quarta-feira, 29 de março de 2023

O DIA EM QUE O MUNDO 'ACABOU' EM ITABIRA


Reunião de vereadores itabiranos escancara problemas inenarráveis e estampa denúncias mortais ou imorais; será que o prefeito não toparia tentar limpar sua barra?

 


Itabiranos, o mundo acabou em Itabira nesta  tarde quente de 28 de março de 2023. Sempre colocando otimismo e esperança quanto ao futuro, desta vez cheguei à beira do abismo e por pouco não era atirado nesse precipício. Ainda bem que não estava ao vivo e a cores, mas sintonizado numa emissora de rádio e usando equipamentos auditivos modernos e artificiais, de curvas avançadas dentro de aparelhos naturais.

 

O relógio marca 16h30 e a reunião da Câmara Municipal de Itabira, depois de homenagens a fatos e a personalidades, de  denúncias graves na área de educação  — escolas sem professores, choro de mães e o repetitivo caso de muro de cemitério caindo em Ipoema  —, entendo ter chegado a hora do holocausto itabirano. E ele se arremata com o adeus da Vale cada vez mais próximo e com gosto de guerra que ainda nem começou.

 

Estou em casa, grudado no radinho e pelo celular acompanhando  informações sobre o clima pesado que toma conta do semblante de vereadores e da plateia durante a reunião plenária. De repente,  a palavra é entregue ao vereador Neidson  Dias de Freitas. A princípio um zum-zum-zum intenso nas redes sociais e depois o silêncio, como se as trombetas fossem anunciar o Apocalipse de São João, ou as quadrinhas de Nostradamus.

 

Neidson com a palavra, a terra treme. “O que será que vai sair agora?” — murmura, questionando uma presença frequente nas reuniões do Legislativo que alguns chamam de “piolho de plenário”. Na frente, um painel aberto repercute principalmente números, o vereador desfia o seu rosário de valores sem licitação já empenhados pelo Executivo. A quantia representativa da  soma de suas denúncias: R$ 82.592.176,41. Depois, os detalhes de cada  transação que mostra Itabira buscando tornar-se legal em atas, um processo de adesão que estará proibido a partir do mês de abril, ou seja, daqui a três dias.

 

O orador denunciante, mesmo com a defesa do vereador Carlos Henrique que explica ser a operação legal, emenda-se com a voz de outros — “se for legal é imoral”. A sua crítica pende para o lado da existência  de empreiteiras capazes em Itabira, para ele trocadas por empresas do “cafundeu do judas” (essa expressão é de autoria de outro vereador). E ainda, o parlamentar filiado do MDB, esclarece que, mesmo sendo legal, a frequência de adesão a  atas  “desperta suspeitas”. E convida os vereadores a se juntarem a ele em  estudo mais profundo da questão levantada.

 

Neste momento, estou de olhos voltados para uma chamada na primeira página do Diário de Itabira. Marco Antônio Lage declara de alto e bom tom: “Farei o melhor governo da história de Itabira”. A promessa renovada estimula qualquer estátua  petrificada e, confesso, a esta altura da vida, sinto-me uma múmia. Digo de mim para mim: “Pare de sofrer!”


 

A esperança, então, acende o pisca-pisca no fim do túnel. A vereadora Rose Félix, que agora é chamada de “Dura na Queda” em alusão a um nome de empreiteira beneficiada,  toma a palavra e reitera a sua confiança na presença do secretário Gabriel Quintão, de Administração, que “virá ao plenário na próxima segunda-feira prestar esclarecimentos”. Ela espera “que venha com respostas certas e nada de ‘isso não sei’, ‘aquilo não sei’, adverte.

 

Não cabe aqui desfilar os problemas do prefeito, espremidos no curto tempo que tem para governar. Muitas promessas, desafios incontáveis que qualquer ser humano normal vê como obstáculos intransponíveis. Os servidores municipais, na voz de seus “representantes” nas redes sociais, estão felizes.

