quarta-feira, 16 de agosto de 2023

"CADA UM CARREGA A SUA CRUZ"

Mas existem pessoas que não se contentam em carregar as próprias e fazem questão de sustentar as dos outros


“Qual o sentido da vida?” — Esta a pergunta mais difícil que você ouviu ou ouvirá ao longo da jornada que tem para cumprir neste mundo. Todos pensam diferente um do outro, nem almas gêmeas têm impressões digitais semelhantes. Antes de concluir a leitura, pense você em cada caso igual à sua volta. Não há paralelo a se estabelecer.

Saibamos todos, o que se pode provar, que o responsável pela vida de cada um dos seres humanos — sete ou oito bilhões — somos nós mesmos. Escolhemos, detalhadamente, qual tipo de caminho precisaríamos optar para saldar uma espécie de dívidas passadas. Esta a minha opinião e respeito a de quem quer seja. Ou há outra verdade que se converge para o mesmo ponto.

VIVENDO POR VIVER


“Vivendo por viver”, como se pode imaginar ouvindo um dos sucessos musicais de Roberto Carlos (1978) é, notadamente, algo comum, mas distante de nossas tarefas. A maioria empurra a vida com a barriga e quando morre, os atores fazem jorrar lágrimas para tentar confortar com elogios passagens transcorridas. Temos missões a cumprir. Acredito que um e outro precisam ficar mais acordados. Um ser superior, que arquitetou o mundo, não iria brincar, permitindo que exista um belo e atraente planeta sem sentido e ao léu.

O aforismo grego, de Sócrates  — “conhece-te a ti mesmo” — é um slogan perfeito para os tempos atuais, mas apenas em letras, em chamamento à realidade pouco atingida. Acredito que Arthur Schopeuar (1788-1860), filósofo alemão, tenha dado uma sequência lógica, que continua valendo: “Um homem só pode ser ele mesmo enquanto estiver sozinho pelo menos por uns minutos diários; e se ele não ama a solidão, não amará a liberdade; pois é somente quando está sozinho que é realmente livre.”

SEM SENTIDO


Tudo o que acabo de mencionar tem o objetivo de chamar a atenção para o sentido da vida. Acredito que o ateu não se importa com algo nem deste nem de outro mundo, não preza as pessoas, a natureza, os feitos de um ser superior, porque o mundo do agnosticismo é feito deste jeito: acreditam que nascemos por geração espontânea, vivemos para o nada, no fim tudo termina em nada.

Pouquíssimo se atentam para a existência de um comando que observa os passos do  habitante da Terra e que uma lei científica confirma a sua autenticidade: causa e efeito. O sentido da vida pode, também ser mudado caso seja bem entendido. Vejam, por exemplo, estas informações: título original: “El Sentido De La Vida”; direção: Nicholas Di; roteiro: Nicholas Di, BellaPaul Root; duração: 108 minutos; país: Estados Unidos; gênero: drama; ano: 2022; classificação: 12 anos. É bom ser visto e entendido.

ITABIRA E OUTROS PLANOS


Em consequência de tudo, a vida não pode ser tratada como algo fútil, inútil, supérfluo. Ela é tudo, tem sua base de sustentação lógica. E nós, quem dela usufruímos, vamos tratá-la com pouco caso? De jeito nenhum! Precisamos montar projeto ou projetos para serem executados neste mundo, de acordo com nosso entendimento. Vamos nos reapresentar perante Deus de mãos vazias? Que vergonha ao ouvirmos a pergunta: “O que trouxeste, cidadão?”. Sem réplica.

Se me arguem sobre meu planejamento, tenho-o, sim,  acima de todos. No meio do caminho há outro, que assusta muita gente. Trata-se de Itabira e tem prazo de validade. No meu caso específico, devo, hoje, à terra natal de Drummond, 57 anos de suga-suga, de poeira, falta de água e ausência perspectiva de futuro.

Tremei os que fazem propaganda para  enganar, distrair idiotas e ainda  dizem que o fim da mineração está distante. Não sou mais político e sequer disponho de tempo para delongas. Em Itabira não nasci, mas aqui escolhi para viver. Se vou defendê-la? Não pensem que entregarei facilmente essa rapadura.

E há outros planos a se realizarem: que mundo é este? Que vida é esta? Por que tantos atropelos e horríveis desentendimentos? Finalmente, são muitas as cruzes a carregar. De minha parte, darei conta de todas. Só advirto: não carrego a cruz de ninguém. Eis aí a única proibição que devo respeitar. Quer o inferno dantesco? Que se dane nos seus sete patamares!

José Sana

16/08/2023

Fotos: Arquivo e Redes Sociais




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