(Discurso
proferido por mim na noite de Prêmio DeFato 20 anos, em 23/11/2013, em Itabira)
Ao ser
convocado a pronunciar algumas palavras neste evento histórico, perguntei a mim
mesmo: o que externar, o que explicar ou o que dizer? Nada mais teria a
acrescentar: a festa não é de quem se afastou, mas daqueles que entram em
cena.
Talvez
tenha que deixar escrito nesta história a repetição mais que necessária de
agradecimentos perenes.
Agradecimento
a Deus, sim, não apenas porque permitiu a realização de um sonho bem amplo, do
começo ao meio e por estar abençoando o seu desenrolar.
Agradecimento,
sim, aos que sempre caminharam ao nosso lado, tanto os colaboradores diretos
como outros inimagináveis para os quais não foi possível conhecer a história
que ainda se desenrola, principalmente a minha companheira de vida, Marlete,
que soube se integrar ao sonho com relativa facilidade e tomar a frente desta
obra.
Agradecimento,
sim, aos milhares de leitores que chegaram sedentos de informações no
transcorrer de quase 18 anos de trabalho incansável, seja na forma não apenas
das autoridades regionais, mas do próprio povo que se espalha em mais de uma
centena de municípios mineiros. E de continuarem firmes com os nossos sucessores
e com eles comemorar esses passados 20 anos de glória.
Agradecimento,
sim, aos que acreditaram ou não acreditaram em nossa audácia, de construir um
vínculo que pudesse integrar a região, um modo ou meio de atá-la em suportes
vindos de cada lugar, cada pedaço, cada anseio e cada proposta ou promessa.
Agradecimento,
sim, não para citar nomes dos que além de acreditar, participaram da construção
da caminhada.
Para
fazer o real e devido agradecimento, não precisamos recorrer aos momentos de
alegria ou de tristeza, às lutas ferozes e aos obstáculos que se apresentavam
intransponíveis, nem lembrar as melhores reportagens, algumas que duraram até
mais de um ano para se redigir um simples lead, ou seja, o início de um texto.
Apenas
recorro às regras básicas ditadas pelo empreendedorismo: o primeiro passo é o
sonho, o planejamento, a montagem da planilha de trabalho; o passo seguinte é a
execução de cada etapa, a colocação em prática desse sonho e o seguir adiante.
Mas e um passo indispensável no conjunto de ações, qual seria?
Muitos
caminhos foram tentados. Um deles teve como enredo influenciar pelo menos a
dois filhos que, no caminho do jornalismo, a principal exigência dessa
proposta, assumissem a frente do empreendimento que não poderia, nunca, morrer.
Como nem sempre os desígnios nossos se realizam tal como queremos, por tal
estrada não foi alcançado o objetivo. Cada filho seguiu o seu caminho, como é
próprio de cada um escolher a própria jornada.
Como sem
saber a que conclusão chegaríamos, um dia adentrou a minha sala de trabalho uma
pessoa que conseguiu fazer com que deixasse de lado uma de minhas inadiáveis
tarefas diárias. E pelo dia e até no limiar da noite surgiu a troca de
informações, ideias, pensamentos, no narrar das experiências. Constituiu-se
esse um pequeno passo à frente, embora despretensioso. Essa pessoa tem um nome quilométrico, tão grande quanto a confiança que nela depositamos desde o primeiro instante: Kelly Cristina Duarte Eleto Landim. E foi a ela e ao seu irmão, Marcelo Duarte Eleto, que entregamos, confiantemente, o futuro da revista.
Como
filho adotivo de Itabira por mais de 45 anos. Como ser completamente entrosado
nos costumes e na cultura itabirana. Como amante de seus valores, que são
incontáveis, ao encerrar devo citar os nomes dos que seriam dentro das leis
naturais, os nossos seguidores. Kelly e Marcelo Eleto e torná-los
responsáveis por várias partes deste projeto, incumbidos de não deixar a peteca
cair. Que sigam à frente
Digo que
me lembro de uma construção inigualável de Drummond, o representante máximo de
nossa cultura no mundo, não pelo final que parece nostálgico, mas muito mais pelo sentido
de perenidade dado ao poema
MEMÓRIA
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Obrigado.
(Obs.:
Este texto foi “enxugado” para se enquadrar nos 3 minutos exigidos para a sua
leitura. Mas acabou sendo mais resumido ainda e falado por tópicos, de "improviso")
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