 

Mas e os vereadores, legítimos donos de cargos efetivos e eletivos, que são desprezados? Será que as pesquisas não corroboram os representantes do povo? Segundo o vereador e ex-secretário de Governo Bernardo Rosa é um erro sem tamanho do Poder Executivo manter-se distante dos 17 parlamentares municipais.



Para não dizer que faltei com meus conselhos, os quais ninguém segue, mas o envio só para cumprir meu papel, vão lá: se  eu fosse Marco Antônio Lage, iria à Câmara no lugar de ou "assessorando" Gabriel Quintão, porque quem o povo quer ver é o "dono da boiada". Além disso, mesmo sendo ateu conhecido, nomearia marqueteiro, como última mexida no secretariado, São Judas Tadeu, “o padroeiro das causas impossíveis”.

 Salvo melhor juízo!

José Sana

Em 28/03/2023

 Fotos: Heitor Bragança/Liberdade/FM

segunda-feira, 27 de março de 2023

“TARIFA ZERO”: CHEGA DE DEMAGOGIA BARATA!



Cidadãos nomeados — você, nós e eu — sempre fomos dominados pela propaganda correta ou falsa. Todos seguimos, não adianta negar, as regras do nazismo: "Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade". Mais especificamente, a famosa e desastrosa frase é de Joseph Goebbels, ministro da propaganda na Alemanha Nazista. Claro, pronta, seguida, não se acrescenta a ela nem uma vírgula, nem um ponto de exclamação.

 

Na minha memória de infância, ontem mesmo para mim, e há 200 anos o contrário, para os inimigos que querem desvalorizar meus cabelos brancos, há uma extensa antologia  de nomes, conselhos, ideias que mais parecem um discurso da mentira tentando desmoralizar a verdade.

 

No lado político, talvez haja uma grandeza maior de apelos que funcionam e nem são colocados entre  aspas, parecem que viraram leis sem protocolos: Constituinte e Diretas já!— apelo pelo retorno às eleições diretas para executivos públicos na década de 1980; — lá  vieram os Caras Pintadas depois; — lição para o governo a Jornada de Junho de 2013. Repetidamente, afinal, não era um malefício à prova, mas, sim, manifestações democráticas.

 

Mencionei por alto essas questões apenas para chegar no seguinte: “Tarifa Zero” (entre aspas porque é a maior ilusão dos últimos dias, meses e anos). Na campanha eleitoral de 2020, o então candidato, vencedor, a prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, prometeu instituir  em Itabira o show do momento na região: “Tarifa Zero” (continuam as aspas até o fim do mundo).

 

Não cumpriu ainda o prometido, mas tentou reduzir o preço da passagem de coletivos urbanos de R$ 4,00 (valor que já estava subsidiado) para R$ 3,00. A trapalhada ficou por conta de outros detalhes, dentre eles o de esticar por mais dez anos a concessão à empresa que, desde Adão e Eva (perdão, o fim dos anos 1960),  mantém o transporte coletivo na cidade, a Cisne.

 

O projeto está parado na Câmara e ninguém sabe se vai desencalhar-se, até por que tem dinheiro demais voando, correndo, rondando. E pense o que quiser cada um que, por acidente ou não, lê estas mal traçadas linhas.

 

Barão de Cocais, simpática cidade vizinha embarcada na ideia socialista,  já oficializou o que foi prometido em Itabira e instituiu a “Tarifa Zero”. Quer dizer: pegue um ônibus, ou carro particular, viaje 60 quilômetros, e percorra Barão sem pagar um centavo, trafegando em todos os bairros servidos pela concessionária local. Cidade menor que a nossa seis vezes, ou mais, de receita infinitamente reduzida em relação a Itabira, seu prefeito é de  esquerda, é claro. Itabira morre de inveja, que pena!

