terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

HISTÓRIA VERÍDICA DO INACREDITÁVEL

AMOR  A  TODO  VAPOR  E  DOR  A  TODO  CALOR
(Capítulo 7)
.Vocês estão ouvindo a Rádio Cata Prego, 95,7 FM e estamos no ar com o programa “Prego no Sapato e no Coração”. Bom dia, ouvintes! Hoje, 14 de setembro de 2009, segunda-feira. Que vocês tenham um excelente início de semana.
Esta a voz do locutor Nielsen José que, de segunda a sexta-feira, é líder de audiência no seu horário. O disc-jockey também é grande amigo de Karen que, quando pode, o ouve até esperando que decline o seu nome. Afinal, quem não gosta de ser lembrado? Sempre um abraço, como este agora:
— Alô, Karen Helena, pessoa feliz, menina ligada no programa. A você um abraço e muito grato por aumentar a nossa audiência.

Por perto, as colegas de Karen sorriem e uma ou outra resolve perguntar, admirada:
— Que felicidade é essa, hein Karen?
— Eu sempre sou feliz. Quando a felicidade não vem, eu vou atrás dela. — retrucou sorrindo a balconista da loja especializada em moda feminina. E o trabalho continua. Karen em pleno horário de trabalho e com alguns clientes sendo atendidos, outros aguardando atendimento.

Os comentários, mais frequentes às segundas-feiras, prosseguem entre fregueses da loja e vez por outra  na voz de Nielsen José, quase sempre se referem aos graves acidentes que ocorrem na BR-132, que requer duplicação. Algumas pessoas dizem que a obra foi iniciada. Mas, não, é apenas engambelo, “enrolo”, para diminuir a revolta do povo. Mais uma vez pessoas da cidade, muito conhecidas, perdem a vida ou são gravemente feridas na tenebrosa estrada que liga também os cata-preguistas à capital. Uma das clientes da loja, Maria do Rosário, traz nomes de pessoas e famílias que viveram dramas no último fim de semana.

A emissora também trata de problemas sentimentais, de coisas do coração.  Abraços e mais abraços de Fulana para Beltrano. “Maria oferece a José a melodia que vamos tocar agora e manda um recado: ‘venha me ver que estou com saudade’, e me faço de cupido” — floreia o jovem radialista muito ouvido na terra do sol quente sem mar, isto é, de Minas Gerais. Há comentários sobre textos nos sites locais e o horóscopo do dia paralisa várias pessoas para ouvir. É assim: desligam as máquinas de lavar roupa, as enceradeiras ou os liquidificadores que, por ventura estejam funcionando. A maioria, mulheres, diz que, ora não acredita nas previsões, ora comenta: “Meu Deus! Hoje deu certinho pra mim!”

A notícia mais esperada do dia não sairia divulgada no rádio, pois consistia  na concretizada transferência de Marcos Aurélio, de João Pessoa para Pinhais, ou seja, do Nordeste ao Sul do País.
— Ele está aqui bem pertinho de nós, Karen! Agora você pode vir vê-lo.
— Que nada, Nieta! Você me faz de boba. Estive olhando no “Google” e constatei que a distância ficou praticamente a mesma coisa. Então, estou feliz porque ele teve uma melhora salarial e ainda mudou de clima, se é que estava saturado do calor de sua terra.
— No detalhe clima, acredite, ele se assustou, mas isso passa. Aqui é um pouco frio para ele, que já adquiriu umas blusas. Que tal você dar a ele de presente um blusão de couro? — cutucou a amiga cupido.
— Boa ideia! Vou ver o preço aqui e você veja aí pra mim. Onde for mais barato e melhor nós compramos.
— OK.

E em breve, questão de duas horas e meia de intervalo, já estavam as duas com preços nas mãos.
— Achei um modelo aqui que custa caro demais, Nieta!
— Quanto?
—  Você não acredita: R$ 550,00, a que achei mais bonita.
—  Nossa! Aqui é muito mais barato, apenas R$ 425,00 e mercadoria excelente.
—  Então eu faço a transferência de depósito para você e você compra aí mesmo! Me mande a foto dela pelo Zap-Zap ou inbox. E também os dados de sua conta bancária.

