quinta-feira, 26 de março de 2020

"DEUS É JOIA. O RESTO É BIJUTERIA"

Nasci em São Sebastião do Rio Preto, uma das menores cidades do mundo, que tem 1.613 habitantes hoje, segundo o IBGE, mas isso não quer dizer que nós, são-sebastianenses, somos idiotas.

Nasci com deficiência auditiva e, se consegui concluir dois cursos superiores, foi um ato de persistência capricorniana, ajuda de Deus e da tecnologia avançada.


Não importa se eu sou atleticano desde os sete anos de idade, ou antes disso, digo em tom de brincadeira, que desde nove meses antes de nascer.


Não sou rico, nem pobre, nem mediano: tenho o que pedi a Deus para viver condignamente. Voto sempre na direita, ou no centro, no opcional, mas nunca na esquerda, porque sou impressionado com a baderna que esse pessoal gosta de aprontar, vive disso. Amo a paz e a concórdia universal.


Não interessa a ninguém qual religião pratico, mas adianto: Deus está dentro de nós, basta reconhecê-LO, recebê-LO, cultivá-LO, amá-LO e captar Dele, cada um, a orientação de que necessita para viver. Se não deu certo de um lado, deve ser erro nosso de cálculo. Dele, não! Repita a busca o quanto conseguir. “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á”.




Estamos vivendo um momento crucial. Nem vou repetir aqui o que se passa, principalmente no Brasil. Não há apenas um vírus percorrendo o mundo, chegando ao país, instalando-se, provocando pânico, medo e outros problemas nos brasileiros, o Covid-19.


O segundo vírus é a falta de informações concretas. É preciso ser muito esperto para saber o que é bom e o que é mau para a sociedade. Para se ter uma ideia, a maioria dos políticos brasileiros, da ativa eletiva ou apenas da vivência eterna, como celebridades, está prestando desserviços constantes à nação. Dá a vontade de chorar ao ler e ouvir o que muitos, então merecedores de crédito, insistem em “vomitar” (desculpem-me o verbo impróprio para este assunto).


O terceiro vírus são os fake news. Para se ter uma ideia, recebi hoje mais de 20 deles, mencionando  mortes em nossa região de Itabira. E, graças a Deus, até o presente momento, ninguém morreu de Coronavírus. Existem os suspeitos, os desconfiados, os que tratam. E somente um caso confirmado até 14 horas de 26/03/2020.


O quarto vírus é o desconhecimento das precauções, realmente necessárias, que cada pessoa deve tomar. Tenho mais de 70 anos e ontem fez uma semana que não falo pessoalmente com ninguém, somente com minha esposa. As compras de farmácia, supermercado, padaria e outras  são colocadas na nossa porta. Meus filhos ajudam em muito nestas providências. Outras pessoas também. Estamos vivendo em verdadeira prisão domiciliar. E estamos firmes, graças a Deus.


Há duas saídas para nós, cidadãos brasileiros, e muitas informações sobre essas saídas. Uma delas é evitar exageros (aqui em casa estamos exagerando porque somos do grupo de risco).


A outra é continuarmos recolhidos, em quarentena, e pedirmos aos essencialmente fortes, que vivam fora do grupo de risco, que se atirem ao trabalho com os devidos cuidados possíveis e impossíveis. É preciso lembrar que o mundo inteiro já presenciou guerras mundiais, guerras civis, revoltas de grupos, guerrilhas, uma série de conflitos. Há uma perigosa ação que não para de acontecer, o terrorismo. Sempre vão soldados para lutar, dispostos até a morrer. Neste momento, temos um inimigo comum, o Covid-19 ou Coronavírus. Ele tem um trunfo: é invisível. Nós temos mais trunfos: a nossa capacidade de avaliar a saúde, sabermos a nossa idade, entender as técnicas de afastamento do próximo, evitar isso, evitar aquilo, que cada um procure informar-se com fontes devidamente abalizadas.


Precisamos saber que sem produção – portanto, sem os trabalhadores em seu trabalho – teremos questões completamente imbatíveis para enfrentar, como: violência (a fome leva o ser humano às disputas), os saques a supermercados, a miséria total e às mortes terríveis a longo prazo, o que é pior. É preciso dizer tudo isso porque há divisão de pensamentos assombrosa, há ex-presidentes pregando desinformações, governadores e prefeitos agindo contra a lógica e a imprensa quase sempre cavando a desgraça geral, à procura desesperada de leitores, ouvintes e telespectadores.


Aquele que leu estas linhas e não concorda com elas,  deve descartá-las, evite mais comentários para não haver tumultos e fuga da realidade.


Só existe agora uma opção a escolher: ou estamos a favor da humanidade ou contra ela. Na primeira alternativa, fé em Deus e pé na tábua! "Deus é joia. O resto é bijuteria".



José Sana
Em 26/03/2020

quarta-feira, 25 de março de 2020

EU SOU UM EX-COVARDE


Quem está dormindo bem nestes dias? Sei que alguns, ou até muitos. Eu, não! (e coloco um ponto de exclamação para ninguém duvidar). Ontem (24/03/2020) deitei-me com um sentimento terrível de culpa. Tenho cinco filhos e dez netos. Agora vejo o mundo em que os introduzimos (não eu sozinho, é claro) com amor, felicidade e ótimas intenções. Estamos vendo este momento cheio de dúvidas, pressentimentos duvidosos, pânico instalado. Queria que todos chegassem num tapete vermelho e encontrassem um mundo perfeito. Também outros e outros e outros cidadãos do Planeta Terra merecem mais vida segura.

