quinta-feira, 21 de junho de 2012

Por que este blog

Sou um “doutor” em resistência, tanto ao que é negativo ou, o contrário, o positivo. Resisti ao celular durante não menos que cinco anos; à internet  não fiz contraposição, também pudera, mas não aceitei e nem pretendo mais aceitar o quase finado okurt; resisto ao facebook; mantive o msn em dia e permaneci por um bom tempo escrevendo crônicas para o site DeFato Online.

Depois de dar duro contra o blog, acabo de criar um. A razão dessa decisão é fácil de entender: fiquei órfão de um meio de expressão ao parar com as colunas, senti duras faltas, a natureza não me perdoa guardar para o meu silêncio o que vem ditado na cabeça. Está aí a razão do nascimento deste veículo de desabafo e de interação de pensamentos e ideias.

O nome do blog que, com certeza chamou a atenção de muitos ou poucos (talvez poucos, pelo menos por enquanto e nem sei se serão muitos), é uma homenagem que faço ao conhecido itabirano Jerônimo Martins da Costa, a quem sempre chamo de herói do sertão, lembrando o antigo seriado da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Ele, o contador Jerônimo, que dirigiu a Albatroz durante muitos anos, criou e manteve, nos idos de 1970 a 90, uma coluna no jornal O Passarela, de Itabira, que tinha este exato título: “Zé do Burro e Vice-Versa”. Para ele não sei o que quis dizer completamente. Para mim, seu significado, com o passar do tempo, se alguém se interessar, pode perfeitamente entender. A solução é vamos aguardar.

Claro que fique também que não vou procurar ser muito lido. Talvez seja melhor que alguém ou alguns comentem algum texto quando passar luzes sobre mim, se passarem, e seja relevante merecer comentários de botecos, esquinas, velórios, salões de beleza ou lugares de discussão do dia a dia.

Obrigado a quem chegou aqui. E quem como eu é viciado em google, já que vivemos na era dos intelectuais dessa ferramenta, segundo Fernando Silva, o tiro pode sair pela culatra também. Para evitar,  vai lá o significado da palavra, ao pé da letra: “Blog é uma palavra que resulta da simplificação do termo weblog. Este, por sua vez, é resultante da justaposição das palavras da língua inglesa web e log. Web aparece aqui com o significado de rede (da internet) enquanto que log é utilizado para designar o registro de atividade ou desempenho regular de algo”.

Numa tradução livre podemos definir blog como um diário ou um “devesenquandário” online. Zé sou eu, que já tive burros, cavalos e éguas. Aos burros dava o direito de mandar em mim também, como foi o caso do Sereno, quadrádupe de meu sogro, que me levava sempre para casa e não em sentido contrário. Um animal verdadeiramente do contra, como muitos amigos que tenho por aí.


Agradecimento

Sendo eu semianalfabeto em inovações da internet, tive que procurar alguém para criar o meu Zé do Burro e Vice-Versa. Foi rápido, nem sabia que o Google, que acolhe os seus agradecimentos a André Vinícius Duarte Nogueira, o André Leão, que trabalhou durante alguns minutos em prol do Burro e nem cobrou senão um café com requeijão.


Liberdade

Ao me apropriar deste espaço me sinto novinho em folha, como se estivesse escrevendo as minhas primeiras linhas, alfabetizado por Dona Ilsa Caldeira Duarte, primeira professora, residente na terra em que nasci. Liberdade para escolher o meu tema preferido e poder dizer aos eventuais leitores a verdade como a vejo, sem rodeios.


Capelinha

A saudade que deixo viva ainda em fase de cura vem das cidades que visitava religiosamente pelo menos uma vez por mês, quando exercia a atividade de repórter da revista DeFato. A extrema cidade da chamada BR-120, Capelinha, no Vale do Jequitinhonha me conquistou pelas amizades que lá pude fazer: Tico Neves e sua família, Val Capela Nova (rs...rs...rs...), equipe completa da Rádio Aranãs FM, Valdir do Táxi, José Wayne e filho (Banca Tio Patinhas), Ereni Pimenta, Carlito Pimenta, Marilene do Nota 10, Tadeu dos Corais e dezenas de outros que, neste momento, não consigo fazer justiça à nossa amizade. Dos eventos de Capelinha, impossível esquecer o Capelinhense Ausente (mês de julho) e a Feira Livre (s — todos os sábados, a partir do Mercado Municipal se esticando para as ruas da cidade (foto).


