quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Itabira subiu no telhado

Os itabiranos terão que aprender a viver com pouco dinheiro. Sempre usaram o vil metal sem regras. No momento o esbanjamento tornou-se desrespeito ao que vem por aí


 Itabira está dividida em quatro partes, pelo menos neste próximo fim de semana que começa amanhã. Uma parte só pensa na Itaurb. A outra vive o clamor da falta de água e do barro que uma fração itabirana está consumindo ou comendo mesmo. A terceira parte, a mais significativa doente como sempre pela folia, só come, bebe e dorme o carnaval. A última está vidrada no seguinte: a receita itabirana municipal começou a cair e muita gente já sabe que a despencada não vai parar de descer a  pirambeira até chegar e estacionar-se no tema que a Vale anunciou ao ser criada, em 1942, o Bolsão de Pobreza.

 

FALANDO GREGO

Informações que vêm de fontes diversas, na verdade estão contidas num linguajar bem complicado, uma espécie de grego dos sofistas, que aborda preço do minério em determinado tempo, cálculo de valores da Cfem, detalhes confusos que ninguém entende, ainda mais em termos técnicos.

 

Na verdade o que interessa mesmo é o seguinte: — a Cfem está mesmo caindo morro abaixo como o minério nos britadores de antigamente? — A Prefeitura de Itabira corre o risco de não saldar seus compromissos em 2025? — Afinal, o que vem por aí com absoluta segurança?

 

QUEM ENTENDE DO ASSUNTO?

 

Item por item vamos transmitir as respostas que, evidentemente, o cidadão de Itabira, principalmente, quer saber. Eis as explicações do mesmo Senhor X que, segundo apurei, é quem mais entende de finanças públicas em Minas Gerais, talvez no Brasil:

 

1. Não deve faltar dinheiro, Itabira recebeu muitos recursos em 2021/2023 e tem muita sobra de caixa. Este ano deve utilizar essa sobra, provavelmente zerar o caixa, com despesas de custeio

 

2.“O minério chegou a 220 dólares a tonelada em 2021. Essa cotação influencia o ICMS nos anos de 2023 e 2024. Ou seja, este é o último ano da influência do minério a 220 dólares. Como o ICMS é sempre calculado pela media de dois  anos, em 2024 Itabira recebe a influência de minério de 2021 e 2022.

 

3. Em 2025  o cálculo será com base na média de 2022 e 2023. Este ano, comparado ao ano passado, Itabira receberá o ICMS 36% menor do que 2023. Em 2025 (comparado a 2023) o ICMS devera ser 50% menor.

 

4. Por outro lado, o custeio será muito maior de 2025 comparado a 2023, em virtude do novo plano de cargos e salários e subsídio ao transporte, entre outros.

 

5. Para os compromissos atuais não vejo problema. Mas, a partir de 2025, Itabira terá muita dificuldade para manter o custeio no ritmo atual: o próximo prefeito terá a tarefa de cortar despesas... ou endividar a cidade.

 

6. Itabira terá que aprender a conviver com menos dinheiro. Por enquanto, está vivendo a ilusão do reflexo do minério a 220 dólares a tonelada.

 

FIM DA CERTEZA E INÍCIO DA ESPERANÇA

 

Conclusão: a critério do cidadão inteligente. Como diziam os antigos ao se referir a grana com os filhos que gastavam demais: “Não temos um pé de dinheiro no quintal”. Assim, a mineração parece enquanto dura, um pé de riqueza que só para de jorrar quando chega ao fundo do fim. Pronto. Acabou.

 

Não acredito que Itabira vai adiar o carnaval por causa desse anúncio de despencar da receita. Não sei também se o Poder Público local está preocupado de como serão pagos os exorbitantes valores do novo quadro de cargos e salários. Até mesmo os enxertos requeridos pela demagogia das passagens urbanas e rurais.

