Todos conhecem o sujeito, lido apenas quando põe pimenta malagueta no tira-gosto. Vejam
que decisão inteligente e bem aceita pela plateia do boteco copo sujo dos
cafundós do judas
O
cara, conhecido como Zé Capeta (nada a
ver com os fantasmas do Parente) chegou a um boteco copo sujo e soltou sua
declaração de amor à vida:
— A partir de hoje, não escrevo nem mais uma linha para este mundo doido não ler!
A plateia levantou-se em altos brados. Um dos mais exaltados retrucou: “Oh, seu sem-vergonha, se isso é a única coisa que sabe fazer, de agora em diante você vai ocupar-se de quê?
A resposta não demorou, em réplica do tal prometedor de silêncio:
— Vou vender ora-pro-nóbis na feira livre de Itabira.
Ufa... chegou uma personalidade marcante na vida política e da sociedade de Itabira, o Pé de Pato. Acompanhado de Pedro Rapadura, anunciou que também não quer mais ser personagem dos contos sem graça do cara que entrou fazendo zoada sobre ora-pro-nóbis. Pediu dois copos e uma cerveja, antes uma cachacinha muito estimada na região, a “Malatesta”.
Ambos — Pé de Pato e Pedro Rapadura —, ao ingerir a aguardente, rasparam a garganta e jogaram a pequena sobra para “os santos”, tradicional gesto próprio dos pinguços. Em seguida se entrosaram com o cara que não vai escrever mais, Zé Capeta, prometendo fazer o seguinte: vai proclamar solenemente o porquê de seu silêncio e o reforço à iniciativa.
Rapadura declarou que neste texto seriam justificados os verdadeiros motivos da
abstinência política. E que, com o tempo poderia aceitar redigir textos, mas não para defender políticos descarados. Fez uma pergunta, olhando para a cara de um por um dos
cachaceiros que o observavam:
—
O beberrão que não estiver favorável permaneça como está, assentado ou de pé; quem for
de acordo levante as mãos, grite e fique
em posição de sentido.
Foi
um fuzuê, como na novela da Globo. Trombaram-se cadeiras com mesas, copos
estilhaçados, garrafas entornadas e desperdiçadas para o lamento de quem
ali estava como penetra, filando de tudo
— de cigarro a pinga e daí à mais difícil, a tal “100% malte”.
Zé
Capeta, chamado de “o cara”, voltou a dizer, sob os aplausos de todos e gritos
estridentes, que vai tentar só ler. Contudo, esqueceu-se que hoje é Dia de
Proclamação da República e não 7 de Setembro. Talvez porque era meio escolado e
sabia que a ação foi um golpe militar dedicava mais amor à independência.
Empurrado
por aplausos, gritou alguma coisa, chamando para uma saideira, ao levantar a espada, ou melhor, uma faca quase afiada, sem
carne para cortar:
—
Jogo-a a fora! Deficiência no corte!
Nota da Redação
Zé
do Burro só anotou. Mas confidenciou a quem tem confiança nele, Zé Capeta
queria ser adulado. Entrou pelo cano e ainda encontrou a torneira fechada.
José
Sana (Para também O Planfeto)
15
de novembro de 2023
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EIIITAAAA ESSE TAR DE ZÉ DO BURRO QUE DE BURRO NÃO TEM NAADA, APENAS AS LEMBRANÇAS DOS BURROS QUE FICARAM LÁ NO BUTECO COPO SUJO...SIMPLES ASSIM......KKKKKK
ResponderExcluirDesculpe aí José Sana, meu WhatsApp está travando, melhor contato no Telegram
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