 

E nem precisava. Sugiro que  consultem  a  bíblia, que não domino como  um bom  pastor, mas terá esta resposta imediata em Tiago, capítulo 3, versículo 16: “Onde há inveja, há a ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de males”. Mais ainda, a meu simplório ver: “Tarifa Zero” é uma ilusão elevada à potência 1.000, repetida segundo a regra nazista, até tornar-se ambição dos mal informados.

 

Vamos às outras razões que exprimem o contrário. Os maiores responsáveis por pagamentos de vale transporte são empresas, patrões, prestadores de serviços, outros mandachuvas, e todos estão, como dizia o saudoso Luiz Menezes, “batendo palmas de contentamento”. Então, estampa-se claramente que os pagadores vivem como maioria das classes A e B, sobrando raríssimas criaturas nas C e D.


 

Politicamente, só interessa aos ditos socialistas, chefes emboscados na Classe A e ainda com certa restrição. Os demais componentes remediados e já rebaixados serão, como nos países miseráveis que nos rodeiam — Bolívia, Cuba, Peru, Colômbia, Panamá, Venezuela, Chile, Argentina e outros — os novos descamisados, miseráveis e mendicantes.  Isso já está muito explicado e só não entende, desculpem-me a expressão, os pobres-coitados, pirracentos ou de inteligência obstruída.

 

Fim de papo. Quem trabalha para o Socialismo progredir é um covarde, porque nem devem ser um Bill Gates, George Soros, embora aqui representados por um ou outro fazendeiro, industrial e agiota. E digo e repito: traidores, aproveitadores da simplicidade alheia, ladrões.

 

Acrescentando que fogem do pau de suas missões, precisam criar empregos para quem quer ser  independente e não mandar a maioria pegar o pires, agachar e madrugar nas portas de prefeituras, secretarias municipais, estaduais e federais. Parem de fazer demagogia barata, malditos ateus clandestinos!

 

Aos idosos, deficientes físicos, doentes e incapazes tudo bem, exceção correta. Aos de musculatura, corpo e cérebro funcionando a contento, a  oportunidade do trabalho digno, enxada neles!

 

Salvo melhor juízo!

 

José Sana

Fotos: Transportes Cisne Ltda. (redes sociais)

Redes Sociais

27/03/2023


Em tempo: prepara para invadir Itabira e região uma tropa de bandidos dos mais temidos do Brasil. Direi quem são os seus chefes que estão costurando horror e terror para o povo. Que se cuidem e se previnam. Já vamos avisar à Polícia. 

sábado, 25 de março de 2023

ELES COMEM PIZZA. NÓS ALMOÇAMOS E JANTAMOS CPIs



O moço garboso, com fome,  entra numa lanchonete em qualquer cidade brasileira, acho que em  Itabira mesmo, e se dirige a um atendente:

   Me dá uma CPI...

— Simples ou composta? Pequena ou dupla? — responde e pergunta o garçom.

— Mistura tudo e me dá a CPI, moço!

 

A seguir, aparece uma garota vestida a caráter da moda, parafusos para tudo quanto é lugar de pendurar, e  faz o seu pedido:

 

— Você tem CPI?

  De comer ou de beber? De comer só temos de frango ou bacalhau.

  Embrulha uma de frango e duas de bacalhau... quentinhas! Quanto tenho de pagar?

  Veja lá no caixa, por favor!

 

Assim está o Brasil hoje: CPI pra lá, CPI pra cá, em todo lugar só se fala e se ouve a sigla sendo pensada, falada e gritada. Tem de comer, de beber; às vezes faz bem, às vezes faz mal; vomitam ou têm diarreia; dor de cabeça é mais comum; mas a maioria está adorando entrar numa igreja e ver o palestrante homenagear a CPI.

 


Nas câmaras de municípios de todo o país o prato do dia não varia das casas de alimentação física e também é este: “Vou pedir uma CPI”, “Quem assina na minha CPI?” “Depois dessa CPI temos de fazer outra CPI”. A palavra se tornou mágica, amedronta às vezes, mas na verdade é algo oco, sem contexto consistente.