 

Só me coloco como apenas um cidadão que quer bem a todos. Eu daria a minha vida para alguém me acalmar. Confesso que estou mesmo precisando de “cloridrato de paroxetina”, pelo menos 20 mg. Vou pedir a receita a um de meus médicos, Dr. Colombo Portocarrero de Alvarenga, de 102 anos e sete meses de idade, completamente credenciado a entender de séculos e séculos na sua bela vida de premiada memória. Quem sabe ela me prova que quem não ouve a voz que atravessa o deserto da clareza não recomenta acreditar no óbvio.

 

José Sana

Em 18/01/2004

 


quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Humor caprino: CABRITO RESOLVE TODOS OS PROBLEMAS DA CIDADE

 Prefeito de Cabritolândia, Caboclo MAL, foi a Brasílbode para buscar parecer de eleitores dos poderes sem poder.  Cabrito Doido ganha um feche de capim para resgatar parecer favorável


O chefe da aldeia de Cabritolândia, assim chamada desde 1º. de janeiro de 2021, muito conhecido pelas suas iniciais, registrado sua nascença em cartório do distrito de Pablo Escobar, em 12/01/1964, deu uma pernada em seus eleitores caprinos.

 

ATAS E OUTRAS BAGUNÇAS

 Antes de chegar ao tema é bom explicar que esse MAL tem o preconceito de câmara municipal, ou seja, detesta mandar projetos para serem julgados pelos conselheiros municipais. A sua assessoria erra sempre na redação, não tem afinidades com as exigências legais e gramaticais.


Outro preconceito é de julgamento de valores. Não se sabe a razão, é algo misterioso, ele manda todas as licitações para atas, normalmente citadas em municípios pequenos e mas distantes. É uma norma denominada “passa a perna”, ninguém viu e ninguém verá. Só municípios como São José do Cata Prego, Cafundós do Judas e outros similares entram na solução de não ser chamado de bonito ou feio.

 

NOVOS ELEITORES DE MAL


O prefeito de Cabritolância não se satisfez com as migalhas que caem por segundo nas contas bancárias caprinolenses (até o ano que vem serão as merrecas de R$ 4 bilhões), resolveu economizar a verba que era destinada por contrato, legalmente, à Universidade Federal de Maracujá (UFM).

 

Disse o executivo em nota publicada em jornal cabritolense, ter ido a Brasilbode, hospedando-se em hotel 10 estrelas, comido nos melhores restaurantes, frequentado o covil dos deputados e conversado por dez minutos com um senador e o presidente reserva da República. Só queria saber deles se podia negar verba à UFM, recebeu apoio unânime, com direito a dois votos minguados e caros.

 

Ficou assim sentenciado com a medida: por jurisprudência caprina daqui para a frente estão dispensadas as eleições municipais, não são os eleitores cadastrados no TRE os verdadeiros eleitores, não precisa mais de fazer promessas absurdas, como metrô, deixar a cidade sem água, concordar com a LOC, que estabelece trazer água para Itabira no ano 3000.


“Eu vim para ser candidato com o fim de ensinar vocês a sintetizar tudo”, teria dito o ultra cabrito mais popular da região. Completou: "...cambada de jacus, vocês nunca darão palpites em meu governo. Para isso eu tenho dinheiro à vontade para viajar, tenho carros à vontade para o aeroporto, hotéis à escolha e, no tardar da noite há sempre uma bodega pra visitar na Capital da República!"


E o melhor: "Para me reeleger em Cabritolância não preciso de quem quer que seja, quem vota são dois gatos pingados, aos quais devo favores de uma fotozinha caprichada."

 CABRITO DOIDO

Imagens: N.S.

 

P.S: Fatos de Cabritolândia são reais dentro das condições estabelecidas pelas leis caprinas. Qualquer semelhança com o que chamam de área humana não pode ser considerada realidade, é a mais desastrosa coincidência.

terça-feira, 21 de novembro de 2023

É PROIBIDO EMENDAR QUALQUER COISA...

