Apresento, a quem topa encarar esta listagem de desafios a princípio
composta de 11 questões que requerem
respostas de autoridades, entidades, cidadãos itabiranos e de quem quer que
seja, principalmente políticos:
1. A Vale abriu o
processo “fechamento de mina”, que significa, segundo se pode deduzir e
comprovar, o processo de desativação total de minas, que envolve a remoção de
infraestruturas e o encerramento da atividade mineral. Apresento uma listagem
de 11 questões que seguem e pedem respostas de autoridades. Automaticamente, o
município em que se dá a situação não teria que acompanhar, paralelamente, as
ações técnicas? E por que não se faz esse trabalho em Itabira?
2. O “fechamento de
mina” envolve o acompanhamento da parte afetada pelos resultados sociais da
iniciativa. Por que Itabira ainda não participa desse fórum de soluções
econômicas?
3. Itabira está em
processo de inauguração de dezenas de praças, algumas desnecessariamente, pois
que consomem gastos de milhões de reais.
Como serão mantidas essas praças, sabendo-se que todas as construídas pela
Vale, em atendimento à Licença de Operação Corretiva (LOC), foram depredadas
pelo uso e abuso, porque não foram cuidadas. Serão daqui para a frente vigiadas
24 horas por dia?
4. Diante da
ocorrência do item 1 desta lista, a arrecadação municipal será radicalmente
afetada, haverá uma recaída drástica de receita. Como serão supridos os valores
para pagamento do funcionalismo da Prefeitura, do Saae, da Itaurb, dos
pensionistas e aposentados?
5.Os vereadores que
consomem gastos altos para sua atuação no sistema legislativo continuarão
recebendo pagamentos pelo trabalho. onde virão os valores para cobrir as
despesas, sabendo-se que o fechamento de minas consumir mais que o orçamento atual?
6. Com a falta de
recursos da queda drástica de impostos e outras fontes de arrecadação, como
sobreviverão o comércio e as pequenas indústrias da cidade?
7. Itabira tem,
hoje, grande número de condomínios espalhados pela cidade, até na periferia.
Com o esfriamento da economia, ficará a maioria fechada por falta de moradores. O que será dos
prédios abandonados ou caindo seus valores no mercado? A Prefeitura reconhecerá
a desvalorização e reduzirá drasticamente os valores hoje cobrados de IPTU?
8. Itabira não tem
água para sobreviver até por volta de 2026, ou mais adiante. É o ponto chave
para atração de empreendimentos. Caso a Prefeitura se preocupe com a questão
econômica, a falta de água não constitui mais um obstáculo para o
desenvolvimento? Significa que agir no sentido de atrair empreendimentos agora
seria perder tempo?
9. Grande dúvida é,também,
a Universidade Federal de Itajubá (Unifei). É, à primeira vista, o grande
empreendimento que pode alavancar, junto da Faculdade de Medicina, a opção da Cidade Universitária Itabirana.
Mas o prefeito já declarou que não investirá em iniciativas federais. Há uma
solução para essa intrigante e preocupante questão?
10. O governo reeleito tem anunciado que a sua
concentração de esforços será em um
ou mais distritos industriais.
Somando-se a produção e o rendimento dos
DIs que funcionam, ou dobrando a arrecadação de ambos existentes, não seria
esse um caminho ainda insignificante para recuperar a economia itabirana?
11. Dependendo de outras respostas, o governo
municipal não pretende voltar suas vistas para o Parque Científico e
Tecnológico (sequência da Unifei), Porto Seco e Aeroporto Industrial, que
constavam de projetos anteriores a este governo?
PS-1.: Este documento, que será registrado em
cartório, com novas assinaturas ou sem elas, abre a participação a todos os
itabiranos, especialmente órgãos públicos e sociedade civil organizada, que
queiram acompanhar e transformá-lo num manifesto que a cidade requer ou não
requer.
PS-2 Que a minha alma e dos que amam Itabira tenham
o pensamento do futuro e a certeza de que se não houver união jamais seremos
uma nova comunidade num futuro que bate à nossa porta.
PS-2: Para qualquer mudança, corte, alteração,
deixo o meu telefone/WhatsApp: 31-99529-8235.
Itabira, 10 de outubro de 2024.
José Almeida Sana
Foto: Arquivo N.S.
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