O pior da noite ocorreu ao ver desfilar, como num filme diante de mim,  uma série de visões pavorosas do Apocalipse de São João,  das Sete Profecias Maia e de Nostradamus. Já  vi filmes e tenho livros que abordam o médico, farmacêutico e profeta francês da Renascença. Uma das predições reveladas apavoram-nos ao afirmar que chegaremos a um tempo pleno da peste,  da fome e da guerra. Vendo tal perspectiva, faz  tremer qualquer estátua vigorosa. Há também alusões horripilantes a respeito da economia. Contam que o dinheiro perderá o valor. Restarão os alimentos de matar a fome de ex-ricos e pobres, sem distinção. Vamos plantar? Agricultura familiar em pauta.

Ah... sobre  esse tema já fui empurrado numa conferência religiosa realizada num colégio. Falavam que fulano, proprietário de um pacote de feijão, o trocaria com sicrano por um quilo de arroz; carne nem pensar, talvez uma última safra de porcos, frangos e bois, ou peixes; haveria um mercado de permutas com custos exorbitantes. Como dormir diante de um quadro deste, que se adicionava a uma informação que esclarecia a visão de um futuro sombrio: supermercado e lojas acabavam de ser assaltados numa cidade brasileira.

O sono de olhos quase abertos ainda teve sonhos, mas nada animadores. Pesadelos de verdade.  Levantei-me da cama esbodegado. Comecei a procurar um chão. Liguei o celular, depois o micro. Finalmente, uma médica da família, geriatra,  nascida em Guanhães, que clinicou durante 30 anos na Suíça, hoje mora na Áustria, acabava de me enviar um link.  Encontra-se ela no Brasil vivendo a plena quarentena com o marido e o pai. A mensagem é um vídeo de entrevista do presidente Jair Bolsonaro, na porta do Alvorada, cercado de jornalistas e assessores. Vou sublinhar: Bolsonaro, 65 anos, idade de risco, sem máscaras e luvas, cercado por um bando de gente.

Abro um parêntesis para dizer que votei em Jair Messias Bolsonaro para presidente da República, em 2018. Mas foi mais um voto ideológico. Não tenho forte aptidão pela direita, nem pelo centro e de forma alguma pela esquerda. O meu partido ainda não foi criado e nem tem lado. Deve se chamar Redondo.  A esquerda é a própria preparadora do caos, fabricante do holocausto que alguns desejam descaradamente. Serve como oposição que visa derrubar um governo, só isso. Nunca deu certo em lugar  algum do mundo como governo. Uma parte dela aproveita a ingenuidade do povo para  mentir  sobre o Marxismo. Absolutamente, nada das ideias de Karl Mark foram colocadas em prática em quase dois séculos de bajulação a uma alma que até negou a existência da própria alm




Continuo com o parêntesis aberto. E vou lá atrás, na história, precisamente em Adão e Eva,  origem da humanidade na visão simbólica de religiões. E está escrito que o casal foi expulso do paraíso por desobediência a uma determinação divina. Segundo os escritos, Deus chamou na responsabilidade  a  serpente, depois Eva e Adão. Ao chefe de família sentenciou: “Você terá de trabalhar duramente a vida inteira a fim de que a terra produza alimentos suficientes para sua família”. Por força da desobediência humana era criado o capitalismo, que requer  trabalho como ponto de partida, de suor e até vidas.

Fecho o parêntesis.  Levanto-me da insônia com o corpo atordoado. Resolvo ver o vídeo da entrevista citada. Durou quase uma hora. O presidente falou de tudo sobre a situação atual frente ao  Covid-19. Mais do que isto, rasgou o verbo. De suas palavras, seguras e definidas, ditas sem medo, explicou fatores ligados ao Coronavírus. Fez as restrições devidas ao mencionar a necessidade de isolamento de idosos e pessoas com problemas de saúde. Citou casos de seu controle com o tempo. “A reação é agora, para já”, disse.
Seguiu se pronunciando com serenidade e firmeza a respeito do que ocorreria em um dos dois casos: um, continuar o país parado;  outro, trabalhando em atividade controlada. Deixou claro que a continuidade da quarentena a prazo maior significaria uma ameaça definitiva do caos, recessão econômica e, presumivelmente, um país de fome. Anunciou encontro com governadores  de cujas discussões sairiam decisões a respeito de medidas imediatas. Deu respostas rápidas, sem vacilar, aos repórteres. Convocou a população nova e saudável a voltar ao trabalho, e garantiu que haveria uma preparação de esquema forte para o enfrentamento do vírus.

