo até dilatado para se trabalhar. Aí ocorre um diálogo entre a Vale e Itabira. Confiram:

Itabira — Vale querida, você sempre foi e é uma criatura de Deus, muito bondosa. Eu lhe pergunto: poderia partilhar o que tem com a sua comadre adorada?

Vale — Infelizmente, não posso atender as suas súplicas que parecem humildes e não passam de jogo demagógico, daqueles próprios de políticos enganadores..

Itabira — Não concordo com o seu argumento porque a senhora levou toda a nossa riqueza e não repôs como deveria...

Vale — O que você fez durante mais de 80 anos?

Itabira — Em 80 anos, primeiro estudei, depois me enganei e agora, desde 2021, quando estava ainda mais visível o fim, fiz o seguinte: esperei, fiz discursos, pintei meios-fios, promovi festas (porque o povo todo gosta é disso) e cantei, até rebolei.

Vale — Muito bem, pois agora dance. Porque você não tem sequer responsabilidade, você é a rainha das obrinhas. Dance e rebole!”

Moral da história: vocês têm reparado que Itabira parou no tempo? O que vamos comer no futuro? Teremos pracinhas bonitas, aprendemos a dançar bem, rebolar e chorar... Teremos pracinhas desocupadas, casas fechadas, lojas idem, poucos irão às escolas, ah... a cidade toda vai desaparecer. Daqui a 18 anos vamos fazer o quê? 

José Sana

Em 15/07/2023

NOTA  AO PÉ DA PÁGINA

Se houver a necessidade de apresentar o trabalho que ofereci a Itabira como vereador, presidente da Câmara Municipal e editor de imprensa, estou à disposição

sexta-feira, 7 de julho de 2023

CABRITO CONTRATA PÉ DE PATO EM SEGUNDA MÃO E MUTRETA PODE DAR BODE

 Lenda itabirana, nascida na zona rural de Senhora do Carmo, tão logo o prefeito lançou sua campanha eleitoral à reeleição, veio para a cidade à procura de trabalho; especialidade: vencer pleito eleitoral; frase predileta: “Galinha que acompanha Pato morre afogada”



Copiando a moda da contratação de consultoria, lançada pelo prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, o ex-Bom Cabrito, agora Mau, contratou Pé de Pato para exercer serviço misterioso até as próximas e distantes eleições de 2024. Figura folclórica e lendária da política itabirana, o famoso bisbilhoteiro de vidas alheias está esperando as decisões de cumprimento ou não do contrato. Uma fonte informativa das façanhas nos bastidores revelou que a primeira tarefa seria tornar famoso o Orçamento Participativo, mas o interessado, Gabriel Quintão, desistiu de recorrer ao macumbeiro.

ITABIRA TREMEU NO ANO 2000

Pé de Pato é um nome que quase todo mundo  conhece na região de Itabira. Para dar luz a quem nunca ouvir falar, ou já se esqueceu de nossos personagens (do Cabrito, do Bode Bravo e do Zé Picareta), vai uma dica. No ano 2000 realizaram-se eleições municipais (prefeito, vice-prefeito e vereadores). O candidato cotado para enfrentar o prefeito seria  Olímpio Pires Guerra (Li), que tentaria alcançar o cargo pela segunda vez. Mas, desenvolvida uma pesquisa eleitoral, autorizada sua publicação pela Justiça, Jackson Tavares saiu como líder disparado à reeleição. Li Guerra resolveu não concorrer.

A terra tremeu em Itabira quando foi dito, na convenção partidária do PDT, que Olímpio Guerra estava fora da disputa. De caras fechadas, os correligionários pedetistas e de outros partidos da coligação deixaram o recinto da convenção, nem esperando o lançamento de algum nome. Poucos comentavam porque reconheciam, que o escolhido, Ronaldo Lage Magalhães, não tinha nem um boné furado para vencer Jackson Tavares.

E APARECEU O PÉ DE PATO


Foguetes pipocavam nos céus da cidade. Gritos de “já ganhou” topavam nos ares com outros gritos. Nada mais havia a fazer senão cumprir o dever de ir às urnas, votar e sequer contar com um milagre. Com esse ar de prefeito reeleito, Jackson recebeu a notícia: deram-lhe, na saída de sua convenção com estas palavras: “Jackson, Li correu do pau; o seu adversário será Ronaldo Magalhães.”

