Podem dizer que haverá o jogo ‘golpistas’ x ‘fraudistas’. Mas não se esqueçam de dizer que a verdade vencerá a mentira de goleada
Oi, amigo, você já viu “Matar ou Morrer”, obra cinematográfica de Fred
Zinnemann, estrelada por Will Kane (Gary Cooper), Amy (Grace Kelly.) e Frank Miller (Ian
MacDonald)? Sim ou Não? De qualquer maneira,
arrisco a vossa paciência e vou contar de novo sobre o faroeste de 1952.
Kane acabava de aposentar-se como xerife num arraial do Oeste Americano
chamado Hadleyville. Primeiro ato: casou-se com Amy e partiria em feliz lua de
mel. Segundo ato: recebeu comunicado de
que o bandido Frank Miller tinha cumprido pena e estava vindo no trem do
meio-dia para acertar as contas com
o ex-xerife.
Terceiro ato: casado, deixa a mulher chorosa, contrariada, para
trás, e vai recepcionar jagunços na estação ferroviária. Ninguém concorda,
dão-lhe conselhos para ir embora com a noiva. Mas ele, só ele, acha-se responsável pelo que ocorrera e poderá
ocorrer daqui para a frente na pequena Hadleyville. Quarto e último ato: nem um
raro cidadão, pistoleiro, quis ajudá-lo nessa empreitada sanguinária. Mas ele
caminhou só e com sua arma salvadora venceu os bandidos.
Agora a situação no Brasil é pior que a da cidade do Oeste Americano. O capitão tem de enfrentar os inimigos chefiados pelo Frank Miller atual, contra tudo e contra todos, incluindo STF, TSE, imprensa ferida por cortes de benesses, corruptos assumidos, ricos financiadores que querem criar suas ilhas como as da família Castro em Cuba e analfabetos políticos piores que os citados por Bertolt Brecht.
Só
para simplificar, os adversários de si mesmos não percebem que lutam pelo
socialismo/comunismo, o mesmo que abdicar-se de comida farta, empregos
produtivos e liberdade de pensamento e expressão, em troca de
marmitex de falta de respeito, marmitex de opressão e marmitex de
ausência de liberdade.
E
tem mais: tenho a certeza ao dizer que a
maioria de apoiadores do socialismo ainda duvidam que o regime seja nocivo,
mesmo tendo ao seu dispor a internet, com que comunica no mundo todo e enxergam
a verdade estarrecedora. E cada um de nós pode pesquisar sobre Cuba, Panamá, Colômbia,
Noruega, Bolívia, Venezuela. Principalmente sobre dois recentes países que
abraçam a doutrina vencida e já mostram
verdadeiras frentes de miséria, o povo empobrecido da noite para o dia,
recentemente: Chile e Argentina.
Inacreditável!
Os exemplos vivos, a olho nu, eles próprios, os dominados, cheios de sofrimento,
podem ver, ouvir, sentir, apalpar e farejar. Enquanto isso, os cabeças de bagre
brasileiros não enxergam. Ou são os bobos da corte ou os ignorantes sem conserto.
Poucos podem ainda se salvar. Como dizia Nelson Rodrigues, a ignorância é
eterna.
Nada
pior, está claro, há de mais desagradável no mundo. Mas querem experimentar e
sentir o sabor amargo da verdade incontestável. Bom será que poderão aprender.
Ruim será para os visionários, os lúcidos, que ainda não estão de Alzheimer.
Mas para esses, há um desafio e é mantida a paciência de ouvir, calados, a ofensa sem dó:
“golpistas”. Contudo, existe um termo para ser retrucado: “fraudistas”. Se
fosse jogo seria “golpistas” x “fraudistas”. A mentira jamais vencerá a verdade.
E não é somente isso. Em cada um dos conscientes firma um propósito decisivo, corajoso, embutido numa frase que exala e transmite sentimento público de patriotismo. Está no filme de 1952 como metáfora corajosa: “Matar ou Morrer!”
José Sana
04/11/2022
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