Vamos saber, primeiramente por meio de um
ET, por que os fantasmas sumiram de
nosso dia a dia e depois contaremos o caso ocorrido em 1956 na zona rural do
distrito
Estamos no ano assombrado de 1956. Inicialmente, vamos
saber o porquê naquele tempo havia crença viva em fantasmas, que os casos eram
inegáveis, super verdadeiros, a exemplo de um ocorrido naquela sexta-feira, 14
de abril do ano citado.
Uma das provas da existência de almas do outro mundo
pode ser remetida aos anos passados em que não só a chamada realidade era viva
como também os “habitantes do espaço” se apresentavam em período como
atrasados. Diria que a realidade e a ficção se confundiam nas almas de dois
mundos. Realmente, fantasmas eram
ouvidos, vistos e sentidos. No decorrer
do tempo, esses espectros foram desaparecendo, graças à evolução no dia a dia.
O Espiritismo esclarece dúvidas sobre a questão. Consulte quem assim o desejar.
MANUEL BISPO NASCENTES
Trata-se de um senhor proprietário de terras chamado
Manuel Bispo Nascentes. Morava e deixou descendentes no confrontamento dos rios
Santo Antônio com Preto, na localidade chamada Barra. Nas proximidades existia
uma grande barca de propriedade do senhor José Augusto, conhecido pelo povo
como Zé Augusto da Barra. Ele tinha e deixou uma família bonita e grande. Eu
mesmo já vez a travessia, indo para Brejaúba, no encontro dos dois rios, então
caudalosos e perigosos naquele tempo. Hoje, quando chove muito, transformam-se
em um mar doce que já levou muitos para o além, de onde falamos agora.
Manuel Bispo nunca acreditou em assombração, senão naquela sexta-feira assombrada, o dia
mais citado até por Machado de Assis, na sua sempre assombrosa meia-noite. “Seu
Manuel”, tinha o costume de montar sua mula boa de sela e ir ao distrito de São
Sebastião do Rio Preto jogar pôquer (ou poker). O arraial era um verdadeiro
cassino (ou casino) nos fundos de vendas. O pôquer sempre considerado o mais
popular jogo de baralhos do mundo era praticado por todas as classes, da pobre,
passando pela mediana à elite.
No arraial Bispo apeava onde tinha um convite mais
quente para o jogo de azar. Fazendeiros, sitiantes e comerciantes assentavam-se
como no faroeste americano em cadeiras juntadas às mesas. A madrugada chegava,
animais batiam os pés, a cerração cobria o ambiente e as jogadas continuavam.
Havia quem perdesse “até as cuecas”, como diziam os seguidores das mesas
chamados de “sapos”.
Lá pela zero hora da madrugada, naquela noite, Manuel
Bispo resolveu parar de jogar. Não havia perdido nem ganhado, considerava-se
parte de um “empate seco”. Puxado por uma força estranha, abandonou o jogo,
montou a mula pelo de rato e partiu de volta à sua casa localizada a cerca de 6
km.
ASSOMBRAÇÃO AO VIVO E A CORES
Em lá chegando, localizou, à distância, um “ambiente
esquisito”, como definira depois ao contar o que se passara ao redor da
propriedade rural. As luzes de lampião e lamparina piscavam em parar,
inexplicavelmente. Aproximou-se, curioso cada vez mais, começou a ouvir
barulhos esquisitos que pareciam estar destruindo a moradia. Chegou com
calma, apeou do animal, amarrou numa estaca
e ouviu gatos miando, galinhas saltando do galinheiro, cães latindo, a mulher e
filhos gritando, vozes rezando. Mais encucado ficou o fazendeiro naquele lugar
em que sempre viveu.
Bispo (que tinha bispo apenas no sobrenome e não era
um prelado) recordou por segundos uma conversa que tivera, na véspera com o
amigo Antônio Simeão, que morava a pouca distância de sua casa, sobre a
curiosidade das assombrações, a qual era comum na linguagem popular. E essa
cena passou por sua cabeça.
Empurrou a porta da cozinha como os pés, pelos fundos,
e entrou gritando sem receio de ser algum ladrão ou mesmo assombração, como
parecia: “O que está havendo aí?” — fez o questionamento sem resposta. Viu a
família toda agarrada um e uma no outro e outra, a esposa puxando uma Ave-Maria
devotada e concluiu que as vasilhas da cozinha todas pareciam quebrar-se, os
vidros e canecos ou metais tilintavam, ele e outros corriam para ver e
encontravam tudo no lugar, nada de quebra-quebra. Da cozinha sentia que a barulhada voltava
para a sala, eram aparentemente arrastadas mesas e cadeiras, as janelas batiam,
ventava como nas enxurradas costumeiras em beira de rios.
E assim foi a noite toda, até que de manhã, Manuel
Bispo resolveu expor mais a sua coragem
e soltou, aos berros, a seguinte proposta entre mundos: “O que vocês querem?
Podem dizer se desejam reza, ou oferta em dinheiro, ou missa, o que precisamos
fazer? Várias vezes deu o grito e esperava resposta, em vão.
Ao romper da alvorada veio a resposta ao seu pedido.
Uma voz
repetiu no ar a frase que serviu para uma tomada de decisão:
“— Clé... Clé... Clé ...” cantaram as assombrações e
voaram como pássaros assustados.
Restou ao patriarca montar de novo sua mula e ir ao
arraial. Lá procurou o Padre Raul e lhe encomendou uma missa como solicitada
pelo real espectro de sua noite sem dormir, assombrada e que ficou gravada para
sempre na história do arraial, futura cidade de São Sebastião do Rio Preto.
Zé do Burro
9/5/2042
Imagem: redes sociais
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