sexta-feira, 1 de julho de 2022

AS ÚLTIMAS DO SAMUEL (2)


O segundo capítulo da grande história do garoto de 4 anos, Samuel Malfitano Sana aí vai...Relembrando que ele é filho de José Sana Júnior e Cissa Malfitano Sana.

É preciso falar um pouco dos netos porque e dizer que todos merecem não apenas um tópico, mas, com certeza, um livro ou uma coleção de obras. 

Cada um dedica aos pais, avós, tios e primos um amor diferente. É claro que no seu estilo. Nem irmãos gêmeos são iguais em gênios, inteligência e aptidão. Mas são todos carinhosos de um jeito e quando pensam que chegou a hora. Segredo: os novos nunca entenderão os velhos e nem esforço para isso farão, mas é obrigação dos velhos entenderem os novos porque o mundo é do futuro e não do passado.

 

Samuel e Lola



Maria Laura, a Lola, ou Lolinha, priminha querida dele, chega da faculdade, indo para Santa Amélia em todos os dias da semana, de segunda a sexta-feira. Mas ela desce na Estação Liberdade, só vai mais tarde para casa. Ali do outro lado da Antônio Carlos, na Rua Boaventura, mora o Samuel, na intimidade, Samuca.

Na terça-feira, dia em que chegamos, ela demorava. Samuel ia à varanda do apartamento e voltava sem parar. Perguntei: “Cadê a Lola, Samuca?” Ele nem satisfação deu, caminhou para a porta em seguida e Maria Laura chegava. Ele abriu os braços e deu um abração nela.

No dia anterior, deu show na quadrilha de sua escolinha. Depois, para agradecer o apoio, um beijo na priminha.

 

Samuel no Mineirão

 


Contamos as peripécias do Samuel no sábado, dia 24 de junho, em jogo de empate com o Santos em 1 x 1.

Na semana seguinte, ele apenas resolveu fazer uma pergunta à sua Mãe: “Oi Mamãe, que dia a gente vai ver o jogo do Galo outra vez?”

(Só isso basta: memória semanal  ativada, observação em cima de curiosidade que todo adulto quer ter)

 

Samuel e a Vovó Lete




Samuel levanta da cama muito cedo. Depende da hora de seu despertar. Durante duas noites, dormiu no quarto dos pais, Júnior e Cissa. Na segunda noite, resolveu acordar os Vovôs, lá pras 8h10 de quinta-feira, dia 30.

Eu saí e ele entrou. Parou com o dedo na boca em sinal de “silêncio”. Eu pedi: “Acorda a Vovó!”  Ele respondeu: “Eu não”! E puxou os cobertores dela. Correu...

 

Os Três Porquinhos


 

Existe um filme que Samuel elegeu como o sua principal opção na TV. Entre a escola, os pais e ele foi estabelecido um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). Agora ele tem hora e tempo para ver desenhos. A TV foi ligada e ele estava tomando café. Ele manjou que tinha perdido o início, assentou-se no sofá e tocou o bonde pra frente.

Acabou o programa. Ele foi ao celular e acionou o filminho de novo. Assistiu. Quando acabou, desligou a TV. Pronto. Eu nada falei e ele nada falou. Samuca estava certo: chegou a hora de ler as revistinhas.

 

Samuel e o “Concerto” dos Três Porquinhos

 


Estávamos descendo do décimo terceiro ao térreo, já preparados para retornar a Itabira. Samuel  entrou no elevador cantando bem forte e dançando de braços abertos, gesto e show que denominei “Concerto dos Três Porquinhos”. Com muitas malas e bugigangas nas mãos, não filmei (o acontecimento não foi gravado, mas deve ser a qualquer hora). Eis o que ele cantava e encantava no caminho, passando pela faxineira e porteiro, por moradores e visitantes do condomínio. Quanto mais gostavam, mais ele aumentava  o tom da voz assim:

 

“A História dos Três Porquinhos”

 

"Uma casa de palha, eu vou construir...

Se o lobo quiser soprar, a casa não vai cair!

Não vai, não vai, a casa não vai cair!"

 

Foi emocionante o show que ele deu na despedida. Esse momento dele tem que ser gravado e se uma TV ver vai querer plagiar ou comprar o espetáculo.


José Sana

01/07/2022