Mas existem pessoas que não se contentam em carregar as próprias e fazem questão de sustentar as dos outros
“Qual o sentido da vida?” — Esta a pergunta mais difícil que você ouviu ou ouvirá ao longo da jornada que tem para cumprir neste mundo. Todos pensam diferente um do outro, nem almas gêmeas têm impressões digitais semelhantes. Antes de concluir a leitura, pense você em cada caso igual à sua volta. Não há paralelo a se estabelecer.
Saibamos todos, o que se pode provar, que o responsável pela vida
de cada um dos seres humanos — sete ou oito bilhões — somos nós mesmos.
Escolhemos, detalhadamente, qual tipo de caminho precisaríamos optar para
saldar uma espécie de dívidas passadas. Esta a minha opinião e respeito a de
quem quer seja. Ou há outra verdade que se converge para o mesmo ponto.
VIVENDO POR VIVER
“Vivendo por viver”, como se pode imaginar ouvindo um dos sucessos
musicais de Roberto Carlos (1978) é, notadamente, algo comum, mas distante de
nossas tarefas. A maioria empurra a vida com a barriga e quando morre, os
atores fazem jorrar lágrimas para tentar confortar com elogios passagens
transcorridas. Temos missões a cumprir. Acredito que um e outro precisam ficar
mais acordados. Um ser superior, que arquitetou o mundo, não iria brincar,
permitindo que exista um belo e atraente planeta sem sentido e ao léu.
O aforismo grego, de Sócrates
— “conhece-te a ti mesmo” — é um slogan perfeito para os tempos atuais,
mas apenas em letras, em chamamento à realidade pouco atingida. Acredito que Arthur
Schopeuar (1788-1860), filósofo alemão, tenha dado uma sequência lógica, que
continua valendo: “Um homem só pode ser ele mesmo enquanto estiver sozinho pelo
menos por uns minutos diários; e se ele não ama a solidão, não amará a
liberdade; pois é somente quando está sozinho que é realmente livre.”
SEM SENTIDO
Tudo o que acabo de mencionar tem o objetivo de chamar a atenção
para o sentido da vida. Acredito que o ateu não se importa com algo nem deste
nem de outro mundo, não preza as pessoas, a natureza, os feitos de um ser
superior, porque o mundo do agnosticismo é feito deste jeito: acreditam que
nascemos por geração espontânea, vivemos para o nada, no fim tudo termina em
nada.
Pouquíssimo se atentam para a existência de um comando que observa
os passos do habitante da Terra e que
uma lei científica confirma a sua autenticidade: causa e efeito. O sentido da
vida pode, também ser mudado caso seja bem entendido. Vejam, por exemplo, estas
informações: título original: “El Sentido De La Vida”; direção: Nicholas Di;
roteiro: Nicholas Di, BellaPaul Root; duração: 108 minutos; país: Estados
Unidos; gênero: drama; ano: 2022; classificação: 12 anos. É bom ser visto e
entendido.
ITABIRA E OUTROS PLANOS
Em consequência de tudo, a vida não pode ser tratada como algo
fútil, inútil, supérfluo. Ela é tudo, tem sua base de sustentação lógica. E
nós, quem dela usufruímos, vamos tratá-la com pouco caso? De jeito nenhum!
Precisamos montar projeto ou projetos para serem executados neste mundo, de
acordo com nosso entendimento. Vamos nos reapresentar perante Deus de mãos
vazias? Que vergonha ao ouvirmos a pergunta: “O que trouxeste, cidadão?”. Sem
réplica.
Se me arguem sobre meu planejamento, tenho-o, sim, acima de todos. No meio do caminho há outro,
que assusta muita gente. Trata-se de Itabira e tem prazo de validade. No meu
caso específico, devo, hoje, à terra natal de Drummond, 57 anos de suga-suga,
de poeira, falta de água e ausência perspectiva de futuro.
Tremei os que fazem propaganda para enganar, distrair idiotas e ainda dizem que o fim da mineração está distante.
Não sou mais político e sequer disponho de tempo para delongas. Em Itabira não
nasci, mas aqui escolhi para viver. Se vou defendê-la? Não pensem que
entregarei facilmente essa rapadura.
E há outros planos a se realizarem: que mundo é este? Que vida é
esta? Por que tantos atropelos e horríveis desentendimentos? Finalmente, são
muitas as cruzes a carregar. De minha parte, darei conta de todas. Só advirto:
não carrego a cruz de ninguém. Eis aí a única proibição que devo respeitar.
Quer o inferno dantesco? Que se dane nos seus sete patamares!
José
Sana
16/08/2023
Fotos: Arquivo e Redes Sociais
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