 

Segundo documentos extraídos das constituições Federal, Estadual e dos Regimentos das Câmaras  Municipais,  a Comissão Parlamentar de Inquérito (nome por extenso é CPI) é uma investigação conduzida pelo Poder Legislativo, que transforma a própria casa parlamentar em comissão para ouvir depoimentos e tomar decisões suas, às vezes embasadas em pareceres técnicos, ou até conversas sem pé nem cabeça, mas na maioria sérias.

 

E agora fica claro o que já era sabido desde o meu tempo de vereança, de 1973 a 1982:  na esfera municipal o nome correto da  palavra de ordem, hoje, é Comissão Especial de Inquérito (CEI) ou Comissão Parlamentar Municipal de Inquérito (CPMI). Fica, portanto, feito o lembrete importante  porque o impacto é melhor e o cardápio das lanchonetes avança na esfera gastronômica. Ouvi dizer que tem CPI à la carte em restaurantes itabiranos.

 

E    não  precisamos mais repetir o sentido da palavra “parlamentar” que, além de função de  senador, deputado, vereador, pode ser de um grupo que discute, parlamenta, conversa fiado e mostra responsabilidade ou o contrário. Não executa, portanto.


Então, neste nosso país complicado, se alguém for a uma das casas legislativas, o que vai encontrar, pode ser, talvez, palavras bonitas, algumas proferidas por "ruis barbosas" meias-bocas ou saídas da inteligência de  grandes oradores, ou de línguas que retumbam, gaguejam, enquanto ninguém presta a atenção em ninguém. 


O assunto mais interessante passa a ser algo preparado por fulanos de tal tipo “negocinho”, carimbado para leiloar projetos proibidos como chantagens, conluios, trocas-trocas. E pode consistir na oficialização de valores virados de cabeça para baixo ou de pernas pro ar.

 

A hora da esperteza chegou: “Macaco velho não enfia a mão em cumbuca”, um dos primeiros sinais de vozes populares que  jorram da chamada  boca pequena.  Se alguém está sabendo que a PF investiga, há uma certa esperança de bons ares para o povo animar, mas ter a certeza, nunca! O Judiciário representa cada um de nós mas hoje balança  o prestígio e precisa recuperá-lo para o bem geral da nação, desculpem-me a cacofonia.

 

Nos parlamentos, hoje em dia prefiro que CPI seja mesmo um copo de bebida saborosa, tendo acompanhamento de salgado fino ou não, pode ser um creme de palmito  ou  empada de  bacalhau ou torresmo frito, engordurado e soltando fumaça. Se for a própria pizza que os parlamentares apreciam, que se entalem e se engasguem caso seja adotada a prática criminosa


A mais saborosa — para eles — a poção de CPI das caladas de noites, merece fiscalização pois em outras casas da cidade e do país, cada um de nós é pisoteado, esmagado e chutado como uma barata seca, até o sono dos inocentes lhe será surrupiado.

José Sana

25/03/2023

quinta-feira, 23 de março de 2023

SUA MAJESTADE, A ÁGUA, AMADA UMA SEMANA SÓ!

 



A Água está sendo homenageada. Não somente em Itabira, mas no mundo inteiro. Se fosse mulher, seria  Miss, ou princesa, mesmo de carruagem quebrada. Se fosse homem seria o Poderoso Chefão,  dos filmes  de números sequenciais. Se estivesse nos Estados Unidos igualaria a um  Kennedy, ou Abraham Lincoln. Na Grécia teria sempre figuras internacionais à sua disposição no estilo de uma Jaqueline Onassis. No Oriente Médio, anti-Bin Laden, ornado de coragem para acabar com o terrorismo. Em Roma, o Papa teria de esforçar para disputar prestígio com ela. Como ponta da prática da  caridade superaria Madre Tereza de Calcutá. Fariam genuflexão a ela como ao Dalai Lama, na Índia. Mas anote no caderninho de apontamentos: só durante esta semana, depois voltaria a ocupar a vaga perene de Maria-Ninguém.