A sala encheu-se de júbilo. Pé de Pato, deitado num banco, curtindo ressaca, levantou-se e ficou em posição de sentido, esperando qualquer coisa. Jackson deu-lhe esperança ao pronunciar a seguinte frase: “Se soubesse que seria barbada assim, teria lançado o Pé de Pato”. Mais aplausos e vivas gerais.

O que teria dito a folclórica figura de pé e ainda chapado? Absolutamente nada. Sequer uma palavra. Estava mergulhado numa maior ressaca característica de seus domingos de manhã, após umas bicadas fortes no bar de frente do comitê petista. 

Esclarecimento: Pé de Pato era do Partido dos Trabalhadores, pensou que seria escolhido. Frustrou-se ao saber que estava descartado o seu nome. Nem para vereador achou vaga. Quem conhece a figura sabe que vingança viria a seguir. E veio.

MISSÃO “PATAL” CAIU PARA 'ZERO A ZERO'


A vitória ocorreu meio apertada mas Ronaldo venceu com 800 votos de frente aproximadamente. No dia da convenção, em que começou o sonho de Pé de Pato, estava até em outdoos o seguinte resultado de pesquisa: Jackson Tavares 89%, Ronaldo Magalhães 6%; nulos e brancos 5%. Pé de Pato sumiu, disseram que foi ser fiscal de obras na zona rural sem bater ponto, a não ser no boteco da praça.

Está aí a dica da contratação de Pé de Pato pelo Cabrito: a existência de um atravessador mostra que há o mistério tenebroso na história. Sabe-se que Pé de Pato já organizou uma assembleia do OP, levou muitos cabritos e bodes, até vacas, e ainda deixou entrar a cachorrada que aguardava castração. Esses foram aplaudidos pelos 4 mil funcionário da Prefeitura.

Mas, segundo Zé Picareta, o fofoqueiro, o prefeito achou caro o pedido do Cabrito, nem foi aprovado pelo Meio Ambiente, de 200 caminhões de capim para serem despejados em Cabritolândia. 

Enquanto a questão não é solucionada, o prefeito resolveu convocar todos os ocupantes de cargos comissionados da Prefeitura, incluindo secretários e “aspones” para as seguintes atividades: 1. Catar gente nos cantões e levar para as assembleias; 2. Aplaudir todo orador que se manifestar e elogiar o prefeito; 3. Escolher obras, fazer “politiquinha” e cotar tudo com valores baixos (não importa a qualidade); 4. Promover os secretários a líderes de obras.

Fim deste capítulo. É esperada a manifestação de Pé de Pomba. Ele ameaça trabalhar de graça para a oposição se não for mantida a contratação inicial assinada pelo Cabrito com alguém do governo.

Como diz enfaticamente Adilson Batista, emérito treinador de futebol: “Vamos aguardar.”

Dono do Blog e do Site

07/-7/2023

segunda-feira, 3 de julho de 2023

VERSOS SATÂNICOS - de Salmão Rude (da Série Não Leia número 2)



No início do caminho tinha uma vontade de ser rei.

 

Tinha um desejo de dominar pelo menos a Aliança no início do  caminho.

 

A estrada era também de carruagens de pneus furados e cavalos fugidos.

 

No meio do caminho tinha uma obsessão de dominar um time de futebol.


 

Inventou torcedores de papelão no gigante Mineirão e deu só chateação.

 

O time quase faliu, dar no pé a consciência exigiu, ou vamos agora à pqp...

 

No fim do caminho tinha uma compulsão de ser  leão de um torrão...

 

Enganou a si, enganou a ti e enrolou assim... assim... assim...

 

Ninguém vai se esquecer que no início, no meio e no fim do caminho...

 

... tinha um rei  nu que acha tudo uma grandeza e esquece que a história...

 

... sem graça, sem início e sem fim só pode terminar bem em Turim.



JMC

Em 03/07/2023

OBS: “Poema” meio confuso enviado à redação com o seguinte desafio: “Se publicar ganha um balaio de abacate ou abacaxi ou pepino”.