Sem produção, sem arrecadação, qualquer país vai à bancarrota. Vêm fome, peste, doenças, saques, mais violência, um mundo inexplicavelmente catastrófico. Aí, então, imaginei a situação de trabalhadores de braços cruzados. Inseri dentro do quadro o Apocalipse de São João,  As Sete Profecias Maia e Nostradamus. Não existirá um panorama  mais horripilante que não seja acompanhar e viver o massacre de 220 milhões de brasileiros e de eu, você, nós, eles, morrermos com todos. Na visão, anjos de branco, asas esculturais,  acendem  tochas, surgem dragões empunhando espadas, bolas de fogo no caem do céu, cânticos de fim do mundo. Homens, mulheres e crianças tombavam, gemiam, agonizavam, dois terços mortos, um terço sobrevivendo para a reconstrução do mundo.

Então, só me restou dizer que apostei  no segundo voto em Jair Messias Bolsonaro. Por ele falar a verdade e por encarar de peito aberto a situação ameaçadora. É hora do homem público derrotar  o canalha que o ameaça. Nunca vimos tantos pulhas dando sopa  por aí. Ninguém precisa de coragem para matar uma lagartixa. Mas, sim, que não se intimide diante de canhões de perseguição, mísseis do rabo preso, jogo sujo, todos  esses vírus abomináveis, piores que o Covid-19.

Confesso e devo, neste momento, por dever de prestação de contas a Deus — se houver recuo, o Apocalipse  não tardará — declarar que sou um ex-covarde. Deveria, bem antes de ter percebido que o Brasil necessitava  de um capitão de coragem e não de um fantasma de gabinete, de passeata ou de papel ter confessado reconhecedor de seu trabalho. Ou eu não entendia bem que estava, sem querer elegendo uma fibra integral. Os mal-intencionados pensam que ele é mesmo de folha de banana. Como dizia um ex-treinador de futebol: "Vocês vão ter que me engolir!". Para derrubar um capitão de pedras, e não de areia, nem do mato,  precisarão demolir o Exército. E aí aperta, né Zeca da Égua?

Ei-lo de corpo e alma. Vamos aguardar o desfecho das providências a serem tomadas e torcer para que o Apocalipse não seja agora.

José Sana
Em 25/03/2020

terça-feira, 24 de março de 2020

EU VOU PARAR DE IMPORTUNAR VOCÊ


Razão principal de minha decisão: um  outro vírus está circulando em todo o mundo:  o da multiplicação de informações, falsas umas, misturadas com verídicas outras e é quase impossível discernir, separar o joio do trigo.


As mensagens acumuladas por dezenas ou centenas de autores, mesmo bem-intencionados, vêm provocando insegurança, pânico, e produzindo indecisões. O momento é de cada um definir o seu caminho porque tudo está sendo mudado na face do Planeta Terra. A ordem geral é cuidarmo-nos e nos conscientizar de que o Caronavírus, ou Covid-19, é um vírus mais perigoso do que pensamos. Mas que podemos, sim, dribá-lo. A que destino chegaremos é a grande incógnita do momento. Deus cuida disso.

Continuarei escrevendo as minhas crônicas costumeiras, bestas ou não, idiotas ou não agora também como diários, pequenas reportagens, transcrição das que considero tema próprio para a ocasião. A decisão de ler é livre. Só estou informando agora que não enviarei sequer um link a ninguém e não pedirei que leiam. Espero cumprir este propósito daqui para a frente.

Peço desculpas pelos deslizes já praticados. Quase tudo o que se vê por aí  se resume  em conselhos e o mundo pensa assim: “Se conselho fosse bom, não seria dado, mas vendido”. Quem realmente necessita de informações deve procurar, é muito fácil, o primeiro passo é digitar o link www.gooogle.com, ou o seu conselheiro particular.

Quanto à internet, esta pode ficar sobrecarregada e não se dispor de operadores. Estejamos atentos. Mas não vamos nos antecipar a nada, não fui credenciado como profeta. Deixemos  Deus mostrar ao mundo em que erramos, em que acertamos, o que precisamos fazer daqui para a frente, culpa de nossa ignorância original e sequencial.

Em paz cada um e que Deus ilumine todos!



Obrigado!

José Sana
Em 24/03/2020

domingo, 22 de março de 2020

A VACINA OBRIGATÓRIA E A VACINA PROIBIDA (Leia depois de depois de amanhã)


(Leia se quiser. Pode descartar ou deletar e eu entendo. O bombardeio de informações está aterrorizando as pessoas tanto quanto o tema Covid-19 propriamente dito. Este texto constitui apenas uma declaração particular de que estou sendo proibido de vacinar contra gripe Influenza. E não me vacino, infelizmente. Nasci coerente e morro coerente).

Primeiramente, vamos recorrer à história e voltar ao período pós-Proclamação da República para entendermos um pouco do tema em foco. Estamos em 1904 e o Rio de Janeiro, nossa capital, transforma-se num caos. Desenrola-se um episódio marcante da História do Brasil, cujas causas, segundo analistas, foram  reflexos do 15 de Novembro de 1889.

O povo, como sempre em toda a sua jornada, quer  o retorno imediato, em forma de bem-estar geral para si e os seus, das medidas governamentais prometidas. Sempre foi assim e assim será até que se façam mudanças em nossa cultura. Eis aí a essência. Ocorre na região central-nervosa do Brasil um acontecimento denominado pela imprensa e  historiadores de Revolta da Vacina.