Mesmo bajulada, exposta num pedestal, ou mesmo exibida quando se mostra cristalina ou descendo deslumbrada e feliz em cascatas, ou num andor como se fosse um leitão assado, somente ela sabe de sua saga, que tem passagens desastrosas ao receber todas as sujeiras de indústrias poluidoras; dos detritos como azuis desbotados, chegam para ser ingeridos por ela; dos insultos humilhantes, como se fosse  culpada pela poluição e o desperdício. Olham com desprezo para sua pressão na  saída de mangueiras que lavam passeios, veículos, enfim, a sujeira detestável do mundo. Perdoam-na apenas quem segura  a compressão, mas tratam-na mal como no seguinte exemplo: “A m... de água não entrou na caixa hoje.

Os itabiranos sabem  que foi e é a Vale a grande sugadora de nossa água. Ao assumir o cargo para o qual foi eleito em 2020, o prefeito Marco Antônio Lage tinha conhecimento de que a  mineradora segurava na sua conveniência atraso no cumprimento de  importante item da  Licença Operacional Corretiva (LOC). Hoje são 23 anos de enrolo, empurra-empurra com a barriga e não se sabe o que rola nos bastidores  e  na calada da noite. Reina até hoje a   quietitude   absoluta, ou uma  preguiça institucional

 Os itabiranos sabem  que foi e é a Vale a grande sugadora de nossa água. Ao assumir o cargo para o qual foi eleito em 2020, o prefeito Marco Antônio Lage tinha conhecimento de que a  mineradora segurava na sua conveniência atraso no cumprimento de  importante item da  Licença Operacional Corretiva (LOC). Hoje são 23 anos de enrolo, empurra-empurra com a barriga e não se sabe o que rola nos bastidores  e  na calada da noite. Reina até hoje a   quietitude   absoluta, ou uma  preguiça institucional.



 Marco Lage  garantiu, em discursos e “lives”,  como resolver o problema da água, cujo foco seria a prioridade número um. Mas o tempo passou e nada mudou. Continuamos como nordestinos, na seca alternada com barro. Em dois anos e três meses não tivemos tempo suficiente para saber se foi ou não desferida a  primeira enxadada com vistas à transposição (ou não) de bacias. A maioria dos que participaram das discussões tinha um projeto de menor distância que 21 quilômetros, mas foram votos vencidos. Diplomas, currículos e outras forças ocultas pelo gabarito de participantes da decisão venceram nos debates. Os vencidos se calaram, e esperam e esperam e esperam.

Enquanto isso, na falta do líquido e na poluição que carrega, pode o governo fechar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Ali já estiveram três secretários, os quais não foram capazes de fazer milagre. Se me pedem  para indicar nomes capazes e milagrosos, tenho-os na ponta da língua: São Judas Tadeu, padroeiro das causas impossíveis, que poderia ser assessorado por Santo Expedito, solucionador de causas urgentes (este para agilizar tudo, porque a seca e a sujeira só pensam em atrapalhar a nossa vida).



Em cada rincão deste sofrido país e desta complicada Itabira a Água é uma deusa sem cobrar por serviços prestados. Sua Majestade é fonte da vida, quesito indispensável para ser algo divino, garante a certeza de que participou ativamente da criação do mundo e agora sustenta os nossos dias. Aproveitando que continua sendo homenageada, faço um pedido aos fazedores de homenagens e festas: por que não promovem o Mês da Água como fazem com a mulher, as crianças,  os namorados? 

Ao encerrar, tenho o meu bordão para ela que, aliás, não é de minha autoria, mas que aplaudo como força para a sua autoestima.

 

“Enquanto os cães ladram, a caravana passa”.

