quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O circo

O conceituado jornalista do Estado de Minas Arnaldo Viana, que está nas cadeiras de honra do caso policial em que é o artista principal o Bruno Fernandes, ex-goleiro do Flamengo, continua escrevendo sobre o júri que se desenrola no fórum de Contagem e que acaba de ser adiado para março do ano que vem. Ele faz claras metáforas e  compara o julgamento dos acusados de matar Eliza Samudio a um circo.

A sua revelação vai de encontro a mim mesmo quando, aos 13-14 anos de idade, estudante do Ginásio São Francisco, de Conceição do Mato Dentro, era liberado pelos Padres Capuchinhos para ver e ouvir as peças do teatro no salão do júri daquela histórica cidade. Em tão tenra idade, já fazia as minhas conclusões existenciais. Apesar da evidência estarrecedora, que permitiu mudanças nos esquemas e tramas, os espetáculos circenses continuam sendo realizados em todo o mundo nos moldes dos tribunais de Roma, onde nasceu o Direito. Quero dizer circo, porque tudo está distante da realidade. Pior: acaba sendo um festival de palhaçadas.

Mas também em Brasília julgam o famoso Mensalão, de um lado um ministro-relator, radical de esquerda e bem-intencionado Joaquim Barbosa,  e de outro, um direitão e aparentemente malvado contra a vontade popular, o ministro-revisor Ricardo Lewandowski. Mesmo com a disputa de Direita x Esquerda, uma peça teatral se desenrola, às vezes até com pitadas de humor, cabendo dizer que também na Capital da República se montam circos de julgamentos.

Circo policial, circo da justiça, há, ainda o circo esportivo, claro que há. São tantos os circos, com picadeiros atraentes, principalmente no setor econômico, quando o comércio vive também de espetáculos, não somente nas especulações de câmbio, imobiliárias e outras, mas principalmente nas espertezas, mentiras, fraudes e centenas de deficiências menos votadas que aparecem em negociatas.

Contudo, vou arrematar esse tema assim: um devoto dos Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs), de nome Ubirajara, que existe entre os que abundam por aí, escreveu, em jornal do Sul de Minas, que está acompanhando os textos  do jornalista Arnaldo Viana, e que gostaria de narrar um fato interessante. Segundo ele, uma nave interplanetária pousou no seu quintal, na capital brasileira do ET, Varginha e, como sempre, chamou-o para dar uma volta no espaço sideral. “Vamos tomar um ar diferente” — teria proposto um Extraterrestre que, imediatamente, tomou-o levemente pelo braço.

A nave partiu. Houve, como dos outros passeios cósmicos, apresentações de planetas e uma demonstração de que o homem da Terra, que anda descobrindo de vez em quando um novo mundo, ainda não conhece um milésimo dos conjuntos universais que vagam no infinito. Em um momento de descontração, o ET chamou-o à janela da aeronave e apontou para uma “pequena” bola azul confundida no meio daquele paraíso indescritível de planetas, astros e estrelas:
— Ali está o seu planeta. Vocês o chamam de Terra. Mas já anotei em nosso caderninho de apontamentos há muito tempo. Circo é o nome que foi dado  pelo nosso povo a essa bolinha em que você vive. E não me pergunte o motivo porque está muito na sua cara.

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