Tudo foi feito e, em pouco tempo a transferência de valores estava realizada.

Agora o telefonema de agradecimento, tarde da noite, como sempre:
— Alô, querida Karen!
— Oi, Marquinhos!
— Que lindo!
—  O que lindo?
—  Você me chamar de Marquinho, ô xente!.
—  Uai, pode me chamar de Karinha.
—  Tá, Karinha! Que lindo o blusão de couro que me enviou!
—  Gostou?
—  Se gostei! Acabo de receber o seu presente. Nem era para me dar presente fora de época.  Meu aniversário é em maio, o Dia dos Namorados em junho...
—  É um presente de Natal adiantado.
—  Quero te ver lindo vestindo esse blusão!
—  Vou esperar você aqui.
— Combinado, Marquinhos! Vou aí, sim, estou combinando tudo com Nieta. Espero que ela cumpra comigo e iremos em fevereiro.Um beijo!
— Ela me disse. Vou ficar esperando. Mil beijos!

O namoro de Karen com Marcos Aurélio já caminhava para completar, em mês de fevereiro, um ano de profícua existência. Ambos mostravam-se felizes e havia uma expectativa muito forte para o tal encontro que planejavam. Apesar da expectativa, existia um controle feito até por Dona Querenina, mãe de Karen:
— Se eu fosse você esperaria um pouco mais de tempo para conhecer esse rapaz.
E Karen jamais discordava, pois via a mãe com todas as virtudes brilhantes e desejáveis. Contudo, Querenina não deixava de amenizar o seu palpite:
— Só quero que você seja feliz, desejo-lhe o melhor.
— Sempre concordei com a senhora, Mãe, mas conhecer o namorado é a primeira necessidade de um relacionamento amoroso, não acha?. Como vou continuar trocando mensagens com ele, já nos gostamos muito, mas sem nos encontrarmos?
— Não, filha, você está certa. Espero que faça o melhor! Isso foi o que disse.

A história continuava. O telefone, se não tocasse ao meio-dia e quarenta e cinco minutos, hora do almoço, chegavam mensagens via MSN. E na hora de dormir. Todo dia e toda noite, sem uma falta só, mesmo que ocorresse imprevisto chegaria imediatamente, justificativa, como: estava sem internet ou linha de celular; tive que me ausentar; precisei ir a um evento. As justificativas eram de ambas as partes. Ninguém falhava. Brigas? Não, nunca, pelo menos até essa altura do tempo. As fotos passaram a ser trocadas com mais frequência e foi por isso que, Karen conversava a respeito de uma imagem que mandou: ela estava ao lado de dois colegas de trabalho, dois rapazes. Comentou com a amiga Nancy, esposa de Nielsen:
— Ele fez um monte de perguntas sobre o Carlos e o Jerônimo, que trabalham na loja.
E Nancy:
— Já começou o ciúme! Tomara que não siga à frente.

Chegou o Natal e fizeram uma festa particular pelo telefone. Karen, que só bebe sucos, nem refrigerante aceita, fez um caprichado de laranja com adoçante, enquanto Marcos, do lado de lá da linha, abriu uma garrafa de vinho. Ele já está morando em Pinhais há duas semanas. O seu amigo Geraldo, namorado de Antonieta, preparou tudo e agora moram juntos num apartamento. Pagam aluguel, mas estão na expectativa de receber o apartamento do senhor Joaquim, pai de Marcos Aurélio. Ele está sendo pintado.