José Sana

23/03/2023

terça-feira, 21 de março de 2023

NÃO TEREMOS APOCALIPSE? VAMOS MUDAR A OPINIÃO DE DEUS?



Um adoidado ser vivente, vê um casarão, chega perto dele, abre o trinco, fecha-o meio matreiro, confiante de que agora, finalmente, vai dar certo, invadirá aquela imensa e habitada residência. Só entrar no jardim não interessa, o alvo é o gigante alvo do assalto.

 

Lá dentro, você — você mesmo — dorme o sono dos inocentes, que vai se transformando de insônia a aflição. Já existe uma super população ao redor de tanto espaço, embora haja também a permanência dos lúcidos, alguns ressabiados, outros que se autodenominam praticantes da cautela. O resto é a idiotice corriqueira de um terceiro mundo ainda inacabado.

 

O invasor não ataca pela frente, mas nas beiradas. É capaz de minar alguma possível reação. Tem a paciência de Jó. Sem muito esforço consegue convencer os chefes meia-boca e os esquerda caviar, depois os entreguistas e mais facilmente os fanáticos. Os que têm conhecimento entregam a rapadura no primeiro aceno de simpatia camuflada, ou cinismo profissional.



O ninho onde chocam as galinhas poedeiras, assim chamado pelo intelectualismo cheio da grana, está localizado num lugar distante, mas com filiais espalhadas no mundo inteiro. Seu nome: Nova Ordem Mundial (NOM). Quem passa pelos comandos diretos desse covil de bandidos são somente os mandachuvas, frequentadores de capas da famosa revista Forbes.

 

Ocorreu na Alemanha, em 1818, o nascimento do “santo poderoso”, a quem chamam também de Jesus Cristo, irresponsavelmente. Seu nome: Karl Marx (1818-1883), chamado também de “Velho”, com 205 anos de idade se hoje vivesse. O dito cujo teve 64 anos para produzir suas obras-primas chamadas “O Capital” e “Manifesto Comunista”.

 

Completando 140 anos de sua morte, é idolatrado por  ditos intelectuais que fazem vistas grossas às intocáveis leis de transformações, de Lavoisier (1743-1794). Ou seja, o mundo em nada mudou na concepção de quem deveria pelo menos respeitar o conhecimento.


 

Karl Marx fez parceria com Friedrich Engels (1820-1895), chamado de revolucionário e escritor, que não passou de um carregador de guarda-chuva. Sua proeza foi  sustentar o amigo pobre em troca da citação de seu nome nas obras. Isto foi escrito por gente de seu tempo.

 

De volta ao invasor de propriedade, que encontrou a cancela aberta, entrou pela frente e fundo, tal como assaltam supermercados, ou fraudam urnas eleitorais, ou provocam algum tipo de baderna a mando dos coronéis da botina solado de pneu. Seu nome, que até soa bem, mas na verdade é o Comunismo sonhado pelo “Velho”, é blindado como Socialismo. Nome completo: Socialismo Utópico e Científico, que nunca teve êxito em lugar algum do mundo.

 

Aproveitando que a vizinhança já estava subjugada pela dona NOM, os utópicos tiveram fácil acesso à Terra de Santa Cruz. Já os brasileiros, apesar da revolta  de multidões, acabaram sendo vítimas do mesmo crime praticado contra Cuba, Venezuela, Bolívia, Colômbia, Peru, Panamá, Chile e, mais recentemente, a badalada Argentina, que só ama Peron e Maradona, nem a si própria.

 

Escrever ou falar mal dos miseráveis habitantes da América Latina não ofende mais. Desesperados, querem socorro. Já  os brasileiros lúcidos e vencidos  pelos babacas, lutaram e foram feitos de idiotas. A ilha da riqueza, no Socialismo, está reservada para os “bons da boca” como dizem eles próprios, os esquerda caviar, expressão que traduz o que cada um assume.

