sexta-feira, 25 de setembro de 2020

PSICOLOGIA DE BOTECO: POR QUE LADRÃO NÃO PARA DE ROUBAR?

 Desde criança estudo este caso. Lá pras bandas de São Miguel y Almas de Guanhães, minha primeira moradia fora de casa, com 12 anos, peguei um vício que nunca mais me abandonou: a cinefilia. 

Dentro deste contexto, no Cine São Miguel, rua principal da cidade, meus filmes preferidos eram da categoria bang-bang, principalmente se fosse estrelado por Kirt Douglas, Burt Lancaster, John Wayne, Antonhy Kinn. Nas tramas, aparecendo um ladrão, torcia por ele para dar certo o seu primeiro roubo, depois ficava no desejo de que ele sumisse e fosse gozar a vida sem novas tentativas de banditismo.

Mas isso nunca aconteceu, infelizmente. Então, deste criança, tomei birra de larápios, eles não param de roubar. Dizem os entendidos que roubar vicia, ou vira mesmo uma doença chamada cleptomania. Outros afirmam que a vocação se desperta ao ser aguçada a tal ambição. Acredite se você quiser, mas nos meus estudos constatei tudo diferente do que dizem as pessoas por aí

E vou dizer logo o que foi a minha descoberta, depois de várias pesquisas, leituras, observações, consultas e até mesmo entrevistas com os marginais. O negócio é o seguinte: o ladrão, ao realizar o primeiro assalto, tem medo de ser descoberto. Aí passa a roubar, furtar, assaltar mais vezes e a acumular riquezas como única saída  para não criar problemas para si. Entenderam?

Está explicado: o ladrão fica rico e aí pode comprar o silêncio de alguma eventual testemunha. Por isso surge a necessidade premente de roubar mais, sempre mais, mais e mais, indefinidamente. Repare que os seres de vida irregular são completamente interessados na profissão que adotaram para viver.

É o que vemos pelo mundo: roubam de terceiros, de segundos e de primeiros. Roubam do pobre, que adoece e não tem um tratamento de saúde adequado. Roubam a educação das crianças que, às vezes, ficam em último plano, em escolas de qualidade duvidosa.

Metem a mão sem dó nem piedade. Mas é possível, sim, ocorrer uma atitude chamada “pare”. Quando o ladrão souber que vai pagar o prejuízo que causou, então ele se arrepende e começa vida nova. Ele será submetido à Lei do Retorno. Quem duvidar, faça o teste e ficará apavorado com o que vem pela frente.

Numa sociedade repleta de ladrões, estou lançando este alerta para o bem da humanidade: cessem seus roubos,  meu prezado gatuno! Saiba que você não pode concorrer na vida em desigualdade de condições e está recebendo vantagens injustas. Acorde enquanto é cedo para não ter que pagar com juros pesados e altíssimas taxas de correção monetária dentro em breve. Tome juízo, além de vergonha na cara.

José Sana

Em 25/09/2020



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