 

... o caráter, vida criminosa, roupa rasgada e inserir pretensões comunitárias no orçamento municipal. Dez vereadores de Itabira derrotam propostas de um único parlamentar. Trata-se do império da Velha  política combatida pelos vencedores de 2020


 Apenas seis vereadores — Sidney do Salão, Neidson Dias Freitas, Rose Félix, Tãozinho Leite, Luciano Sobrinho e Robertinho da Auto-Escola votaram a favor de três emendas ao Orçamento de 2024, que pediam simplesmente recuperação de quadras e uma ajudazinha à saúde. O presidente Heraldo Noronha ficou apenas no monitoramento. Só daria o voto de minerva caso houvesse empate.

 

Hoje, 21 de novembro de 2023, ocorreu o fato inédito que denuncia claramente o seguinte: voto de cabresto e declaração assumida do Poder Executivo do maior racha que promoveu em Itabira, dividindo a cidade de BEM X MAL. Cuidado com as iniciais. Os próprios vereadores reconhecem que esse não deveria ser motivo de antagonismos. A bagunça feita na Câmara nesta terça-feira mostra que a paz não interessa a um lado e a guerra será mantida.

 

PROJETO “INCONSTITUCIONAL?”

 



Ineditismo saiu aos grupos nos alto-falantes verticais e horizontais da Câmara Municipal Feliciano Penna, localizada no centro da cidade. Alguns vereadores usaram o termo “inconstitucional"  para justificar o seu voto.

 

A verdade está, no entanto, escondida no manto da hipocrisia: a velha política não deixa Itabira nem que a vaca tussa e seus praticantes são ditos escolados. A ordem expressa para degolar a emenda veio exatamente do Paço Municipal Juscelino Kubitschek de Oliveira, provisoriamente instalado no espaço da Funcesi.

 

É PROIBIDO EMENDAR O ORÇAMENTO

 

“Não pode mexer nisso, isso é meu, é sagrado” — teria sido a ordem inicial vinda do poder entranhado nas ideias e pesadelos do terceiro andar. A decisão de cada vereador contrário era definitivamente intocável. Havia e há cabresto, como nos velhos tempos. Estou apenas mostrando que o voto controlado domina também no primeiro escalão da política itabirana. É lamentável porque o vereador tem um salário exorbitante, quantia desmerecida pela maioria absoluta deles. Ganham para obedecer.



O plenário da Câmara Municipal ficou tomado pela plateia que queria manifestar-se e deu show, reivindicando em nome de uma maioria que sofre muito. Muitos exibiam cartazes com chamadas de atenção para alguns problemas: nomes de vereadores que votariam  contrariamente às emendas, citação de situações calamitosas da saúde e a faixa que mais chamou a atenção: “Menos festas, mais saúde”.

 

Invariavelmente, um ou outro vereador carrega a marca da ironia. Ao perceber que muitos pares se referiam à garantia de realização de obras que são prometidas pelo prefeito, a Vereadora Rose Félix, única do sexo feminino entre 16  colegas, fez a pergunta mais interessante da tarde: “O metrô vai sair?”



Só para que alguns engraçadinhos não dizem que não citei os nomes dos que poderiam votar em casa mesmo, pelo WhatsApp ou Messeger, cito-os, contrariado: Carlos Henrique, Weverton Vetão, Júber Madeira, Júlio Contador, Bernardo Rosa, Carlinhos Sacolão, Júlio do Combem, Marcelino Guedes, Reinaldo Guedes, Rodrigo Diguerê.


Conclusão de um observador neutro que acompanhou a reunião dos vereadores: "Sidney (do Salão) foi derrotado nas emendas mas somou pontos incríveis mesmo no massacre dos vereadores que pensaram errado sobre ele".