 

E agora, José? Até a mídia brasileira, comprada, chamada de tradicional, começa a mostrar os estragos de uma equipe de ditadores em menos de três meses de desgoverno. Investidores estão em debandada; empreendedores no desânimo, o comércio, base do sustento dos que têm coragem e preferem não ser empregados de ninguém, fecha dia a dia as portas. Ainda há os que encenam esperança, quem sabe?

 

Vamos focar Itabira daqui a uns anos, daqui a oito. A poderosa Vale já traçou o seu planejamento de trabalho no Sistema Sul e estendeu o prazo até 2040. Será uma ilusão para quem não entender a jogada porque o prazo visa estabelecer uma redução gradativa até a hora  do adeus final. Cada dia será mais pobre. Até quando?

 

A ameaça aos itabiranos se completa com o ataque socialista/comunista que avança no Brasil e com incrível rapidez, seguindo o modelo chileno e argentino, os últimos crimes hediondos praticados pela esquerda caviar. O Apocalipse de São João e os anunciados de Nostradamos, infelizmente, não serão adiados, a menos que Deus entre na jogada e faça seus milagres.

 

Quem tem com a santidade de um São Francisco de Assis para fazer interceder junto a Deus e  fazê-l mudar de ideia?

 

José Sana

Em 21/03/2023

Nota: preciso afirmar e confirmar a quem queira saber, não sou esquerda, nem direita, nem centro. Só Brasil, Itabira, São Sebastião do Rio Preto e detesto ouvir a expressão "progressista" no sentido político. Pergunto a esse pessoal: para aonde vai com a sua vida?

sábado, 18 de março de 2023

TINHA UMA PEDRA NO MEIO DO CAMINHO




“No meio do caminho tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminho

Tinha uma pedra

No meio do caminho tinha uma pedra

 

Nunca me esquecerei desse acontecimento

Na vida de minhas retinas tão fatigadas

Nunca me esquecerei que no meio do caminho

Tinha uma pedra

 

Tinha uma pedra no meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra”.

 

(Os versos, de autoria de Carlos Drummond de Andrade, foram publicados em 1928 na Revista de Antropofagia)

 

E agora, José?

 

Hoje, o Poeta  poderia acrescentar:

 

No meio do caminho não tem  mais uma pedra...

No meio do caminho tem uma PEDREIRA

 

Nota:

Qualquer semelhança com a realidade fica a cargo do leitor, livre para analisar e opinar.

quinta-feira, 16 de março de 2023

VENDO SONHOS, PREÇO A COMBINAR, TRATAR COM ZÉ DO BURRO OU BURRO DO ZÉ

Incluo no pacote: cidadania, coragem, humildade e esperança. Validade desta proposta: até quando houver esperança de salvação de Itabira

 Esclareço, desde já, que se houver posicionamento político deste autor, neste espaço, tal iniciativa será unilateral e radical, ao se tratar do assunto denominado Futuro. Os demais temas, de minha parte não terão o tom amargo da política partidária. Confiram a minha assinatura. Este site é do povo, sem demagogia, cujo sentido só se encaixa na fome de poder.


SEM SONHAR NÃO É POSSÍVEL REALIZAR


Uma conquista torna-se zero à esquerda caso  não  seja esculpida por sonhos  acompanhados de vontade política. Meus devaneios nasceram quando tinha seis anos de idade. Já escrevi e publiquei várias vezes mas vou repetir para quem não leu. Se alguém ler esta informação e duvidar dela, pode ligar-me. Sempre erramos. Mas acertamos também. E aceitamos cartão de débito e crédito.

Foi assim: subia à serra mais alta de minha terra natal para apreciar o espetáculo da ‘dinamitagem’ que arrancava, aos poucos, a  riqueza  brilhante enaltecedora  da famosa montanha. Em 1903, em seminário realizado na Suíça, era o pico itabirano a maior concentração de valores, dada a hematita cara e abundante. 