Também a família de Marcos já estava quase toda no Sul, mais precisamente em Curitiba: Seu Joaquim e Dona Francisca, mãe e pai dele. Coincidência ou não, os pais de Marcos já tinham imóveis no Sul, tanto em Curitiba quanto em Pinhais e também em Londrina. Um desses estava destinado ao Marcos e o amigo Geraldo. Mudariam mais tarde. Joaquim, aposentado, mas ainda empresário forte, vive de alugueis também, com imóveis em João Pessoa e em Recife, além de outros empreendimentos de loteamento e fábricas de “sei lá o que”, como diz Antonieta, que sempre completava:. “Um bem de vida ou bom da boca”, difundia, afirmando que Karen deu sorte até em entrar para uma família simples e rica. Seu Joaquim, autêntico cabeça chata da Paraíba, sempre desejou e conseguiu trabalhar no Sul por causa do clima e de um ambiente mais adequado econômica e financeiramente. Os outros filhos, irmãos de Marcos, dois rapazes e uma moça, ficaram na Paraíba por enquanto.

Os namoradinhos falavam em casamento. Sim. Assunto de todas as conversas. Em formar família. Apesar dos três filhos de Karen com Enéias, ela, com quase 35 anos, queria pelo menos um casal para completar a sua felicidade. Com encontro marcado para daqui a apenas um mês, Karen acabava de receber uma surpresa pelo Correios: a famosa “aliança de compromisso”, que gera uma expressão assim no Facebook: “em um relacionamento muito sério”. 

Além da aliança de prata, chegou uma foto de Marcos com Karen, que ela agradeceu surpresa, assim: “Meu gato, já estamos juntos! Que este sonho se realize!” Obra de um amigo de Marcos, foi feita uma montagem via photoshop e postada na página de ambos. E era nada mais, nada menos que os dois abraçados à beira de uma cachoeira. Paisagem indescritível ao fundo. Nunca tanta sede de amor desfilou pelas páginas internacionais do Facebook, se bem que trocadas apenas entre duas pessoas. Estamos ainda em janeiro e a expectativa do encontro deixava Karen de coração batendo mais forte. Quando abriu o seu Face, em Pinhais, já tarde da noite, o paraibano não se conteve  ao ler que era o gato e que estava junto da gatinha, se inspirou, em forma de agradecimento, por naquele momento, e postou a mensagem: 

“Te amo. Com todas as letras, palavras e pronúncias. Em todas as línguas e sotaques. Em todos os sentidos e jeitos. Com todas as circunstâncias e motivos. Simplesmente, te amo” — assinado: Marcos Aurélio. Nunca, em todo o quase um ano de namoro Karen se emocionou tanto. Chorou. As lágrimas faziam curvas no seu rosto arredondado como se não estivessem querendo cair. Ela não se conteve. Dona Querenina entrou no seu quarto e viu aqueles olhos vermelhos:
— O que é isso, minha filha? O que aconteceu?
— Nada, Mãe! É uma mensagem linda que recebi aqui. Depois mostro à senhora. Preciso aproveitar o momento de inspiração e ver se consigo dar resposta.

E a resposta não tardou: “Que não faltem bons sentimentos. Que nos falte egoísmo. Que nos sobre paciência. Que não nos falte esperança. Que cada caminho escolhido nos reserve boas surpresas. Que cada um de nós saiba ouvir cada conselho dado por uma pessoa mais velha. Que não nos falte vontade de sorrir. Que nenhum de nós se esqueça da força que possui. Que não falte fé e amor.” Assinado: Karen Helena. Depois disso, aliviada pelo susto de uma bater forte no peito, dormiu como um anjo faria, segundo dizeres das mais cândidas amigas.

Mas vem o imprevisível, nos últimos tempos rondando a vida de Karen. Foi o seguinte: Marcos não quis telefonar, alegou que estava muito ocupado com a nova mudança e encarregou a sua amiga Antonieta de resolver o assunto. Assim:

— Karinha, minha filha, tenho uma notícia para você. Nem o Marcos quis dá-la de primeira mão!
—  Meu Deus, o que aconteceu? Diga logo porque o meu  coração bate muito forte!
—  Acalme-se! É o seguinte...