José Sana

21/2023

Fotos: Digital Regional e Heitor Bragança

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

“NUNCA MAIS ESCREVO UMA LINHA”, DIZ ZÉ CAPETA A ZÉ DO BURRO & VICE-VERSA

Todos conhecem o sujeito, lido apenas quando  põe pimenta malagueta no tira-gosto. Vejam que decisão inteligente e bem aceita pela plateia do boteco copo sujo dos cafundós do judas



O cara,  conhecido como Zé Capeta (nada a ver com os fantasmas do Parente) chegou a um boteco copo sujo e soltou sua declaração de amor à vida:

 — A partir de hoje, não escrevo nem mais uma linha para este mundo doido não ler!

A plateia levantou-se em altos brados. Um dos mais exaltados  retrucou: “Oh, seu sem-vergonha, se isso é a única coisa que sabe fazer, de agora em diante você vai ocupar-se de quê?

A resposta não demorou, em réplica  do tal prometedor de silêncio:

— Vou vender ora-pro-nóbis  na feira livre de Itabira.

 O susto foi maior. O novo entrante na venda da periferia não tem cara de vendedor de verdura, nem a escolha comercial é viável economicamente, todos sabem. Ora-pro-nóbis dá na rampa como chuchu. Observando as pessoas desconfiadas, resolveu repetir um discurso que havia decorado em casa:

 — Ele (o ora) provoca alívio instantâneo de qualquer dor; tem maior concentração de ora-pro-nóbis do mundo; serve para colocar um fim na dormência e fortalecer os ossos e a musculatura; é um  anti-inflamatório, antimicrobiano, antioxidante e antibacteriano que não provoca efeito colateral; 100% natural e poderoso.

Ufa... chegou uma personalidade marcante na vida política e da sociedade de Itabira, o Pé de Pato. Acompanhado de Pedro Rapadura, anunciou que também não quer mais ser personagem dos contos sem graça do cara que entrou fazendo zoada sobre ora-pro-nóbis. Pediu dois copos e uma cerveja, antes uma cachacinha muito estimada na região, a “Malatesta”.

Ambos — Pé de Pato e Pedro Rapadura —, ao ingerir a aguardente,  rasparam a garganta e jogaram a pequena sobra para “os santos”, tradicional gesto próprio dos pinguços. Em seguida se entrosaram com o cara que não vai escrever mais, Zé Capeta, prometendo fazer o seguinte: vai proclamar solenemente  o porquê de seu silêncio e o reforço à iniciativa.


 

Rapadura declarou que neste texto seriam justificados os verdadeiros motivos da abstinência política. E que, com o tempo poderia aceitar redigir textos, mas não para defender políticos descarados. Fez uma pergunta, olhando para a cara de um por um dos cachaceiros que o observavam:

 — Vocês querem que este meu amigo pare de escrever ou não querem? Vamos proceder como os vereadores na Câmara Municipal. Eles colocam em votação. E levantou mais ainda a voz, enquanto nas portas da venda se juntavam e ajuntavam curiosos para rir de alguma anedota.

 

— O beberrão que não estiver favorável  permaneça como está, assentado ou de pé; quem for  de acordo levante as mãos, grite e fique em posição de sentido.

 

Foi um fuzuê, como na novela da Globo. Trombaram-se cadeiras com mesas, copos estilhaçados, garrafas entornadas e desperdiçadas para o lamento de quem ali  estava como penetra, filando de tudo — de cigarro a pinga e daí à mais difícil, a tal “100% malte”.

 

Zé Capeta, chamado de “o cara”, voltou a dizer, sob os aplausos de todos e gritos estridentes, que vai tentar só ler. Contudo, esqueceu-se que hoje é Dia de Proclamação da República e não 7 de Setembro. Talvez porque era meio escolado e sabia que a ação foi um golpe militar dedicava mais amor à independência.

 

Empurrado por aplausos, gritou alguma coisa, chamando para uma saideira, ao levantar a  espada, ou melhor, uma faca quase afiada, sem carne para cortar:

 

— Jogo-a a fora! Deficiência no corte!