A VONTADE DE SERVIR VEM DE MINHA RAÇA GUERREIRA

A visão do espetáculo de transformação do Pico do Cauê em um arco-íris atraiu  a minha atenção para a ex-Itabira do Mato-Dentro. Boboca da roça, bradava, na maior ingenuidade, que jamais moraria neste canto de Minas por achá-lo feio demais. Só arrancava meus prazeres, o ar de paz que reinava na Rua Tiradentes. Ali testemunhava o  tilintar de óperas às vezes no mesmo tom complementado por três ou quatro pianos, enquanto caminhava.

Teimoso, sim, uma obra do destino guiou-me  a ser admitido na grande mineradora que já chamava a atenção do Brasil, até de alguns outros países. A Companhia Vale do Rio Doce movimentava o início de obras orçadas em milhões de dólares, os projetos Cauê e Conceição.

O motivo de aqui estar em trabalho nasceu de um empurrão estapafúrdio: devia contas nos botequins de minha terra e era cobrado sem parar. Aprovado em concurso no Estado, para meu deleite em primeiro lugar entre centenas de candidatos, fui barrado pelo estlo de meu pai, que insistia comigo: “Vai, meu filho, trabalhar na Vale. É em Itabira  que o  dinheiro corre e onde pode você continuar os estudos, porque a cidade vai crescer”.

 UM PESADELO ANTECIPADO E CHAMADO EXAUSTÃO


Meu primeiro dia de trabalho — 28 de maio de 1966 — foi de decepção. Levado para assistir filmes e palestras sobre a Vale, quase caí a cara quando o orador  concluiu sua fala assim: “E aqui está a Companhia Vale do Rio, das maiores mineradoras do mundo, que um dia morrerá, como  todos nós morremos. Seu óbito tem outro nome, mas o baque é o mesmo: exaustão”.

Reagi. Fiz o meu primeiro amigo que se chamava José Antônio Sampaio. Frequentei assiduamente o Museu do Ferro (hoje Museu de Itabira) por ele dirigido, localizado na Rua Tiradentes. Aprendi muito com a sua sabedoria. Depois vieram grandes nomes, como: Eneida Bragança, Terezinha Incerti, que foram minhas professoras e outros personagens  que reforçaram o desejo de conhecer mais profundamente a nossa história. O resultado de minhas agitações resumiu-se nisto, simplesmente naquilo de que desconfiava: apaixonei-me por Itabira.

POLÍTICA NUNCA MAIS! FUTURO, JAMAIS LHE DEIXAREI!

A preocupação continuava e resolvi ser candidato a vereador. Para quem diz que nada fiz na vida pública, apresento-lhes um de meus humildes trabalhos ao promover o  I Encontro Estadual de Cidades Mineradoras, em 1978, quando presidia a Câmara Municipal. Do sucesso do evento nasceram a Associação de Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig) e o Royalty do Minério de Ferro, este responsável ainda por 70% da arrecadação que abarrotam os cofres públicos municipais.

A obsessão chamada Futuro nunca vai acabar e tem como assombração o ano de 2031, cuja ocorrência lúgubre poderá ser a despedida da poderosa Vale. Meu grande e perseguidor medo é que os ricos poderão ter dinheiro para viver e partir para outras plagas. A classe média se tornará pobre até descer aos miseráveis, que já são, segundo a prefeitura, em número de 15 mil corpos e almas espalhados pela periferia.

Aí está a razão de minha pressa. Chegamos praticamente à hora de ver a onça beber água diante da comunidade preguiçosa. Estou na ‘quarta idade’ e meu Anjo da Guarda insiste que me dedique a prestar contas de minha passagem pelo planeta, senão serei um vergonhoso réu no juízo final itabirano.

Fui obrigado a prometer ao Anjo da Guarda e não posso trai-lo: jamais darei paz aos poderosos que não respeitam o até agora negligenciado Futuro.

Assim seja.


José Sana

16/03/2023