Guanhães

Guanhães (foto) foi a minha primeira cidade na vida, até porque nasci no distrito conceicionense de São Sebastião do Rio Preto. Foi onde fiquei conhecendo o mundo, pelo convívio escolar e experiência longe de casa aos 11-12 anos. E lá também me deparei, ainda criança e com o olhar mais ingênuo e inocente do mundo, com o amor de minha vida, Marlete, que viria a ser, tão depressa, 12 anos depois, a companheira com quem  teríamos os filhos Cíntia, Érico, Flávia, André e Júnior, os quais  nos presenteariam com os netinhos Letícia, Ruan, Lucas, Júlia, Maria Laura, Felipe, Elis e Laís. Vale citar os genros e noras: Marcelo, Winderson, Elen, Clarissa e Cissa.

Em Guanhães, conheci bicicleta (e aprendi andar nela), piscina (e não aprendi a nadar), basquete, bons professores, excelentes colegas, o colégio que chamávamos de ginásio, a gostar da língua francesa por causa do entusiasmo do saudoso professor Durcelino Reis, jogar botão, roubar jabuticaba, saborear a empadinha da Stael (sabor do outro mundo), aviões de pertinho, para-quedas, enfim, foi concretizada a descoberta da vida.

Depois, reatei algumas amizades importantes e até hoje continuo apreciando a cidade, que tantos jornalistas de meu convívio abrigaram, como o saudoso Roberto Drummond (de Ferros) e Márcio Rubem Prado, que não sei em que caminho se encontra.


Gustavo Prandini

Acabo de levar um choque ao ler a matéria da DeFato Online sobre a renúncia do prefeito Gustavo Prandini, de João Monlevade, à reeleição. O motivo é super-explicado por ele no Facebook: sua esposa seria  portadora de um tumor linfático. Em nota, Gustavo afirmou que vai se dedicar ao acompanhamento de sua companheira e lembra, que, segundo os médicos, as chances de cura giram em torno de 95%. “Estamos todos muito confiantes no tratamento a ser iniciado”, complementa o prefeito monlevadense.  De Itabira, a pouco mais de 25 quilômetros, deixo o meu abraço de solidariedade. Noventa e cinco por cento os médicos garantem, a Deus caberá somente 5%, o que é tranquila e definitivamente certa a cura. Considerando o merecimento do casal, sempre simpático, caridoso e amigo, seria permitido inverter e transferir a maior parte de responsabilidade ao Criador. Dentro de nós, humanos, está a grande força que Ele nos delegou. Como Cristo disse, Prandini: "A fé salvou quem confiou".


Dicionário de Leis Naturais

Há anos estou tentando compilar, numa lentidão de fazer inveja a tartaruga, um trabalho a que denominei Dicionário de Leis Naturais. Agora, sim, acredito que vai para a frente porque estou prometendo inseri-lo periodicamente neste espaço. Com essa obrigação, a cho que pode sair, finalmente. As leis naturais são como as  universais, que  governam o universo com seus  princípios básicos da vida e que estiveram e estão ao redor desde a criação. São leis do Universo Divino. Elas  se aplicam a todos, em toda parte. Não podem ser modificadas. Não podem ser quebradas. Quem as seguir descobre, inevitavelmente, a Verdade. E ainda: aqui estarão algumas que, modestamente, descobri. Essas serão nomeadas como minhas para que o leitor saiba distinguir. Outras são conhecidas de há milênios.

2 comentários:

  1. Este blog do Sr é Excelente. Já faz parte da rotina diária da internet Globo.com, DeFatoOnline, Facebook e o Zé do Burro e Vice-Versa.

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  2. Legal uma segunda edição do Ser Vereador. Mas sou primeirona da fila no Dicionário das Leis Naturais. Será quando mesmo...? (Sirlene)

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