 

Nota da Redação

 

Zé do Burro só anotou. Mas confidenciou a quem tem confiança nele, Zé Capeta queria ser adulado. Entrou pelo cano e ainda encontrou a torneira fechada.


 

José Sana (Para também O Planfeto)

15 de novembro de 2023

Imagens: redes sociais

terça-feira, 31 de outubro de 2023

Agradecer é pouco. Com apenas um pau se constroem duas canoas...


... uma para levar empreendedores à vitória; outra, furada, para trazer os amantes de Titanics




Detesto festas. E sempre vou a patuscadas quando dizem respeito ao interesse público ou familiar. Penetra, nunca! Concordo com o premier francês Charles De Gaulle, quando esteve aqui no Brasil  e se assustou. No aeroporto, no pico da barulhada do Rio de Janeiro no carnaval, disse a um repórter: “Ce n'est pas un pays sérieux” (Este não é um país sério).

 

Sem discutir o mérito ou demérito da mensagem do então ídolo político francês, imagino o seguinte: se é o trabalho que constrói tudo na vida, inclusive um país, De Gaulle estava e continua corretíssimo. Se o povo francês pensasse como o brasileiro, não haveria sequer um andar da Torre Eiffel pronto para ser visto. O que o Brasil tem de belo e atraente veio pronto  da Natureza e, se fizemos alguma coisa, com certeza foi avacalhar quase tudo.


Para provar que o brasileiro é semelhante ao bicho-preguiça, tenho em mãos o livro de Edgar Faure, intitulado “Apprendre à être” (Aprender a ser), editado em 1972. Dele saíram as ideias para criação do modelo Cidade Educativa, em 1975. Itabira venceu o concurso internacional, ao lado de Itaúna, e não soube aproveitar, melhor dizendo, chutou o balde.

 

A coirmã Itaúna pegou um segundo lugar de carona como empate inexistente com Itabira e tirou mais proveito do que o governo francês tinha para dar. Para mostrar a sua pujança, criou uma universidade federal, enquanto em Itabira, um doido da cuca impede que Itabira siga no mesmo caminho. Pode?

 

O que acabo de escrever agora é quase um representativo enchimento de linguiça, o assunto é outro. Trato agora de  um agradecimento sincero por mais uma homenagem recebida, arquitetada pela direção da revista DeFato, que estará completando, dentro de dois meses, 31 anos de existência gradativamente crescente e profícua.

 

Nada mais significativo e valioso é saber que as nossas ideias, nascidas de Centro-Leste em Revista, eram multiplicadoras, foram bem assimiladas e continuam sendo seguidas. Às vezes aparecem curibocas a cortar o raciocínio linear de construção, mas sempre luzes são acesas e nos mostram o caminho a ser trilhado. E retornamos. Obrigado, DeFato, cuja inteligência é um abençoado esforço gerado pela Luz Divina!



Repito que hoje estou simplesmente agradecendo  ao pessoal da DeFato, que anda criando virtudes para este que nasceu para ser humilde, está estampado e escancarado. Se um cidadão tiver o tempo e o cuidado de perlustrar 20 anos da revista e do site  perceberá  que, mesmo por mim sendo editado o trabalho, pouco se lerá o meu nome assinado e quase nada está uma qualquer minha foto. Modéstia à parte (ou às favas), honrei a publicação sempre pensando na equipe. Vêm à minha frente Marlete (esposa), meus filhos (Júnior pegou na enxada, Érico também, Flávia até hoje, André, o índiozinho que não atira flechas, Cíntia a seu modo), os demais, netos, a comunidade itabirana e ainda um giro de quase duas dezenas de cidades. Grato sempre.

 

Apesar de alguns creditarem a mim o trabalho de 30 anos, o correto será agradecer nominalmente a cada um (impossível) dos que participaram e contribuíram com este labor que sempre teve o seguinte objetivo: lutar com unhas e dentes, se possível, pelo futuro de Itabira, porque esse porvir é o mais ameaçado de todos os outros milhões ou bilhões de seres empreendedores do mundo. Itabira, meu segundo país, está sob a mira de egoístas e individualistas. Somos uma só, precisamos de união. Certo, eis aí o fio da meada: empreendedorismo e vamos pensar grande, sempre.