A Revolta da Vacina foi uma insurreição popular, cujo objetivo se consistia em reação  à campanha de vacinação obrigatória, colocada em prática contra a varíola pelo sanitarista Oswaldo Cruz. Mas, como foi dito, o povo não estava satisfeito com as consequências imediatas das mudanças da ordem política e econômica.  Alvos do descontentamento: o presidente Rodrigues Alves, o sanitarista Oswaldo Cruz e o bode expiatório, a vacina. O governo decreta como obrigatória a imunização geral, mas o povo não aceita a imposição. Resumo: envolvimento de cerca de 3 mil revoltosos, 30 mortos, 110 feridos, aproximadamente 1.000 detidos e centenas de deportados. Acaba ocorrendo um golpe de Estado, cuja explicação dos ditadores era restaurar  as bases militares dos primeiros anos da República.

Ponto e vírgula no contexto. Só queria mostrar um fato histórico marcante e agora compará-lo a outro fato, com certeza um dos mais sérios da vida no Planeta Terra. Estamos em plena luta contra a propagação desenfreada e difícil de ser contida de um vírus mortal e semi-mortal (depende de uma série de fatores) que tem dois nomes cunhados pela ciência chinesa: Covid-19 e Corolavírus.

As recomendações de prevenção são intensas, aos milhares, ou até milhões,  as pessoas parecem desorientadas, desesperadas, vendo, lendo, ouvindo informações as mais assustadoras e também desencontradas, incoerentes. Cada cidadão que usa as redes sociais e recebe um vídeo, ou áudio, ou reportagem, quer logo postar, até sem interpretar todo o sentido, acrescenta “Este fala a verdade”. “Este eu conheço”, “Não deixe de ler e de seguir esta mulher”, enfim, uma parafernália de sugestões que atordoam e atormentam qualquer cabeça até mesmo colocada no lugar certo.

Enquanto isso,  os jornais digitais fazem o seu jogo sensacionalista  de sobrevivência. Só para se ter uma ideia, apareceu nestes dias numa rede chamada de confiável, uma entrevista de pesquisador com  chamada assim grafada: “Morrerão mais de um milhão de pessoas no Brasil”. Cruz credo! Além dos exagerados prevalecem os desocupados, agora mais que milhões, em casa, sem ter o que fazer, exaustos  da própria diversidade de temas que multiplicaram, mandam os famosos fake news. Até que cheguemos à verdade, a falsidade triunfou e fez o indevido e impetuoso estrago.

Agora a Vacina Proibida. Saltamos se 1904 para 2020. O nome dela é Influenza, que o governo antecipa devido o momento  e os cumpridores de ordens começam a aplicar a partir desta semana em todo o Brasil. Atentem: por enquanto sou eu que me opino sobre ela e vou, então, mostrar a minha visão de um ser humano  acima de  70 anos de idade. Depois de tantas orientações, seleciono o necessário, para não me perder neste emaranhado só comparável  à Torre de Babel ocorrida depois do dilúvio bíblico. Quero viver em paz e desejo a paz para todos. Por estar num  grupo absolutamente de risco, como dizem; por encontrar-me  ainda em cura de uma pneumonia parece que circunstancial, detectada  faz 20 dias, estamos confinados (minha esposa e eu) em nosso apartamento. Não falamos com ninguém pessoalmente.


Como informação talvez necessária, citamos os nossos exemplos:

1. Em todas as cidades  do mundo os acima de 60 anos receberam e recebem a ordem expressa:  não devem sair de casa. Os determinadores da  austeridade  são cientistas, médicos, profissionais de saúde espalhados pelo mundo. Repito: não sair de casa! Gravaram a determinação definitiva? Precisa ser cumprida à risca.

2.Temos  pavor de  pneumonia, medo menor que de um vírus letal. Portanto, fortemente recolhidos em prisão domiciliar, proibidos de  tomar muitas atitudes corriqueiras anteriormente, e determinados a executar medidas severas higienicamente. Só cuidados, cuidados, cuidados. Vida de responsabilidades excessivas e até chatas.

3. Dispensamos cozinheira, faxineira, passadeira, manicure e vamos adiante.

4. Dependemos de padaria, supermercado, farmácia e drogaria; tudo é pedido via telefone; temos filhos para nos ajudar também; as entregas são feitas ao porteiro, devidamente instruído, que deixa a sacola plástica (eita ofensa ao meio ambiente que tentamos amenizar!) em  nossa porta e nos  avisa por interfone; pegamos tudo com luvas e descartamos as embalagens; lavamos as mãos em seguida e de meia em meia hora, mesmo estando sozinhos; evitamos levar as mãos na boca, ao nariz e aos olhos.

5. Falamos com a família e amigos por  programa devidamente instalado, na internet, até jogo bola com um netinho de um ano e meio, que adora dar uns chutões e ver se saiu algum gol, e comemora. Precisamos de novas distrações.

6. Para quem quer saber como nós, casal de 50 anos de convivência, estamos vivendo: dormimos em quartos distintos  e  usamos banheiros separados, recebemos orientações as mais profundas e sérias. E cumprimos à risca.

7. Chega a hora da vacinação contra a gripe Influenza. Para cumprir o chamado vamos trombar com as convicções de fugir de um inimigo invisível e ou perder o medo do desconhecido que está vagando por aí e que dizem: vai passar por todos os caminhos e procurar destruir.

