quarta-feira, 15 de outubro de 2025

POPULISMO: O QUE É E PARA QUE PRESTA?

 



O ambientalista e também oportunista agarrou com unhas e dentes a carne gorda que não parecia ter ossos e ainda deixou sua guia alardeando por aí suas “virtudes” inenarráveis

Eu sou quase um vagabundo. Pense bem: quase. A palavra é um advérbio de intensidade, que pode modificar um verbo, adjetivo ou outro advérbio. Aposentado, jornalista meia boca, historiador meia boca, professor de letras meia boca, ambientalista meia boca  e por aí vai. Complementando, no momento, escritor meia boca. Se tudo vale um centavo, não sei

Andando por aí, baixei na Praça Dr. Acrísio de Alvarenga, também conhecida como Praça Redonda, a maior obra do governo municipal atual. Lá, ouvi umas palavras como democracia, populismo e política. Parei. Como sou surdo recuperado meio a meio, liguei o gravador e foram mais de três horas de seguidos debates. Chamaram-me a participar, pedi desculpas e me aproximei, mas me aquiesci. Eram catedráticos que discutiam. E eu não sou dessa estirpe. Fiquei somente no faz de conta que escuto.

 

O QUE É POPULISMO?

 

“Populismo é uma trapaça política  que se baseia na divisão da sociedade entre um ‘povo virtuoso’ e uma ‘elite corrupta’. O líder populista se apresenta como porta-voz exclusivo e carismático do povo, prometendo soluções simples para problemas complexos e contornando instituições democráticas.”

 

Entendi que falavam de Itabira. Quase cinco anos dando aulas de populismo. Aulas práticas. Eles somente distribuíam uma espécie de diretas aos acontecimentos. Por exemplo, alardearam no meio daquela redonda praça que vivemos a prática. Mais diretas não há.

 

É UMA IDEOLOGIA?

 

Não. Nada de doutrina fixa, podendo se manifestar na direita ou na esquerda. O que o define é a retórica e a forma de agir, não o conteúdo ideológico.

 

É UM AMBIENTALISTA?

 

Sim.  Enxerga o lançamento de campanhas antes dos acontecimentos e nada faz. Quando chega ao conhecimento dos donos do poder, o feito já foi feito, estragado. Explica-se assim: “As verbas foram entregues, vocês é que se virem; se o dinheiro faltar, complete você, seu capataz de calhorda!”

 

TÊM CONSEQUÊNCIAS?

 

“O fim de um ciclo populista pode ter diferentes desfechos, frequentemente marcados por crises:  colapso econômico, colapso político, enfraquecimento das instituições democráticas, queda do líder e o pior que pode ocorrer na área social, uma espécie de erosão social e democrática. Polarização social é a divisão constante da sociedade entre "nós" e "eles" que gera intolerância e desconfiança entre os cidadãos, corroendo o tecido social, refletindo a má gestão econômica.”

 

POVO IGNORANTE?

 

“O populismo caminha lado a lado com a ignorância do povo, não é o retrato dessa falta de entendimento mas explora as insatisfações populares.” — diz uma simpática professora de Literatura.

 

“Explorar não é propriamente criar dependência, mas se baseia nela e faz com que ela se amplie” acrescenta um sindicalista sem muitos rodeios, que ainda diz: que o  falatório desmesurado, a incontida contradição em atos e fatos, o ataque aos adversários, o fechar de olhos aos ‘contras’ que poderiam ajudar e, pior, o embarque num passeio por mentiras.

 

Sim, notadamente, o mentiroso se apresenta forçosamente na hora da justificativa dos discursos populistas. Ele fica de olho no microfone, como se fosse de sua exclusiva propriedade, seu amante, ou seu vigia para aparecer. E quem garante isso não está na praça, mas, como não tem papa na língua, sai por aí como vaca zonza.

 

Itabira e região mostram, às vezes, traços dessa situação. Além dela, o próprio julgamento. O contrário do chamado ‘juízo final’, isto é, o réu se torna juiz e avalia a sua presença na administração como extremamente “positiva.”.  Exemplo: ‘Agradecer a Deus pelo meu sucesso. Quanta coragem para sair de uma cadeira de candidato ao inferno diretamente ao céu, sem passar nem pelo purgatório.

 

Por hoje é só. Vamos voltar ao assunto. Queremos isto: ajudar aos nossos administradores porque senão nós seremos os perdedores. É bom dizer apenas que o populismo não presta para nada, ou prestou para uma coisa, um prefeito construir uma praça bonita para reunir pessoas inteligentes, advogados, professores, profissionais da medicina e até juízes de direito para dar-nos bons exemplos.

 

Salve, então, a Praça Doutor Acrísio de Alvarenga!

 

Zé do Burro, Burro do Zé e Cabrito

15/10/2025

Imagem: redes sociais e animais

 

 

PS: Aguarde a seleção de frases ditas pelo maior populista que assombra Itabira desde quando ele se viu desempregado, quebrou um clube, recuperado por um santo; fez as lâmpadas da Cemig piscarem sem parar e tontear a cidade. Assinou em baixo de seu nome o que foi denominado na empresa de iluminação: Lero-Lero.

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