 

Nesta festa que vivemos no Centro de Eventos do Nossa Senhora das Dores enxerguei como será o futuro de Itabira, caso acordemos dobrado no rumo certo. Se consumimos e gastaremos R$ 4 bilhões até 2024 com pracinhas, meios-fios, festinhas e outros esbanjamentos, vamos recuperar na investida de R$ 20 bilhões até 2040, queira Deus. Deve ser o dinheiro que vai pingar na nossa capanga e que precisa ser investido por gestores de fibra e visão. E não queimadores de grana por vaidade ou enganação. A leitura do nosso mundo é outra.



O pagamento à Terra que nos acolheu chama-se  arregaçar as mangas e pedir desculpas a quem não quer mais ajudar nesta empreitada. Ou não quis ainda entender que a construção de uma canoa pode ser feita apenas com dois paus, um para permitir a nossa travessia do obstáculo e outro para retornar com quem ama eternamente a ideia do Titanic.

 

José Sana

31/10/2023

Fotos: Redes Sociais e Arquivo

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

De Itabira para o mundo: um grande líder internacional

"Atrairemos à cidade centenas de visitantes, vamos montar uma central para a imprensa brasileira distribuir notícias, seremos venerados por todo mundo..."



Amigos, faz um ano e mais uns meses ou dias houve uma reunião na prefeitura no tal terceiro famoso andar. O alto mandatário itabirano chegou eufórico, coçando a cabeça, assentou-se, alisou a barba de fios grisalhos, engoliu um copo de água e deu um tapa na mesa, respondendo aos seus marqueteiros (ele tem vários, dos dois sexos, vivos e mortos):

 

— Não vou fazer grandes obras. Decidido. Vou preparar cinco ou seis pracinhas, que ficam baratinho, reformar escolas, postos médicos e só... (zum-zum interminável em volta da mesa). Silêncio...

 

— Mas, prefeito, e a água? A cidade está numa seca tremenda. A população não pode aumentar, como atrair investimentos sem água? — gritou lá da ponta uma mulher, por sinal elas participam mais que os homens, tenho observado.

 

— Calma, minha querida, vamos dizer que a Vale está protelando, pirraçando, mas só aqui entre nós. Eu sei que, na verdade, esse projeto lá de captar  água do rio Tanque é ficção. Obra imaginária. A Vale já disse que não dá conta de iniciar a obra em três anos. Passado esse tempo, a cidade reduzirá pela metade a população. E a água vai sobrar. Ninguém mais vai lembrar-se desse impertinente H2O.

 

— Prefeito, mas e a grande indústria de que você falava, a empresa que substituirá a Vale, salvando a nossa arrecadação? — a pergunta agora é de um senhor barbado, aparência de 45 anos, também da equipe de marketing do executivo itabirano.

 

— Não tem isso não, moço — retrucou o mandatário, bebendo mais meio copo de água e tossindo, com educação para o lado de fora e entremeado de risos e olhos curiosos que o fitam. E continuou:

 

— Na reunião passada esse tema foi focalizado e finalizado. Ficou decidido que nenhuma empresa virá para Itabira. Vamos trabalhar o turismo e mostrar as obras estruturais que fizemos e estamos fazendo. Haverá uma chuva de realizações  no ano eleitoral. Itabira ficará enfeitada.

 

E segue na sua narrativa cheia de entusiasmo:

 

— Na verdade, o meu governo é unilateral, não segue ninguém. Nunca atendi a vocês. Contratei-os apenas para me acompanhar, avaliar. O projeto, então, se resumirá nisto: atrairemos à cidade centenas de visitantes, vamos montar uma central para a imprensa brasileira distribuir notícias, seremos venerados no mundo todo.