8. Conclusão inapelável: se não podemos sair de casa; se devemos obedecer detalhadamente as recomendações médicas e científicas; se temos que nos curvar a sacrifícios que exigem uma paciência de Jó, tudo para não sermos afetados pelo Covid-19, não nos defrontamos com uma incoerência fatídica? Para esclarecer, pergunto: vamos sair de casa agora e, na rua, sem segurança, em ambientes de aglomerações (não digam que vão conseguir conter a multidão), acotovelar-nos com outros velhos, a maioria desinformada e perdida na imensidão nesta Torre de Babel e correr o risco de sermos atingidos por um vírus infinitamente mais perigoso que uma gripe corriqueira? Socorram-me porque querem ou me fazer de bobo ou adoram abusar da ignorância alheia.

9. Conclusão das conclusões: a Vacina Obrigatória de 1904 provavelmente não teve a minha participação. Mas juro que se lá estivesse seria o primeiro a oferecer os músculos para receber a agulhada e combater a varíola que matava grosseiramente  naquele tempo. Agora, em 2020, vivido, escolado, atencioso, detalhado, obediente à lógica e à realidade, sabem diante de qual decisão me encontro? Anotem: da Vacina Proibida.

10. Adeus, Vacina contra Influenza agora! Quem sabe depois que passar esta tormenta? Ou se um robô japonês aqui chegar bem protegido. Alerto você por precaução: não me siga, mas atenda à sua consciência. Ela lhe esclarece o caminho mais prudente.

11. E que Deus nos abençoe e proteja. Amém!

José Sana
Em 22/03/2020

MAIS ALERTA: Os moradores de Itabira, especialmente os velhos, não entenderam ainda os riscos fatais a que estão expostos. Infelizmente, corremos o risco de presenciar uma tragédia que poderia ser evitada. Está feito o meu alerta comunitário.

quarta-feira, 18 de março de 2020

SÓ QUERO QUE ME DIGAM: DE ONDE VEM ESTE VÍRUS MALDITO?

Tenho sempre o costume de conversar com os mais velhos, os experientes, os cultos. Sempre os vejo nas casas lotéricas, quando não nas praças e nas portas de igrejas. Papos bons, instrutivos, selecionados, que variam de política a futebol, passando pela fé religiosa de cada um. Nestes dias em que o tema é somente o tal de Coronavírus, não têm havido papos. Até neste aspecto o diabo do pandemônio nos proíbe fazer.


Mesmo assim, ainda dá para comentar, considerando as postagens feitas nas chamadas redes sociais. Muitos escrevem, outros gravam áudios, alguns apenas curtem. Além desses, temos as intensas e praticamente infinitas reportagens publicadas nos jornais do mundo. Dá para sentir o que se passa no globo terrestre e tirar algumas conclusões.


Uma delas é que escrevem muito sobre números, quantidades, povos atingidos, mortos, estratégias de contenção, vacina. Mas falta o essencial, o ponto que deveria interessar a todos os países, principalmente aos que se mostram radicalmente contrários à violência, ao terrorismo e ficam por aí anunciando combates  tenazes. Então, o leitor já deve estar perguntando junto de mim: será quem foi o fabricante desse vírus que pode desencadear um apocalipse em toda a Terra?


Não me venham com essa dedução ilógica: ninguém fabricou, é um vírus espontâneo. Por outro lado, mostra ser impossível que tenha sido engendrado pela Natureza. Esta, creiam em mim, está mordida de raiva de nós, porque não a respeitamos. As cobranças e o seu firme propósito de não negociar os direitos adquiridos são relativos exclusivamente ao meio em que ela é atingida. Por exemplo, o ser humano não protege as nascentes nem cultiva as matas ciliares e vem a resposta em forma de  seca de rios; cutuca os barrancos, o resultado é o desabamento de prédios logo abaixo; polui as cidades, entope as redes de passagem da água, há transbordamentos e mortes. Por aí...


Pelo que entendemos, a Natureza sabe o que faz. Tem ela, como já afirmei, seu ponto de vista fechado com as suas decisões, mas não é mesquinha, não é banal, nunca age fora do contexto ou da lógica. Um cara de inteligência elevadíssima, mas com foco no mal, ou uma equipe de "competentes cientistas da desgraça", deve ter passado algum tempo estudando, tentando, fazendo testes, até chegar nesse desonrado e invisível vírus, capaz de até extinguir a raça terrestre. Ou mudar as regras do jogo que há milhões de anos vem se desenrolando por aqui.


Não me estaciono numa conclusão, pelo menos por enquanto. Então, deixo registrados os meus questionamentos: os chamados líderes mundiais não irão sequer dar um pio de sabiá, como diz o povo da roça? A sua luta contra organizações criminosas e terroristas que fizeram e ainda fazem estragos na face da Terra não se estenderá à maior tragédia que o ser humano pode enfrentar e talvez já esteja enfrentando? Há medo escondido na cara de celebridades? Que pena! Heróis medrosos... Tomando por base as mais fortes potências, como Estados Unidos, Alemanha, Japão, Inglaterra, que combatem a destruição do ser humano por ele próprio, perguntamos: nunca pensaram em investigar o que parece uma conspiração destrutiva? Nenhum país é suspeito? Não gravaram os chamados áudios que aqui no Brasil fazem até balançar uma corte suprema ou um poder democrático? Não desconfiam nem do mané da esquina que bebe uma cachaça e solta os podres que conhece?

