Amigos, dentro de minha extensa e incontida ignorância, mesmo
assim, como legítimo filho de Deus, ou da Natureza, ou do Mundo, ou do
Universo, vez por outra, por obra da
lógica natural, ou da Divina Providência, uma luz brilha no esplendor de minha
glândula pineal e me mostra caminhos a seguir. Não peço que me sigam, não sou
uma estrela que guia reis magos. Posso, sem querer, levá-los à escuridão. Antes
que me chamem de idiota, antecipo de peito aberto e peço que economizem seus
adjetivos: sou um imbecil da cabeça aos pés. Mas graças a Deus, um iluminado em
muitas ocasiões vivenciais.
Reclamei com um jornalista, meu contemporâneo, que a imprensa
está maltratando o ser humano com a sua técnica absurda de atrair o leitor para
as suas reportagens e, assim, traí-los irremediavelmente. A mesma imprensa,
devido à grande concorrência que enfrenta no mercado — todo mundo tem um espaço
nas redes sociais, cujos locais são usados ou para escrever ou para
compartilhar informações — perde-se na mais
densa floresta da falta de conhecimentos, ou escrúpulos. Não me refiro a Fake
News, nem a todos os jornalistas, é claro. Acredito até que todos os
leitores estejam aprendendo a lidar com
eles. Refiro-me a determinadas espertezas cruéis de “jornalistas” com o
objetivo de terem a ambição do quarto poder em suas mãos.
Tal imprensa comete quase sempre um erro crucial: impõe a
manchete mais sensacionalista possível para subjugar o paupérrimo escravo. Há
no bojo da escravidão também os que só leem as
manchetes. Esses estão liquidados pela desinformação. Quando, nos 18
anos, quase 50 anos passados, aprendi na melhor escola de jornalismo de Belo
Horizonte, o extinto Diário de Minas, como se escreve uma notícia, a primeira
aula começava assim: “Escreve-se primeiramente o ‘lead’(pronuncia-se lide). Ele
deve conter toda a notícia que será, a seguir detalhada no corpo do texto. O
lead deve responder as questões: ‘quem, o quê, onde, como, quando e por quê?’”.
Simples demais, mas os nossos informantes adoram esconder a
notícia boa e jogar em nossas pobres caras somente a perversidade da história.
Costumam deixar para o final, bem oculta, a verdadeira notícia que interessa,
ou que acalma, ou evita o estresse. Ou nem se preocupam com este detalhe. Hoje
em dia, dizem que dezenas, centenas ou milhares foram infectados pelo Covid-19.
Só pensam em pirraçar covardemente a
verdade. Em outras palavras, abrem grandes letras para mostrar os infectados
pelo vírus, mas omitem os descartados, ou recuperados, ou curados. Não
mencionam os mortos, quando são pouquíssimos demais. Ou nenhum. Se houve um
óbito, registram com tipos ínfimos, escondidos como um ser maléfico para eles.
Mas este é apenas um subtema preliminar do assunto que abordo a
seguir. Estou me referindo ao alarde que tentam fazer ultimamente com a nossa
falta de concentração no lado confortador que realmente interessa. Já ouvi e vi
centenas de cientistas, médicos, especialistas, enfermeiros, doutores, mestres,
pós-graduados, curandeiros, explicarem o que é, de verdade, o Coronavírus. Como
sou tolo, ou idiota mas uma luz me guia sempre, digo, aprendi a selecionar os
bons instrutores e já divulguei, à medida que posso, as suas orientações
sadias, válidas, incontestáveis. Tudo se resume exatamente na palavra
“imunidade”.
E confesso, de mãos postas ou estendidas na bíblia, ou se
preciso for no alcorão, em todo livro confiável, que eu, José Sana, CPF e
Carteira de Identidade à disposição de todos, tenho um corpo completamente
tomado pela baixa imunidade, que estou combatendo com unhas e dentes afiados.
Isto porque tive Herpes Zóster
recentemente e Pneumonia no início deste processo de isolamento. Tomos os
devidos e até exagerados cuidados. Estou todo vacinado: gripe, pneumonia,
herpes (em julho).
Acredito, então, que estou credenciadíssimo a tocar neste
assunto, mesmo sendo a minha especialidade outra muito diferente, apenas
História e Letras, além de Filosofia de Vida bem regulada. Vou começar
afirmando o seguinte, baseado em informações coletadas de informantes puros,
limpos e quase perfeitos: todos nós temos o Coronavírus em nosso corpo. Falei
tudo? Não falei? Pode ter vindo da China ou da Itália, ou do Japão; pode ter sido rebocado e adulado por políticos sem escrúpulos,
sedentos de poder. Não interessa. Temo-lo no corpo e fim de papo.
Nosso corpo é um monte de ruínas reunidas. Que se despertem os
dorminhocos! Um estudo chamado Projeto
Microbioma Humano catalogou a identidade genética de muitas bactérias, vírus e
outros organismos que vivem em contato íntimo conosco, ou dentro de nós.
Segundo o dito projeto e outros estudos, não se trata de germes ou criaturas
extremamente nocivas que precisam ser eliminadas mas, sim, de uma parte
fundamental daquilo que nos torna humanos, garantem os pesquisadores. Diz ainda
o projeto que até recentemente pouco se sabia sobre a identidade de trilhões de
micróbios que habitam o nosso corpo, os quais podem ser benéficos ou nocivos.
Não vou me alongar mais. Para quê? Só finalizar.
E concluir assim: façamos testes em nós mesmos. Reviremo-nos de
cabeça para cima e de cabeça para baixo. Coletemos sangue, pedaços de nós.
Coloquemo-nos dentro de aparelhos os mais sofisticados. Ou nem façam isso.
Observem como a terra, que é parte de todos, ou a água, idem, ambas têm os
mesmos sedentos micróbios que devoram um corpo humano inerte. Os mais avançados
e corajosos cidadãos concluirão que há uma parte valiosa em todos, que não é o
coração, que tanto bajulam. Digo onde está, repetindo o que já mencionei: numa
pequena glândula já estudada em em estudos persistentes, cientistas, médicos e
até os pés-rapados como eu. Sabemos a
sua função sublime e inquestionável, a ligação com a alma, de matéria que vira
energia. Ou ela é a alma. Quem não pode pesquisar, poupe-me pelo menos.
Podemos fazer um teste já: quem não tem um único sinal “positivo” para o Covid-19 pode ser um
espécime extremamente raro, um ET de Varginha. Por isso, então, chega de
alarde, chega de pânico, chega de usurpar a inteligência de cada um. O tal
Corona vem e percorre as partes que lhe convém de nosso corpo. Se for bem
recebido, ou seja, pelos que estão desguarnecidos, haverá um combate que pode
ser pela Cloroquina ou outros cuidados médicos.
Por isso, finalizo assim: lutem pela imunidade. Os trilhões de
micróbios de seu corpo dirão um “muito obrigado/” de bom tom. Eles sabem mais
que nós.
José Sana
Em 22/05/2020
Grande amigo que lindas é sábias palavras como ê bom ler coisas que nos enriquecem com tanta sabedoria meus parabéns
ResponderExcluirParabéns, amigo! No dia Internacional da Biodiversidade 22/05, você colocou com muita sabedoria tudo nessa crônica. Realmente temos que cuidar de preservar e fortalecer nossa imunidade, aplicando todos os nossos conhecimentos a respeito. Como vc bem escreveu nesse belo texto, somos parte dessa natureza e então, tratemos também de preservá-la pois nossa saúde está vinculada a ela. Grande abraço.
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