segunda-feira, 24 de julho de 2023

CONHEÇA PÉ DE PATO E APRENDA COM ELE A GANHAR ELEIÇÕES

Super herói atua de maneira completamente diferente de outros marqueteiros, só fala a verdade e age de acordo com o ataque adversário



Já foi falado — e muito falado — quem é o senhor Joaquim de Tal, conhecido em todas as rodas da região de Itabira pelo epíteto estrepitoso de Pé de Pato? Ele gritava, berrava, urrava quando ousavam mexer com a sua quietude.

Em via das dúvidas, vamos, de novo, contar parte da vida dele e esclarecer sua inacreditável façanha: derrotou o chamado “Invencível Jack Som Legal” de um só tapa, na eleição de 2000, à  Prefeitura de Itabirona da Serra sem Cauê (pedimos licença ao inventor desse nome, o insuspeito MMP). E vamos aos nossos objetivos.

Pé de Pato era um personagem nota zero. Ou melhor, mil zeros antes de zero. Ninguém dava conversa para ele até a data fatal da tal de convenção dos partidos de Itabirona, embora soubessem todos que era uma moça se cultivado, mas um capeta se cutucado. Melhor dizendo, Pé de Pato era um fantasma frequentador de currais eleitorais, ou também chamado de “Piolho de Comitê”, sempre à espera de dar o “pulo do gato”

 

COMO ESTAVAM AS PESQUISAS?

 

Jack Som Legal  (criação MMP) estava tranquilo da silva até aquele momento da decisão de quem seria o seu adversário nas escolhas eleitoreiras. Ele já estava decidido: candidatíssimo a re-prefeito de Itabirona. No comitê correspondente o quadro era este: todo mundo que chegava deveria trazer uma informação. Hora de fechar a urna da decisão, o momento foi de uma notabilidade a toda prova.

Jack Son e seu vice, Zemô, de olhos na porta. Demais fanáticos do partido de boca aberta como se fosse chegar e abocanhar um prato de comida. E, na verdade, era mais de meio-dia e barrigas roncavam, principalmente a de nosso herói, ou seja, de Pé de Pato, que cochilava despreocupado no banco da sala e soltava bafos esbaforidos que produziam piscar de olhos ininterruptos pela alto volume de impulsão.

Lá fora, bem no estilo de toda a campanha, brilhava um outdoor, que mostrava resultado de pesquisa: Jack Som Legal 79%; Li Sem Guerra (11%) e Indecisos (10%). Diante desse quadro, a turma adoidada já comemorava uma vitória antecipada. Ainda mais, quando chegou a “notícia bomba”.

                           

                               A NOTÍCIA QUE PAROU ITABIRONA


 

Foi assim: Zuzim Empadeirado era o portador da bombada. Ele engasgou, triplamente emocionado, deram-lhe um copo bem cheio, ou melhor, uma caneca de água quase quente. Ele bebeu e cuspiu como um Quincas Berro D’Água do romance de Jorge Amado. Tossiu seis vezes e, finalmente, desabafou: “O candidato deles é o Rualdo de Esmagalhães, que tem menos de 5% na nossa pesquisa”.

Soou um foguetório de fechar de fumaça o centro de Itabirona. Começa o buzinaço de uma prevista carreata. Gritos estridentes corriam na frente das comemorações. Enquanto os atropelos de cadeiras e mesas se sucediam, os que restaram olharam bem nos olhos e na boca do candidato que era o vencedor inquestionável e ele soltou a frase do ano, que valeu quatro anos de uma derrota implacável: “Se eu soubesse que seria barbada assim, lançaria o Pé de Pato!”

Aí veio a desgraça do então prefeito até 31 de dezembro de 2000: Pé de Pauto estava “chapado” nada. Num minuto sobressaltou-se do banco em que fingia dormir e soltou o seu urro previsível por quem o conhece com as palavras: “Então sou eu mesmo e, se não for eu vou pôr pra quebrá!”

Pé de Pato, na verdade não foi pra lado nenhum, mas, simplesmente, botou pra quebrar de seu jeito. Desse jeito falamos depois, mas é preciso ter cuidado com a  onda Pé de Pato que se expande como um surto de dengue ou gripe de carrapato. É por isso que Pé de Pato avisa: “Não mexam comigo não, sinão eu entro e arrebento!”.

José Sana

Em 24/07/2023 Em 24/07/2023

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