Não dá para, como ser humano que pensa no bem, no progresso e na felicidade dos povos, engolir tamanha humilhação. Ver o gigante EUA curvar-se diante de uma provável arma biológica que estraga não só a sua economia, como também de todos os demais países do Planeta Terra, pelo menos a mim tira-me o respeito pela sua grandeza tão falada. E à badalada Organização das Nações Unidas (ONU), que às vezes se imiscui em questões de somenos importância dentro de países e deveria ter sentimentos mais elevados, pergunto: esse grupo, que tanto se reúne,  resolveu dormir na sua falsa cara de gigante?


Queria porque queria, de bom grado diga-se, ouvir pelo menos um ai das potências mundiais, um grito de “eu vou acabar com isso”, “eu prometo”, como tanto gritam contra os produtores do “homem-bomba” e as traiçoeiras armas que enxovalham a reputação do ser humano. Será que ninguém vai encaixar um berro de protesto, não de vingança, mas de punição, contra esses abestalhados que fazem do mal a sua distração predileta e lhes dão, com certeza, medalhas de bandidos premiados?



Eu queria também ouvir alguém que tirasse a minha razão e eu pudesse sentir-me pior que os silenciosos enganadores ou traidores. A partir daí, podemos começar qualquer outra discussão sobre uma pergunta que há milhões de anos continua sem resposta: o que o ser humano está fazendo neste planeta desgovernado? Só mesmo palhaçada e brigas por nada?

José Sana
Em 18/03/2020

INJUSTIÇA, NÃO: CHEGA DE PISOTEAR O IDOSO!


O velho tem que ficar em casa, quieto, concordo em gênero, número e grau.

Mas o novo, o jovem, o mediano tem que sossegar-se num ambiente e não ficar falando com pessoas diferentes, desconhecidas neste tempo de recolhimento. Ou seja, não mudem os belezinhas de ambiente e de pessoas com as quais lida no dia a dia.

Desde quando me botaram o apelido de idoso só levo tinta. Chego no banco e vejo jovens enfileirados no caixa “preferencial”. Fico esperando, esperando, esperando. E o banco “num tá nem aí”.

Vou à farmácia e lá está um veículo de jovem estacionado no espaço “idoso”.

Vou à padaria, supermercado, loja e constato: tem um piolho no meu lugar no estacionamento preferencial.

Vejo as pessoas reclamarem: tenho mais de 60 anos e não me cedem lugar nos ônibus!

Enfim, além de comer esses descaramentos todos ainda mandam os “veios” ficar isolados em casa. Que injustiça! Que covardia!


Providenciem uma coisa: fiquem imunes os jovens de nossas famílias e, em consequência, não haverá problema algum. Vocês, os chamados garotos e garotas, podem chegar e bater papos conosco, sim, desde que se preservem, não tragam vírus.

Fiquem todos sabendo: se querem seus coroas vivos, saibam preservar a saúde jovem. Estando os jovens imunes, os velhotes também estarão. E pergunto: que mal faz um velho sadio se encontrar com um jovem também sadio? Até uma criança! Onde não existe coronavírus não existe risco.

NOTA: A nossa cozinheira, muito amiga por sinal, tem a mania de ir para Itambé nos fins de semana. Já avisei pra ela: “Não vá e, se for, não volte aqui!” A regra é esta: cancelado o artigo da Constituição que dá ao cidadão o direito de ir e vir. Se o idoso perdeu o direito de sair de casa, o jovem perde a liberdade de ficar pra lá e pra cá, conversando com o povaréu doido.

José Sana
Em 18/03/2020

sexta-feira, 13 de março de 2020

CONSPIRAÇÃO MUNDIAL: O MUNDO SEGUE SE TRANSFORMANDO

A Teoria Malthusiana, ou Malthusianismo, elaborada por Thomas Robert Malthus no século 18, defendia que a população cresceria em ritmo acelerado, superando a oferta de alimentos, o que resultaria em problemas como a fome e a miséria.

Logo em seguida, no século seguinte, eclodiu a Revolução Industrial na Inglaterra que, para os entendidos da época, desmascarou Thomas Robert Malthus.


 Mas, mesmo com o desenvolvimento dos meios de produção, poucos deram conta de que a super população traria novas dificuldades. Malthus, pelo menos pelo que entendo, não deu conta disso. Uma questão de saúde pública. Pobre ser humano, que nada sabe, permitindo que se escravizem uns e outros com informações quase sempre falsas.

Tudo o que veio para preocupar o mundo até agora em forma de doenças — Vaca Louca, Influenza Hespanhola, Gripe Suína, Gripe Aviária e agora Cronoravírus — é consequência dos altos números demográficos. Não tenhamos dúvida. Afinal, somos 7,6 bilhões de moradores neste minúsculo planeta, um dos menores de todo o universo. Resumindo: já estamos espremendo-nos uns contra os outros, cada um roubando até o ar do outro. Os pneumologistas que o digam.

