A
sua revelação vai de encontro a mim mesmo quando, aos 13-14 anos de idade, estudante do
Ginásio São Francisco, de Conceição do Mato Dentro, era liberado pelos Padres
Capuchinhos para ver e ouvir as peças do teatro no salão do júri daquela
histórica cidade. Em tão tenra idade, já fazia as minhas conclusões existenciais. Apesar da
evidência estarrecedora, que permitiu mudanças nos esquemas e tramas, os
espetáculos circenses continuam sendo realizados em todo o mundo nos moldes dos tribunais de Roma, onde nasceu o Direito. Quero dizer circo, porque
tudo está distante da realidade. Pior: acaba sendo um festival de palhaçadas.
Mas
também em Brasília julgam o famoso Mensalão, de um lado um ministro-relator,
radical de esquerda e bem-intencionado Joaquim Barbosa, e de outro, um direitão e aparentemente
malvado contra a vontade popular, o ministro-revisor Ricardo Lewandowski. Mesmo
com a disputa de Direita x Esquerda, uma peça teatral se desenrola, às vezes
até com pitadas de humor, cabendo dizer que também na Capital da República se montam circos de julgamentos.
Circo
policial, circo da justiça, há, ainda o circo esportivo, claro que há. São
tantos os circos, com picadeiros atraentes, principalmente no setor econômico, quando o comércio vive
também de espetáculos, não somente nas especulações de câmbio, imobiliárias e
outras, mas principalmente nas espertezas, mentiras, fraudes e centenas de
deficiências menos votadas que aparecem em negociatas.
Contudo,
vou arrematar esse tema assim: um devoto dos Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs), de nome Ubirajara, que
existe entre os que abundam por aí, escreveu, em jornal do Sul de Minas, que está acompanhando
os textos do jornalista Arnaldo Viana, e
que gostaria de narrar um fato interessante. Segundo ele, uma nave
interplanetária pousou no seu quintal, na capital brasileira do ET, Varginha e, como sempre, chamou-o para dar uma
volta no espaço sideral. “Vamos tomar um ar diferente” — teria proposto um
Extraterrestre que, imediatamente, tomou-o levemente pelo braço.
A
nave partiu. Houve, como dos outros passeios cósmicos, apresentações de planetas e uma
demonstração de que o homem da Terra, que anda descobrindo de vez em quando um
novo mundo, ainda não conhece um milésimo dos conjuntos universais que vagam no infinito. Em um
momento de descontração, o ET chamou-o à janela da aeronave e apontou para uma
“pequena” bola azul confundida no meio daquele paraíso indescritível de planetas, astros e estrelas:
— Ali está o seu planeta. Vocês o chamam
de Terra. Mas já anotei em nosso caderninho de apontamentos há muito
tempo. Circo é o nome que foi dado pelo
nosso povo a essa bolinha em que você vive. E não me pergunte o motivo porque está muito na sua cara.
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