Diz
com propriedade o meu amigo Renato Martinho Pereira, emérito comentarista
esportivo da Rádio Pontal FM, cruzeirense da gema, que temos, no futebol
profissional ou amador, entregadores de camisas ou, esporadicamente, técnicos
de futebol. Quando Marcelo Oliveira, atleticano de carteirinha, dirigia o
Cruzeiro, ele o chamava assim mesmo: entregador de camisas, embora tenha obtido
um incontestável bicampeonato brasileiro para o time azul-celeste.
Ao
ver os últimos jogos do Clube Atlético Mineiro, cheguei a uma conclusão
parecida: que Levir Culpi é um mero entregador de camisas, mesmo tendo sido
Campeão da Copa Brasil pelo time, que lhe paga mais de 500 mil reais por mês,
segundo a mídia falada, escrita, televisada e da rede mundial de computadores.
Qualquer pé-rapado de ambos os sexos, vê o que ele vem fazendo no Galo. De vez
em quando dá certo e o time engrena. Na maioria das vezes dá uma extrema
“levirzada”.
No
jogo contra o Santos, que vi de cima para baixo, mesmo na cegueira de cadeiras
superiores de 1/3 do campo da chamada Arena Independência, que o time alvinegro
é o composto por alas e meias, além de um centroavante, com defesa compacta até
o bico da pequena área, onde começa a grande cratera inimaginável no futebol
medieval, antigo, moderno ou contemporâneo. E um principiante treinador rival
pode sentir que é fácil encurralar o time do Galo, que tem apenas um volante,
por sinal um gigante chamado Rafael Carioca.
Levir
não vê e nem enxerga. Se é glaucoma ou catarata, não sei. Ou será bloqueio
mental? E pode ser ainda “pirraçomania”. Sim, todo técnico de futebol precisa
ter um curso completo com pós-graduação em Pirraça. Levir é PHD. E convencido.
E esperto. Dono não só de seu nariz mas de todos os narizes de um estádio,
Mineirão lotado. Termina um jogo, clamorosamente derrotado, como no sábado dia
6, pelo Cruzeiro, ele explica de forma completamente confusa a derrota.
Refere-se a uma tal de bipolaridade brasileira que, a meu ver, nem merece
comentários. Nada a ver com o buraco no meio e nem com o preparo físico
decadente do time a esta altura do campeonato.
Todo
mundo por aqui deve até achar um absurdo, mas entendo que um treinador de
futebol pode ser qualquer um. Se a escolha de um recair num entregador de
camisas, do modelo traçado por Renato Martinho, fica na mesma. Na minha vida
esportiva, infelizmente, só conheci dois treinadores verdadeiros, que teriam o
diploma assinado por mim: Elba de Pádua Lima, o Tim, da década de 1960, quando
dirigiu o Fluminense, e João Saldanha, radialista, que formou a Seleção
Brasileira de 1970, que ocupou o cargo por ironia do destino, visto que ele só
era comentarista e botafoguense doente.
Como
mais um candidato a entregador de camisas, eu diria que o time do Galo está
fora totalmente do eixo futebolístico. No Independência, contra o Santos,
visto por mim de cima para baixo, enxerguei a cratera ocupada pelos santistas
em número de 3 atletas, ou mais, com os jogadores atleticanos espalhados nos
cantos do gramado. Para meio entendedor, um escândalo. Nunca vencerá desse
jeito. A menos que o burro sem sorte nosso tenha como adversário um jumento
azarado. E vai ser difícil porque Levir perdeu a sorte e se vestiu de uma
cangalha bizarra, por sinal.
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