terça-feira, 4 de outubro de 2022

MEU “CARA” DA SEMANA: BARRABÁS

Amigos, hoje não vou fazer mistérios, jamais rabiscarei numa mísera linha de dúvida e vou declarar desde já que o meu “cara” da semana chama-se Barrabás. Ou melhor, já foi eleito no título. Não sei se tem sobrenome, só me revela a Bíblia Cristã o nome dele, talvez sem registro e sem banho na pia batismal.  E ele vive ainda, pelo menos até 30 de outubro deste ano.


BÍBLIA

 Quem não se emociona com certas passagens narradas na Bíblia? Até mesmo um dito mulçumano elogia várias passagens e as compara ao livro dele, o Alcorão. Citemos, por exemplo aquele momento em que a  multidão atira pedras em Maria Madalena e ouve de Jesus, assustada, a magnífica frase: “Atire a primeira pedra quem não tiver pecado”.

 A história da crucificação é, provavelmente, o mais dramático dos extremos que se veem na Bíblia. Quem nunca viu este quadro no mezanino do palácio do governador romano Pôncio Pilatos, esse ao centro, ladeando Jesus Cristo e Barrabás? Quem era Barrabás todos sabem, a cristandade conhece seu caminho  de cor e salteado: um super conhecido amotinador, assassino e ladrão.

                                                             PÁSCOA

 Era costume na região libertar um prisioneiro na Festa da Páscoa. Estava para ser escolhido como condenado à morte, Jesus ou Barrabás. Pilatos apresentou Jesus como inocente, assim como a sua esposa. Mas o povo de Jerusalém, inconcebivelmente, deixou-se levar pala tradição e ouviu os sacerdotes judeus. A natureza humana, em muitos casos, continua a mesma como naquele dia terrível e passou a gritar: “Crucifica-o”. Pilatos cedeu. 

Abro um parágrafo para deixar o mais claro possível  o meu pensamento que deve ser embutido no bojo deste texto: aqui no Planeta Terra não existe ser que seja, no meu entender, principalmente se for um político, comparável a um ser divino. Pelo menos não sou dono de alguma credencial capaz de garantir a justeza desta declaração. Só posso afirmar que Barrabás é citado como malfeitor. Fecho o parágrafo.

JUSTIFICATIVA

 Justifico por que  o “cara” desta semana está eleito por aclamação, escolha feita pelas fontes, vou explicar e provar que desta vez quem o elegeu foram centenas de cidades mineiras, as quais contaram com a minha pesquisa a partir de 18 horas de 2 de outubro.

 — Alô, quem está falando?

— Aqui é o Izé da Maria...

— Quem venceu a eleição aí?

— Aqui foi Barrabás.

— Obrigado.

 Outras ligações se deram assim com uma única variável, o nome do “eleito”:

 

— Aqui foi Belzebu.

— Ganhou o Demônio.

— O Capeta ganhou.

— Esse povo elegeu Lúcifer.

— Barrabás, de balaiada.

— Barrabás


                                                        BARRABÁS 

Cabe esclarecer, antes pedir desculpas aos  “caras” eleitos em semanas anteriores. Explico que um “cara” pode ser eleito pelo comportamento  negativo ou positivo. O texto esclarece os motivos que justificam as indicações.

 Quanto a Barrabás, em todos os anos, nos ritos da Semana Santa, um cidadão ou cidadã simples ou de fama, lamenta o motivo de Pôncio Pilatos não ter exercido os direitos que o poder lhe concedia e, com base nisto, ter decidido pela sabedoria e clareza.

 Os mesmos que amam e até adoram  Barrabás têm alguns bons dias para  reflexão e arrependimento.  De nossa parte, entendemos que merecia, ou merece, pelo menos ter continuado  preso. Brasileiros  também não merecem  carregar a cruz de um possível socialismo/comunismo, pena perpétua que seduz cabeças de quem “se acha” dono da verdade.

 José Sana

04/10/2022

Nota: Qualquer semelhança de contexto, sentido, termos ou palavras com a realidade que fique esclarecido: é mera coincidência.

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