E a ligação caiu. Demora de uns dez minutos e novamente o telefone toca:

— Alô!!! Essa porcaria de operadora de telefonia celular está me dando raiva — esbravejou Antonieta lá das terras de Pinhais.
— Me diga logo, antes que caia a ligação de novo, Nieta!
— É o seguinte: a empresa em que Marcos trabalha o convidou ou o promoveu a fazer um estágio em Portugal. Ele ainda não deu a resposta, mas quer que você se inteire do assunto e dê o seu palpite.
— Nossaaaaaaa! Que loucura! Estávamos pensando em uma ida aí em fevereiro, na data de comemoração de um ano de namoro. Não é possível!
—  Olha, Karinha querida, ele vai conversar com você. Pediu-me apenas para preparar a sua cabeça. Ele vai telefonar-lhe hoje mesmo, à noite, e expor a situação. Pelo que ele me disse, a resposta será sua. Marcos quer ouvir a sua opinião.
— Tudo bem. Vou aguardar. Quem sabe ele muda de ideia, né?
— Ou lhe mostra um planejamento mais interessante. Que tal vocês morarem em Portugal?
— Não sei não, viu? Tenho a minha família, a vida pra mim está mudando muito rapidamente, estou me assimilando, mas mudar de país agora não é meu desejo.

Despediram-se com Karen completamente muda, olhando para o teto, as pessoas fitam-na naquela hora de almoço também assustadas, cada uma com uma cor diferente. Wilton avança sobre ela:
— O que foi, Mãe?
— Nada! Vamos almoçar, querido!

Para aliviá-la — quem sabe! — entra em ação num parêntese, a famosa conselheira particular, a Onça Parda, lá da terrinha chamada Zumbeta e falar de amor. Mas logo uma onça? Ela, que aparece muito pouco, pelo menos é frequente nas ocasiões que ocorrem as emoções. E ela defende o amor incondicionalmente. Diz com euforia e autoridade: “Os brutos também amam”. E o intermediário desta descrição passional pergunta: “Dona Onça Parda, isso é nome de filme”. A resposta da selvagem: “Certo, correto, concordo. E se refere a um ser humano brutalizado. Como sou uma declarada feroz e selvagem, digo que entro no lugar do principal personagem, que é humano que se transforma”. Assim, a onça quer dizer que o amor existe entre os animais irracionais assim como os racionais, que se propõem a ser realmente humanos. Graças às palavras do segundo maior felídeo neotropical, menor apenas que a onça-pintada, pode ser esclarecido que amar por correspondência ou online também é amar. Depois de deixar a sua mensagem, a Onça Parda fecha o parêntese e se despede.

Chega a noite fatídica e Karen não tinha mais paciência de aguardar o chamado de Marcos. Mas, finalmente, lá pras dez da noite, a ligação ocorre:

— Alô, Karinha!
— Alô, Marquinhos! Não aguento mais esperar. O que está  acontecendo? Antonieta me massacrou com uma notícia que acaba com a nossa possibilidade de nos ver em fevereiro. Você não pode fazer isso comigo! Vem cá, pelo amor de Deus!
— Não, meu amor! Vou viajar para Portugal amanhã. É uma oportunidade que nunca mais terei na vida. Vou trabalhar numa empresa em sistema de treinamento e ao mesmo tempo de monitoria. Ou seja, vou ensinar e aprender. Nada está selado como definitivo sobre ficar lá ou não. Faço-lhe uma  promessa: já conversei por telefone com diretores da empresa e eles autorizaram a minha vinda em fevereiro ao Brasil. Então, desde já, adianto a você que o nosso encontro não está adiado. Palavra de honra que estarei aqui no país com você.

Foi um alívio para Karen que está cada vez mais apaixonada. Deixava transparecer, embora dissesse pouco. E aí estão as maravilhas acontecendo. Falta o quê? Logicamente, a promessa do encontro. Anteriormente, o dia 13 de fevereiro tinha sido marcado, agendado. Onde seria? Os detalhes iriam ser acertados mais na véspera. Agora o que interessava é que dois pombinhos seriam soltos em algum lugar de Belo Horizonte, ou Cata Prego, ou onde fosse, até mesmo no Jardim Zoológico.