 

Temos muito dinheiro no orçamento de publicidade para o ano que vem. E também para promover festas, o povo está maluco com as nossas festanças. Fora as leis de incentivo que custam nada.

 

— Agora entendi — entrou uma nova voz feminina — você vai enrolar o povo até ser reeleito?

 

— Enrolar não, minha querida, este o projeto fará o povo ser feliz. Todo mundo sabe que a Vale vai ficar por aí até 2041. Aí  eu  nem devo estar  aqui. Serei reeleito em 2024 e elejo o meu sucessor em 2028. Vou para deputado, senador, presidente da República... (a sala de reuniões foi abaixo com essa declaração do excelentíssimo senhor prefeito; alguém corre na geladeira e abre um champanhe e estoura no meio da sala).


Ponto e vírgula; o ponto final será quando MAL tornar-se presidente da República Federativa do Brasil. E não sei se estarei aqui, mas se estiver, a manchete de meu texto será: “De Ipoema para o Brasil, um grande líder mundial!

 

José Sana

Em 16/10/2023

 

NOTA DE BURRO DO ZÉ

“Qualquer semelhança da narrativa acima com fatos ocorrendo por aí pode ser mera coincidência e por isso não há o que provar”.

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

ESTES JUDEUS

* George García Hamilton

 

Vocês já pensaram nisto: o que você faria neste mundo sem os Judeus? O que sente um manifestante ao fracassar nesta luta contra os Judeus? Por que não usar a energia em algo mais produtivo ao invés de ódio sem base contra os Judeus?


 


Os Judeus sobreviveram aos Egípcios, Babilônios, Persas, Gregos, Romanos, Otomanos, Alemães, Soviéticos e o restante do mundo ... Por que aqueles que fazem demonstrações  frente a embaixada de Israel acreditam que em algum momento eles vencerão a partida contra os Judeus? Após 65 anos do Holocausto, os Judeus têm uma nação próspera e moderna no mesmo lugar onde seus vizinhos não tem mais que a miséria e deserto com muita areia. Além disso, todos os anos Judeus ganham ao menos um prêmio Nobel - 25% dos prêmios Nobel da história, 170 deles, são Judeus. Todos esses que fazem demonstrações frente a embaixada de Israel e odeiam os Judeus, odeiam a metade inteligente da humanidade.

Claro, meus amigos socialistas, inimigos dos Judeus,- lhes digo que Karl Marx era Judeu, mas também o foram os criadores filosóficos de capitalismo, Samuelson, Milton Friedman etc.

Se você investe na bolsa, deve usar as teorias de Markowitz, que era Judeu. Nenhum dos que se manifestam contra Israel pode ir ao psicólogo (Sigmud Freud era Judeu), não deve tomar aspirina (Spiro era judeu), não pode ser diabéticos porque você me dirá ... o criador da forma de aplicar insulina, Karl Landsteiner era Judeu. Tampouco pode ser vacinado contra a poliomielite, contra a cólera, nem contra a tuberculose, já que seus inventores ou descobridores foram famosos Judeus.

Nenhum dos que vão a demonstração contra Israel pode ir vestido já que Isaac Singer,, o da máquina de costurar, era Judeu ... Evidente, nem pode usar jeans, porque Levi Strauss era mais um Judeu. Calvin Klein, Ralph Lauren ou Donna Karan, famosos designers de roupas, são Judeus.

Ah! o microfone que usam para gritar mensagens explosivas contra os Judeus foi invento de um Judeu chamado Emil Berliner. E um tal Philip Reiss, também Judeu, trabalhou no aparelho de ouvir que serviu de base para o telefone ...

A primeira máquina calculadora foi idéia de um Judeu, Abraão Stern. os palitos de fósforo são invenção de um Judeu, Sansão Valobra. Claro que nestas manifestações não se deve usar nenhuma das ideias filosóficas de Durkheim, Spinoza ou Strauss embora sejam fundamentais para a nossa sociedade ...





