quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Humor caprino: CABRITO RESOLVE TODOS OS PROBLEMAS DA CIDADE

 Prefeito de Cabritolândia, Caboclo MAL, foi a Brasílbode para buscar parecer de eleitores dos poderes sem poder.  Cabrito Doido ganha um feche de capim para resgatar parecer favorável


O chefe da aldeia de Cabritolândia, assim chamada desde 1º. de janeiro de 2021, muito conhecido pelas suas iniciais, registrado sua nascença em cartório do distrito de Pablo Escobar, em 12/01/1964, deu uma pernada em seus eleitores caprinos.

 

ATAS E OUTRAS BAGUNÇAS

 Antes de chegar ao tema é bom explicar que esse MAL tem o preconceito de câmara municipal, ou seja, detesta mandar projetos para serem julgados pelos conselheiros municipais. A sua assessoria erra sempre na redação, não tem afinidades com as exigências legais e gramaticais.


Outro preconceito é de julgamento de valores. Não se sabe a razão, é algo misterioso, ele manda todas as licitações para atas, normalmente citadas em municípios pequenos e mas distantes. É uma norma denominada “passa a perna”, ninguém viu e ninguém verá. Só municípios como São José do Cata Prego, Cafundós do Judas e outros similares entram na solução de não ser chamado de bonito ou feio.

 

NOVOS ELEITORES DE MAL


O prefeito de Cabritolância não se satisfez com as migalhas que caem por segundo nas contas bancárias caprinolenses (até o ano que vem serão as merrecas de R$ 4 bilhões), resolveu economizar a verba que era destinada por contrato, legalmente, à Universidade Federal de Maracujá (UFM).

 

Disse o executivo em nota publicada em jornal cabritolense, ter ido a Brasilbode, hospedando-se em hotel 10 estrelas, comido nos melhores restaurantes, frequentado o covil dos deputados e conversado por dez minutos com um senador e o presidente reserva da República. Só queria saber deles se podia negar verba à UFM, recebeu apoio unânime, com direito a dois votos minguados e caros.

 

Ficou assim sentenciado com a medida: por jurisprudência caprina daqui para a frente estão dispensadas as eleições municipais, não são os eleitores cadastrados no TRE os verdadeiros eleitores, não precisa mais de fazer promessas absurdas, como metrô, deixar a cidade sem água, concordar com a LOC, que estabelece trazer água para Itabira no ano 3000.


“Eu vim para ser candidato com o fim de ensinar vocês a sintetizar tudo”, teria dito o ultra cabrito mais popular da região. Completou: "...cambada de jacus, vocês nunca darão palpites em meu governo. Para isso eu tenho dinheiro à vontade para viajar, tenho carros à vontade para o aeroporto, hotéis à escolha e, no tardar da noite há sempre uma bodega pra visitar na Capital da República!"


E o melhor: "Para me reeleger em Cabritolância não preciso de quem quer que seja, quem vota são dois gatos pingados, aos quais devo favores de uma fotozinha caprichada."

 CABRITO DOIDO

Imagens: N.S.

 

P.S: Fatos de Cabritolândia são reais dentro das condições estabelecidas pelas leis caprinas. Qualquer semelhança com o que chamam de área humana não pode ser considerada realidade, é a mais desastrosa coincidência.

terça-feira, 21 de novembro de 2023

É PROIBIDO EMENDAR QUALQUER COISA...

 

... o caráter, vida criminosa, roupa rasgada e inserir pretensões comunitárias no orçamento municipal. Dez vereadores de Itabira derrotam propostas de um único parlamentar. Trata-se do império da Velha  política combatida pelos vencedores de 2020


 Apenas seis vereadores — Sidney do Salão, Neidson Dias Freitas, Rose Félix, Tãozinho Leite, Luciano Sobrinho e Robertinho da Auto-Escola votaram a favor de três emendas ao Orçamento de 2024, que pediam simplesmente recuperação de quadras e uma ajudazinha à saúde. O presidente Heraldo Noronha ficou apenas no monitoramento. Só daria o voto de minerva caso houvesse empate.

 

Hoje, 21 de novembro de 2023, ocorreu o fato inédito que denuncia claramente o seguinte: voto de cabresto e declaração assumida do Poder Executivo do maior racha que promoveu em Itabira, dividindo a cidade de BEM X MAL. Cuidado com as iniciais. Os próprios vereadores reconhecem que esse não deveria ser motivo de antagonismos. A bagunça feita na Câmara nesta terça-feira mostra que a paz não interessa a um lado e a guerra será mantida.

 

PROJETO “INCONSTITUCIONAL?”

 



Ineditismo saiu aos grupos nos alto-falantes verticais e horizontais da Câmara Municipal Feliciano Penna, localizada no centro da cidade. Alguns vereadores usaram o termo “inconstitucional"  para justificar o seu voto.

 

A verdade está, no entanto, escondida no manto da hipocrisia: a velha política não deixa Itabira nem que a vaca tussa e seus praticantes são ditos escolados. A ordem expressa para degolar a emenda veio exatamente do Paço Municipal Juscelino Kubitschek de Oliveira, provisoriamente instalado no espaço da Funcesi.

 

É PROIBIDO EMENDAR O ORÇAMENTO

 

“Não pode mexer nisso, isso é meu, é sagrado” — teria sido a ordem inicial vinda do poder entranhado nas ideias e pesadelos do terceiro andar. A decisão de cada vereador contrário era definitivamente intocável. Havia e há cabresto, como nos velhos tempos. Estou apenas mostrando que o voto controlado domina também no primeiro escalão da política itabirana. É lamentável porque o vereador tem um salário exorbitante, quantia desmerecida pela maioria absoluta deles. Ganham para obedecer.