Uma vida toda mudada. Karen nada queria mais na vida fazer, principalmente naqueles dias. Uma expectativa que não a deixava concentrar-se sequer no trabalho. Dia desses deu um troco errado para uma cliente na loja. Sorte que era amiga dela e também honesta. Seria um prejuízo para si própria, pois o caixa diário não fecharia. A menina tentava se concentrar, mas não conseguia.

Outra vez foi a uma lanchonete no centro da cidade e pediu um suco e uns salgadinhos. Depois um chocolate  — como ela ama essa guloseima! Ao sair, não pagou a despesa. Em compensação, esqueceu a bolsa numa cadeira. A movimentação de clientes na lanchonete ainda permitiu um milagre: uma garçonete pegou a bolsa e guardou. Junto dela estava a “comanda”. A bolsa foi aberta e lá estão, de cara, documentos de Karen. Em poucos minutos, ela recebe um telefonema. Era do local em que havia lanchado. Imediatamente, ela retorna e lá paga a despesa.
— Meu Deus, não sei o que está acontecendo comigo! — exclama com a balconista e a caixa.
— Fique tranquila, moça, você é de confiança! — essa a resposta que recebeu.

Conversas todos os dias. Desta vez internacionais. Falavam mais por mensagens escritas. Acertaram, finalmente: 13 de setembro, domingo, à tarde, Marcos chegaria ao Aeroporto Presidente Tancredo Neves, em Confins, região de Belo Horizonte. Só faltava confirmar a hora da chegada. Grande dia seria. Ela de aliança de compromisso e esperando que ele chegasse assim também. Haveria um abraço e um beijo cinematográficos. Karen já conhecia Confins de algumas viagens. Queria ir lá sozinha, mas Antonieta se adiantou e disse que iria com o seu namorado Geraldo Bonifácio.

Nas conversas entraram as belezas de Lisboa. O rapaz estava, parecia, também apaixonado pela terra de Camões e Fernando Pessoa. Lá ele conheceu grandes paisagens e se encantou com a educação do português. Não era um povo de que diziam absurdos como, por exemplo, piadas. E estava programando passear um dia com Karen nas cidades próximas, como Aparecida, de que ouvia falar belezas e mais belezas. Ele católico meio relapso e Karen mais dedicada um pouco, achava que gostariam de passar pelo menos algumas horas na cidade, distante cerca de 100 quilômetros. Ele descrevia as belezas de Portugal para a namorada, ao telefone. Aos poucos ela começava a gostar, também da cidade.

Contudo, vai chegando a hora do casal no Brasil. Hoje é 10 de fevereiro de 2010. O telefone toca e Karen se precipita para atender, atropelando cadeiras e mesas. A voz do lado de lá é de Antonieta, cujo zunido desaparece num segundo. Karen repõe o aparelho no gancho. Espera tocar novamente. Não toca. Resolve discar o número de Antonieta. Telefone ocupado, é o sinal que recebe. De novo no gancho, o telefone fixo da casa de Dona Querenina não toca mais. “Cadê o meu celular?” Wilton, seu filho, corre ao seu quarto onde ele toca também.  Atende-o e dispara escadaria abaixo para entregá-lo à mãe. Karen diz um alô quase afônico, já que aquele momento estava um tanto quanto tenso. Antonieta dá uma informação do lado de lá.

E Karen emudece. Esfria. O que aconteceu? Não acredita. Olha para cima e para os lados procurando constatar se era mesmo verdade a notícia que recebia. Nem um pio sai de sua boca. Respiração funda começa a chorar.

— Meu Deus! — só isso diz e parece desmaiar no sofá. Silêncio...

Nenhum comentário:

Postar um comentário