As epidemias e pandemias que sempre ocorrem não vão cessar, não nos deixarão em paz. O crescimento populacional é um fato natural, que dá mais corda para os pobres e segura somente a razão perceptível dos ricos.

Haverá uma implosão. Não precisa ter a percepção de Nostradamus nem de nenhum dito profeta. É visível. O Apocalipse pode ser populacional, sim.

Então, não se preocupem com o Conoravírus. Ele vai passar já. Mas é um alerta. E há uma conspiração contra o mundo para que ele seja destruído em menor espaço de tempo porque está muito pequeno para tanta gente. A Terra  não é definitiva, disso todos sabem. Tanto não é que tudo passa, é transitório.

Atenção, preocupantes e subordinados ao Conoravírus: acordem, seu mundo é um grau de mostarda diante do contexto universal.

E vamos virar esta página.

José Sana

Em 13/03/2020

quarta-feira, 11 de março de 2020

ESTAMOS NO FUTURO. VEJA NELE A NOVA ITABIRA


Eu sou a voz do futuro. Por conseguinte, não me leia agora. Deixe para quando o porvir chegar. Somos de Itabira  sempre.  Antes, durante e depois. Existirá fisicamente a nossa terra em época que dizem ser imaginária, o hoje tocável? É claro que sim. Os traumas das mudanças consumaram-se como vencidos. A cidade começou vida nova. Mais acanhada, mas segue sobrevivendo.

A Itaurb foi privatizada. Não teve jeito. Houve desemprego em massa, mas alguns funcionários foram reaproveitados. A empresa que a adquiriu está feliz que até transparece.  Todos fizeram um ótimo negócio. Para que isso ocorresse bastou que se aplicassem regras profissionais. Antigamente, a velha cuidadora do lixo itabirano tinha a característica de cabide de empregos. Pendurava os prometidos de campanhas. Agora mudou. Nem cabide, nem armário, nem guarda-roupa.

Um destempero generalizado ocorreu quando também privatizaram o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). Os contrários alegavam que o Saae dá muito lucro e é organizado. Contudo, os decididos do futuro atual provaram que se poderia triplicar o lucro. A contraprova de necessidade foi apresentada pelo temor de altas excessivas nos valores das contas. Não adiantou. Hoje a empresa se transformou e tem número reduzido de funcionários. A excelência cresceu. E não falta mais água em torneira alguma, nem na periferia.

Do futuro vimos o passado, pertinho, logo ali. Nele aprendemos a conjugar, não apenas gramaticalmente, mas sob a visão da filosofia, vários verbos. Uma das expressões começa com a letra E. Refiro-me ao verbo evitar, que é transitivo direto. Evitar o quê? A conjugação é normal, o verbo é regular. Mas a sua explicação é complicada. O sujeito só diz que evitou fazer alguma coisa quando praticou e deu certo. Ou seja, ia passar numa ponte; decidiu não passar; imediatamente, a ponte caiu. Evitou.


Itabira, década de 1960: prefeito Daniel Grisolia acompanhando asfaltamento

Itabira não evitou os traumas ocorridos. Poderia  não ter feito isso ou aquilo. Temos este conhecimento somente agora no futuro inimaginável. Ocorreram determinadas e previstas correrias. Politicamente, muitas acusações. No mundo para tudo procuram um bode expiatório. O fato de a Vale sair fora do contexto, ter deixado dezenas de barragens como presentes de grego para os itabiranos, além dos buracos,  constituiu culpa de A, B, C ou D. Os mais acusados são evidentemente os políticos.

Político não tem ideia. A ideia é que tem o político. Ele, normalmente, não faz o que é certo, mas o que ouve dizer nas esquinas, salões de beleza e velórios o que  se impregna na cabeça do povo. Quem faz o maior zum-zum-zum consegue emplacar os seus desejos. Por isso chamam certas figuras e certas organizações de formadoras de opinião.

Alguém quer saber que rumo tomaram os desesperados, amantes da mineração e do lucro rápido. Eu digo que zarparam para outras cidades mineradoras. A mineração demora a entrar na cabeça do ser humano. Depois, dificilmente, sai. Entra como cola-tudo. Os mineradores ficam até invejosos dos plantadores de verduras, frutas e legumes, e admiram os puxadores de agronegócios. Mas não se desgrudam da ideia do bamburro, do lucro imediato, entrada reluzente do ouro e seus derivados em bolsos forrados.

Resumo da história itabirana:  tenta-se, ainda, encaixarem  os itabiranos de coragem e de verdade na nova vida que se impôs acontecer na terra de Carlos Drummond de Andrade, tirando-a da condição de incógnita. O que está mandando na economia é a difusão de conhecimentos, expansão de universidades. Os aposentados vão vivendo enquanto Deus lhes dá mais prazo de dias, meses e anos. Os cinco mil funcionários municipais deram seu jeito e viraram mil e ainda falam que precisam ser reduzidos.

Quem está entre o passado, o presente e o futuro quer saber: quem foi, quem é e quem será o dirigente máximo de Itabira durante tantas enchentes, tempestades, terremotos, tsunamis, furacões? Só posso responder daqui a pouco.

E querem saber também notícias dos chineses. Não arrisco dar  respostas ainda. Somente sei que foram atraídos e parece que, depois, traídos. Talvez fosse pelo medo do coronavírus.

