Como
qualquer brasileiro comum, gosto de futebol, de samba e de praia. E sou metido
a dar palpite em tudo. A maior das teses já transformadas em lei, nesse
quesito, chama-se “Eu acho”. De “achismo” em “achismo”, cada ser vivente pensa
uma coisa e, ocasionalmente quando acerta, solta logo um “Eu não falei?”. A
conclusão da lei é essa.
Futebol
é uma ilusão. Mas a vida também o é. Alguém, que não sei quem, escreveu, vejo
sempre por aí, o seguinte: “O futebol é
o que há de mais importante das coisas menos importantes da vida”. Partindo
daí, acredito piamente que vale a pena uma página sobre o assunto. E me apego às
especialidades nas profissões, as quais fazem a verdade do mundo, cuja verdade
é também uma invenção de nosso pensamento.
Quer
dizer que um otorrinolaringologista entende de ouvido, nariz e garganta. Um
engenheiro de pontes, entende de, no máximo, além de pinguelas, de viadutos; às
vezes pode construir uma casa, mas não tem diploma especializado para tal. Um
dentista de canal entende de canal, de gengivas, e talvez não faça dentaduras,
até porque estão saindo de moda.
Na
área artística, alguém sabe pintar a óleo; outros desenham artisticamente;
muitos fazem quadros a pincel, grafites idem; admiramos os chargistas que, além
de desenhar um quadro engraçado, tem
personalidade pública para entender o engraçado do cotidiano, principalmente na
política. Em futebol, há os bons de bola; mas entre esses existem aqueles que
são habilidosos ou os brucutus; uns defendem, outros armam jogadas e alguns
atacam.
Estendendo
para o futebol, é simples entender que um time tem característica defensiva, de
jogo na intermediária ou de ataque. O que leva muitos times a derrotas
massacrantes ou simples é exatamente o treinador deixar de se preocupar com o
seu time e passar a dar olhos e ouvidos à equipe adversária. Entrando
especificamente no Clube Atlético Mineiro, há, neste momento (hoje, sábado, 6
de julho), o entendimento de que o Galo está em caída de produção (Ver Jaeci
Carvalho no jornal Estado de Minas de hoje). Discordo totalmente do que dizem e
escrevem acerca do tema.
O
time de Cuca sabe atacar. Defende bem porque a bola fica retida no campo de
frente, com constantes perigos de gols no adversário. Quando o time vai a um
jogo mais difícil, mestre Cuca quer neutralizar o adversário e arma o Galo na
defesa. Foi o que sempre aconteceu, principalmente depois que surgiu o quarteto
Ronaldinho, Tardelli, Bernard e Jô. Mais esclarecidamente, isso ocorreu na última
quarta-feira, em Rosário, na Argentina, quando a equipe alvinegra perdeu por 2
x 0. Normalmente, no Independência, salvo algumas partidas, o Atlético só joga
ofensivamente. Por causa disso está invicto no Horto e se criou o slogan forte
#CaiuNoHortoTaMorto.
Não
sou técnico de futebol, apenas um curioso e observador atento. Já pratiquei em
certas posições muito mal e em outra razoavelmente nesse esporte. Não sou dono
da verdade, mas submeto à apreciação de outros entendidos a minha tese. Se
alguém me fizer total objeção, já tenho uma resposta pronta e direi que é verdade
a louca frase: “Se lhe dói o dente vá ao barbeiro”.
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