Itabira sem futuro é a cara do prefeito. Valério
pode durar mais que dois meses, garante o mesmo imediatista. Iluminação é a
conta de bater palmas para a diretoria nepotista
“No dia
22 de novembro de 1942 um grupo
de pessoas simpatizantes do esporte, resolveu fundar um clube de futebol, ao
qual deram o nome de Valeriodoce Esporte Clube, nome esse que representa o
endereço telegráfico da Cia.” (Fernando
José Gonçalves em seu livro autobiográfico ‘A vida que Deus me deu’ /2002).
Com certeza, o então presidente da CVRD, que
fundou o Valério, Israel Pinheiro da Silva, tremeu em sua sepultura de Caeté ao
ver a bizarrice que hoje se transcorre escandalosamente aos olhos do mais
simples cidadão. O artista principal do circo é aquele que se tornou dono da
cidade, que investe no VEC e aparece mais que seus comandados.
Para fechar o espetáculo, Marquinho Lage, o
baixinho, é lançado, a mando de “agradecidos amigos”, candidato a deputado
federal, tendo como amostras de trabalho o que vemos aí: nada fez e nada faz para o futuro, fora a demonstração “tipo
lero-lero”, como dizia um vereador lutador.
Nunca, na história de Itabira, existiu um
prefeito assim e que até dirige, dentro do picadeiro, tratores, pás
carregadeiras, motoniveladoras e outras máquinas, já que não sabe ser gestor de
nada. Ainda recebe palmas. Não conheci na vida um só prefeito que não fosse bajulado, mas conheço
um que exige este respeito: “Ou me adoram ou rachem fora!”
Se um cidadão qualquer (e muitos já fizeram
isso) resolver questionar um a um a um os torcedores valerianos que lotam o
estádio, fazebdi esta pergunta: — “Qual Valério você quer, o que disputa
durante dois meses e luta para chegar à Divisão Principal do Campeonato
Mineiro, ou o Valério eterno, definitivo, que caminha com as suas próprias
pernas?” — com certeza a resposta seria dada à segunda opção.
UM VALÉRIO PROVISÓRIO
Marco Lage eleito, o que fez? Reformas de
escolas, pracinhas, pinturas de escadarias, festanças e gastou mais de R$ 4
bilhões, como se tivesse montado uma fogueira de queimar reais, dólares e euros
no terceiro andar do Paço Municipal Juscelino Kubitschek de Oliveira. Sem
repertório na cabeça sem miolos, eu já disse que está se notabilizando como
real sapequinha de dinheiro.
O Valério entrou na rota de pequenos feitos.
Poderia ser alvo de um projeto sério, não tão imediatista como todas as ações
do senhor Marco Lage, as quais, todos já sabem, não são criadas pela cabeça
dele, mas de uma outra criatura (ou desgoverna) desde 2021 e tem algo maligno
como testa de ferro, laranjinha azeda,
Nesse ritmo e filosofia foi criado o Valério
provisório de Itabira, que citam anos passados como ausente do estádio. A cabeça
e o nariz são empinados, alugam um time que a região chama de “enxerto”, trazem
alguém da família para dirigir a turma com contrato de dois meses. No contexto
praticam o mais claro e detestável nepotismo que um governante poderia ter a vergonha
de assumir. Os seus quase 80% de aprovação nas urnas parecem lhe dar o direito
de ser ditador e atropelar a lei.
Apagam-se as luzes do espetáculo. Quem sabe o
Valério vence o Módulo II; em seguida disputa o Campeonato Mineiro, ganhando de
América, Atlético e Cruzeiro; entra na Série A do Brasileiro; vence a
Libertadores e vai a Dubai ser Campeão do Mundo?
Burro do Zé
Em 29/05/2025
Fotos: Arquivo
PS — No fechamento deste texto, recebi um
telefonema informando que a diretoria do Valério demitiu o treinador. Não vi
valeriano algum vibrar. Desconfio que a torcida estava aguardando o veto à
presença de Marquinho Baixinho nos jogos do VEC. O motivo não se sabe, parece
que se trata do fator pé frio.
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