Kafka era Judeu, Albert Einstein era Judeu, Ana Frank foi Judia.

Nada de usar o Google já que os seus criadores, Larry Page e Sergey Brin são Judeus. adeus Batman e Homem-Aranha, porque Max Fleischer, o criador da Marvel Comics é Judeu.

Todos os que se manifestam contra Israel devem usar apenas brinquedos de corda porque as pilhas Energizer são coisa de Joshua Lionel. Sim senhoras e cavalheiros, ele era Judeu.

Uma empresa de Israel foi a primeira a desenvolver e instalar uma fábrica  que trabalha só  com energia solar para produção de electricidade em grandes quantidades no deserto de Mojave na Califórnia. Também o USB e os PenDrivers foram inventos de Judeus de Israel!

Todos os jovens da geração video-game devem abandonar seus monitores de vídeo Sega, já que são coisa do Judeu David Rosen. Aproveite e esqueça os sorvete Haagen- Daaz ou os Donuts.

As lindas mulheres que vão demonstrar contra os Judeus terão que deixar de maquiar-se já que Esthee Lauder é Judia tal como Helena Rubinstein, e - claro -  nada de bonecas Barbies.

 E sobre quem gosta de música? Nada de ouvir maestros como Leonard Bernstein ou Daniel Baremboim, este Israelense e ambos Judeus. Nenhum dos manifestantes deve assistir filmes da MGM ou da Warner Bros, nem o canal Fox ou o Universal Studios ou a Columbia Pictures. Não mais assistir Spielberg, Harrison Ford, Paul Newman, Kirk Douglas, Jessica Parker, Dustin Hoffman ou Barbara Streisand entre centenas de artistas.

Progressistas do mundo, parem de sujar suas mãos com produtos de Judeus, metade do que há de bom no mundo nós devemos a eles.

Falemos a verdade: qual é o único Estado realmente democrático, moderno, Ocidental, limpo, secular, laico em todo o Oriente Próximo e Oriente Medio? Qual é o único país do mundo em que há hoje mais árvores que havia há cem anos? Qual país tem a maior média de Universitários por habitante no mundo? Em que país se produz mais documentos científicos por habitante que qualquer outro país? Qual foi a primeira nação do mundo a adotar o processo Kimberly, que é um padrão internacional que certifica os diamantes como “oriundos de zonas livres de conflito “?

 Qual país desenvolveu a primeira Câmara de Vídeo ingerível, tão pequena que se cabe no interior de um comprimido e é usada para observar o intestino fino por dentro, e ajuda no diagnóstico de câncer e outros distúrbios digestivos? Em que país foi desenvolvida a tecnologia de irrigação por gotejamento? E onde foi que Albert Einsten fundou uma Universidade? Qual é o 2° país em leitura de livros por habitante?

Qual é o país que fornece ajuda humanitária em todo o mundo, o tempo todo?  Que país enviou ao Haiti uma equipe de resgate com 200 pessoas logo após o terremoto? Que país montou uma clínica de resgate, em seguida ao terremoto devastador no Japão? Que país faz gratuitamente cirurgias de coração para salvar a vida de mais de 2.300 crianças, incluindo os Palestinos!

(E os palestinos?! O que a contribuição deles à humanidade além de terror?!)

Parabéns, ao povo judeu!!!


* George García Hamilton possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Pelotas (1989), pós-graduação em Anestesiologia no CETSBA Integrado ...


Fotos: Reprodução redes sociais



NOTA: 


Não existe na história do mundo um povo que tenha sido tão sacrificado como o povo Judeu. Ele nunca reclamou de nada, não pede tratamento diferenciado, ajuda a humanidade a crescer, com desenvolvimento, e o que é mais importante, com exemplos. Para eles o mundo não deve nada a eles, eles só querem trabalhar e evoluir. Nosso  respeito ao povo judeu. (OBS: meus avós eram judeus.