A moda do
momento é citar pesquisas. Qualquer levantamento ou afirmativa ou conclusão se
baseia em outro levantamento, mais consistente que qualquer afirmativa ou
conclusão. Essa é a regra do registro científico. Em outras palavras, para
alguém provar que ninguém sabe nada, basta recorrer a Sócrates (Grécia, 470 a.C
— 399 a.C) em sua declaração máxima, publicada primeiramente por Xenofonte
(Grécia, 430 a.C. — 355 a.C), depois por milhares de outros inteligentes e
burros, inclusive eu, e também pelo senhor Google, que se resume no seguinte:
“Só sei que nada sei”.
Poderia terminar
aqui o meu texto, considerando que nada sabemos. Teimoso que sou, não por ser
capricorniano, mas porque optei pela filosofia da insistência, me propus provar,
cientificamente, que alguma coisa, ou muitas coisas estão erradas dentro das
referências a pesquisas que são sustentáculos de muitas afirmativas. O sujeito
assenta-se diante de um computador, pega um DataQualquerCoisa e escreve cada fábula mais absurda que outra. Outro dia li que no Brasil existem 85
milhões de pessoas acessando diariamente a internet. Grande mentira! E vou
provar de todas as formas possíveis que puder que a verdade passa e trilhões de quilômetros desse que é mais agudo que os chutes saudosos do Éder ou do Nelinho.
Imaginem onde
foram tirados estes números: 85 milhões! Absurdo grotesco. Tenho 1.200 seguidores aproximadamente
no Twitter e mais 860 amigos no
Facebook. Esses são números que nada representam. Mais que eu, o presidente
Alexandre Kalil, que talvez nem saiba ligar um computador, tem 600 mil
seguidores no Twitter. Também não existem tantos desocupados assim atrás do
diretor do Galo. Mais verdadeiro ou sincero é o Fernando Silva, meu amigo,
infelizmente cruzeirense, que me confidenciou o seguinte: “Quem me segue é
somente o Chiquinho (seu cachorrinho de estimação), mesmo assim quando estou
comendo alguma coisa”.
Tenho centenas
de pessoas para as quais envio e-mails. A maioria, inclusive jornalistas, diz
de cara limpa que “este mês ainda não abri os meus e-mails”. Sei que alguns
ficam jogando o dia todo e nunca sabem o que fez a presidenta Dilma naquele
dia, sequer conhecem quem matou quem no Alto Pereira, em Itabira, ou se houve
menos de dez acidentes na BR 381, fiscalizada por outro amigo, também
cruzeirense, o artista, fonomixador, criador de marketing, estilista e
confeiteiro Marcos Martino. Tenho uma amiga chamada Sirlene Barcelos Amorim que
se tornou minha quase inimiga por ter declarado guerra à internet e se
candidatado a presidente da Sinet (Sociedade dos Inimigos da Internet).
Baseado nestes
fatos citados e, principalmente, em outros que não cabem neste espaço, declaro
de bom tom, com raiva e mais do que puto da vida, que a internet é mais
resistente que todas as invenções do homem, desde o fogo até o carrinho de mão,
motor, rádio e daí ao avião, telefone, TV e outras transformações e invencionices.
Assim, cientificamente, provo que o Homem de Neanderthal ainda existe,
perambula por aí, está entre nós e só acaba se ocorrer outro dilúvio, se é que
algumas enchentes mundiais destrutivas ocorreram de verdade em nossa misteriosa
história humana.
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