Amigos, já afirmei várias vezes que não acredito no fim do mundo
tal como os falsos profetas os apregoam; ano, mês, dia, hora, tal e tal, absurda
e precisamente em cima de relógios falsos. Mas acredito que o mundo acaba, sim,
um dia. Não haverá um estrondo, um tsunami ou terremoto. Nada repentinamente.
Mas devagar em intermináveis agulhadas, até que a última respiração seja
decretada pela capacidade de resistência de cada continente, país, estado e
cidade.
O principal causador do fim do mundo já está no topo da
liderança. Consideram-no o verdadeiro campeão invicto e imbatível para mais
alguns anos após a exterminação: o uso de drogas. Em efeito cascata, da droga,
passando pelo álcool, chega-se à exterminação total da moral. Essa moral já foi picada pela distribuição de
preservativos, as novelas das oito, nove e dez, além dos costumes e em nome da
modernidade ou da libertinagem.
O processo de finalização do mundo caminha cada vez mais
acelerado. Antes por efeitos da progressão aritmética, o processo entra agora
em multiplicação geométrica. A pressa em se autodestruir é prioritária para os
agentes que comandam o espetáculo. O grupo de extermínio, que atua numa
corrente forte como uma força-tarefa, conta com apoios incondicionais do
governo, políticos, meios de comunicação e se confundem no seio da bandidagem.
Não sabemos que o futuro será bom, senão a partir de quando
houver uma revolução radical de efeitos substancialmente estarrecedores. A
revolução estarrecedora só ocorrerá por mal, não por amor como se quer e se pregoa. Para os leigos, entre os
quais me incluo, não pode haver dúvidas. O que assustava o mundo há um mês
agora assusta muito mais. Em breve haverá a falta de susto, estamos,
paralelamente, nos acostumando com fatos escandalosos. Em breve não colocaremos
o mais tímido ponto de exclamação em frase alguma.
A droga foi o iceberg que faltava na requisição que se pensava
de vir o fim do mundo via terremoto, maremoto, tsunami, enchentes e secas. A
natureza não é apenas o ar que respiramos, o verde que contemplamos e outras
manifestações que envolvem o desejo do bem-estar. Está incluído o comportamento
humano no aspecto do geral, o todo, o contexto. E entra no meio tantos males
que são desnecessários na citação, como violência, terror, preconceito, atraso,
radicalismo, orgulho e muita coisa mais.
Ora, os filhos de pessoas ainda não prontas para maternidade e
paternidade; o número dos que se multiplicam inversamente proporcionais ao total
de famílias que planejam a sua constituição será mola destruidora. Tudo o que
estou dizendo aqui, cada um pode ver no último trabalho que a pesquisadora e
educadora Ana Lúcia Nascimento fez em Itabira, somando-se ao trabalho que
desenvolve Brasil afora. Uma verdadeira heroína e outro dia me dedicarei a ela.
Ela é digna de páginas e livros pela dimensão de seu trabalho.
Para não dizer que não falei de flores, deixo aqui uma
esperança: por que governos, políticos, imprensa, comunidades, entidades, religiões
não se unem e evitem o quase inevitável? Nada disso interessa àqueles que só
pensam materialmente e jamais colocariam a cabeça para sustentar o idealismo
por um mundo melhor.
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