Perguntam, finalmente: em que a Vale contribuiu para que esta aparente calmaria reinasse neste futuro presente? Resposta: ela foi discutir o tema na Bolsa de Valores de Nova York. Em lá chegando, deparou-se com ninguém na área. Nadou de braçadas. E assinou na ata em que redigiu de bom grado: “Fim de meus compromissos. Bye, bye, bye”.

José Sana
Em 11/03/2020

sexta-feira, 6 de março de 2020

CADÊ A NOSSA VERGONHA NA CARA?


Dia destes rabisquei neste blog uma pergunta que ninguém em Itabira — homens, mulheres e crianças, direita e  esquerda, atleticano e cruzeirense, vivos e mortos — teve a coragem de dar resposta sequer duvidosa. Ei-la:

            — Cadê os chineses?

Era uma promessa contra o tempo, já atrasada  no espaço, prometida para início imediato de reconstrução da economia itabirana próxima de ruir-se. A Vale anunciou que racha fora de Itabira no ano 2028. O anúncio se consumou em 2018. Faltam, portanto, oito anos para que a empresa cumpra a sua promessa, registrada nos mais diversos meios da comunicação do Brasil. Por incrível que pareça, há itabirano que crê ter sido o recado claro da Vale um blefe. Nunca vi alguém prenunciar que vai cuspir na cara de outrem e mude de ideia, faça a entrega de um ramalhete de flores. Talvez aconteça se houver uma interferência divina.

No dia que perguntei pelos chineses — há precisamente um mês, em 6 de fevereiro passado — não se falava no mundo, ainda, sobre o tal  coronavírus. E nem vou falar disso aqui porque não sou especialista em epidemias pavorosas, nem em fim do mundo. Só vou perguntar, de novo, uma vez só, para não parecer que o matador chinês estaria impedindo aquela economia, comunista por dentro e capitalista por fora, de investir em Itabira:

— Cadê os chineses?

Agora vou questionar, com muita vontade, outra figura, um tanto quanto sumida, esquecida, guardada na moita: essa personalidade morreu, perdeu a fibra, o espírito comunitário que mais  se transparecia nos idos das forças vivas que moveram a “cidade educativa” dos anos 1970:

— Cadê o itabirano?

E vou adiantar: a Vale, que já encheu a cidade de placas “rota de fuga” e “ponto de encontro”; a mineradora, que se mostrou e se mostra aberta ao diálogo, vamos reconhecer; essa empresa, que alguns elogiam, outros criticam, está, de verdade, arrumando suas malas para partir. Endereço: exclusivamente Carajás. Adeus, Minas Gerais! Mudem de nome e de vocação, mineiros!

Na arrumação das trouxas, a mineradora deve anunciar, em breve, os nomes dos membros de uma equipe, com gerente e tudo, chamada de “Fechamento de Mina”. Sei que há leis a serem cumpridas e a velha CVRD, que parecia eterna em Itabira, vai entrar nesse processo. Em mim, pelo menos neste observador nato, com 52 anos na terra de Drummond, dá um frio esquisito na barriga. Fechar a mina; e depois?

Sem medo de ser contaminado por coronavírus, recorri-me  a uma fonte chinesa e perguntei-a de peito aberto, quase entalado:

— Cadê os dólares prometidos para o Parque Tecnológico, o Aeroporto Industrial, a consolidação do porto seco e a expansão da Unifei?

A resposta chegou imediata como um corisco, um relâmpago, que pisca num segundo: “Estamos esperando os sinais necessários — providências  protocolares do governo, projetos, tudo enfim, porque as providências parecem estáticas”.

Acompanho os sinais dos responsáveis. Não vejo, pelo menos a olho nu, nenhuma luz que determine encaminhamento concreto para amarrar os chineses, atraí-los com seus benditos dólares à nossa sofrida Itabira. E reconstruir uma economia não é parada para oito anos apenas, quem sabe 80. Estaríamos lascados já? Qualquer analfabeto em economia, tal como eu, sabe que os dias seguem acelerados. Como diz o narrador esportivo: “O tempo passa e se aproxima dos minutos finais”. Se houver prorrogação, essa não passará de pequeno tempinho para um nostálgico adeus.



Por estas razões — falta de aproximação dos governos com as comunidades, necessidade de um trabalho conjunto, participação popular nas decisões — é que me convenci, desde 1976, como vereador depois jornalista, que o melhor assessor do prefeito e do parlamentar chama-se sociedade civil organizada. É o que está também em meu E-book, disponível na internet, com o nome de “Caminhos para a vitória — Ser Cidadão, Ser Vereador, Ser Prefeito”, acessível pelo link:

           
 Não me é dado simplesmente vender livros (E-book) neste momento. Estou, ao custo simbólico de R$ 27,00, tentando captar sócios de ideias para mudarmos o modelo político dos municípios brasileiros. Portanto, não apenas de Itabira, que lança este projeto-piloto. Existe o preço para que, além de cobrir custos e contribuir com uma entidade beneficente, sirva para que não imaginem que estou tentando retornar à política, que meu discurso virou promessa eleitoral. O que não vou me cansar de dizer, ou perguntar é o seguinte, junto do povo:

— Cadê a nossa vergonha na cara?

José Sana
Em 06/03/2020