O plenário da Câmara Municipal ficou tomado pela plateia que queria manifestar-se e deu show, reivindicando em nome de uma maioria que sofre muito. Muitos exibiam cartazes com chamadas de atenção para alguns problemas: nomes de vereadores que votariam  contrariamente às emendas, citação de situações calamitosas da saúde e a faixa que mais chamou a atenção: “Menos festas, mais saúde”.

 

Invariavelmente, um ou outro vereador carrega a marca da ironia. Ao perceber que muitos pares se referiam à garantia de realização de obras que são prometidas pelo prefeito, a Vereadora Rose Félix, única do sexo feminino entre 16  colegas, fez a pergunta mais interessante da tarde: “O metrô vai sair?”



Só para que alguns engraçadinhos não dizem que não citei os nomes dos que poderiam votar em casa mesmo, pelo WhatsApp ou Messeger, cito-os, contrariado: Carlos Henrique, Weverton Vetão, Júber Madeira, Júlio Contador, Bernardo Rosa, Carlinhos Sacolão, Júlio do Combem, Marcelino Guedes, Reinaldo Guedes, Rodrigo Diguerê.


Conclusão de um observador neutro que acompanhou a reunião dos vereadores: "Sidney (do Salão) foi derrotado nas emendas mas somou pontos incríveis mesmo no massacre dos vereadores que pensaram errado sobre ele".


José Sana

21/2023

Fotos: Digital Regional e Heitor Bragança

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

“NUNCA MAIS ESCREVO UMA LINHA”, DIZ ZÉ CAPETA A ZÉ DO BURRO & VICE-VERSA

Todos conhecem o sujeito, lido apenas quando  põe pimenta malagueta no tira-gosto. Vejam que decisão inteligente e bem aceita pela plateia do boteco copo sujo dos cafundós do judas



O cara,  conhecido como Zé Capeta (nada a ver com os fantasmas do Parente) chegou a um boteco copo sujo e soltou sua declaração de amor à vida:

 — A partir de hoje, não escrevo nem mais uma linha para este mundo doido não ler!

A plateia levantou-se em altos brados. Um dos mais exaltados  retrucou: “Oh, seu sem-vergonha, se isso é a única coisa que sabe fazer, de agora em diante você vai ocupar-se de quê?

A resposta não demorou, em réplica  do tal prometedor de silêncio:

— Vou vender ora-pro-nóbis  na feira livre de Itabira.

 O susto foi maior. O novo entrante na venda da periferia não tem cara de vendedor de verdura, nem a escolha comercial é viável economicamente, todos sabem. Ora-pro-nóbis dá na rampa como chuchu. Observando as pessoas desconfiadas, resolveu repetir um discurso que havia decorado em casa:

 — Ele (o ora) provoca alívio instantâneo de qualquer dor; tem maior concentração de ora-pro-nóbis do mundo; serve para colocar um fim na dormência e fortalecer os ossos e a musculatura; é um  anti-inflamatório, antimicrobiano, antioxidante e antibacteriano que não provoca efeito colateral; 100% natural e poderoso.

Ufa... chegou uma personalidade marcante na vida política e da sociedade de Itabira, o Pé de Pato. Acompanhado de Pedro Rapadura, anunciou que também não quer mais ser personagem dos contos sem graça do cara que entrou fazendo zoada sobre ora-pro-nóbis. Pediu dois copos e uma cerveja, antes uma cachacinha muito estimada na região, a “Malatesta”.

Ambos — Pé de Pato e Pedro Rapadura —, ao ingerir a aguardente,  rasparam a garganta e jogaram a pequena sobra para “os santos”, tradicional gesto próprio dos pinguços. Em seguida se entrosaram com o cara que não vai escrever mais, Zé Capeta, prometendo fazer o seguinte: vai proclamar solenemente  o porquê de seu silêncio e o reforço à iniciativa.


 

Rapadura declarou que neste texto seriam justificados os verdadeiros motivos da abstinência política. E que, com o tempo poderia aceitar redigir textos, mas não para defender políticos descarados. Fez uma pergunta, olhando para a cara de um por um dos cachaceiros que o observavam:

 — Vocês querem que este meu amigo pare de escrever ou não querem? Vamos proceder como os vereadores na Câmara Municipal. Eles colocam em votação. E levantou mais ainda a voz, enquanto nas portas da venda se juntavam e ajuntavam curiosos para rir de alguma anedota.

 

— O beberrão que não estiver favorável  permaneça como está, assentado ou de pé; quem for  de acordo levante as mãos, grite e fique em posição de sentido.

 

Foi um fuzuê, como na novela da Globo. Trombaram-se cadeiras com mesas, copos estilhaçados, garrafas entornadas e desperdiçadas para o lamento de quem ali  estava como penetra, filando de tudo — de cigarro a pinga e daí à mais difícil, a tal “100% malte”.

 

Zé Capeta, chamado de “o cara”, voltou a dizer, sob os aplausos de todos e gritos estridentes, que vai tentar só ler. Contudo, esqueceu-se que hoje é Dia de Proclamação da República e não 7 de Setembro. Talvez porque era meio escolado e sabia que a ação foi um golpe militar dedicava mais amor à independência.

 

Empurrado por aplausos, gritou alguma coisa, chamando para uma saideira, ao levantar a  espada, ou melhor, uma faca quase afiada, sem carne para cortar:

 

— Jogo-a a fora! Deficiência no corte!

 

Nota da Redação

 

Zé do Burro só anotou. Mas confidenciou a quem tem confiança nele, Zé Capeta queria ser adulado. Entrou pelo cano e ainda encontrou a torneira fechada.


 

José Sana (Para também O Planfeto)

15 de novembro de 2023

Imagens: redes sociais