terça-feira, 2 de julho de 2013

Conheça o deus verdadeiro, caso se interesse, é claro

Não é necessário contar a história verdadeira de um deus a partir das mais remotas eras. Desde a Idade Antiga esse deus existe incontestavelmente e simboliza o poder de acordo com a sua quantidade em números. Aqui não vou perder tempo com isso. Há muitas fontes de consultas sobre essa história e se torna fácil entender o seu porquê e a sua importância.

Da humanidade politeísta à monoteísta pode ter demorado algum tempo vasto, mas o entendimento de cada sentido religioso também se estampa como de fácil interpretação. Também não vou me delongar nessas mudanças ocorridas através dos tempos. Nem vou me deter na história do capitalismo, que transformou o mundo em um hostil e sistemático meio de opressão e ao mesmo tempo ostentação. Quem quiser parar por aí basta consultar dezenas de autores famosos, de Marx a Hegel, passando por dezenas de outros que influenciaram as suas hipóteses e teses.

Quero chegar aos dias de hoje, tempo em que o Deus verdadeiramente amado  já pode ser entendido como uma força maior da natureza, a que criou e transformou (por meio de nós) o mundo. Para a insensibilidade só cabe o ateísmo, ou seja, para ele Deus inexiste porque sensibilidade é mais que uma nova faculdade, ela é que faz criar novos sentidos, novas fontes de interpretação, ou a realidade mundana em si. Também salto a abordagem dos céticos. Tal figura não me interessa nestas curtas linhas.

Desde quando me entendo por alguém no mundo tenho observado que há algo muito amado na face da Terra e que o adulam como um deus invisível no todo e super perceptível no tato. Não há nenhum escrúpulo: a zona rural, a cidade, o estado, o país — tudo se desperta pelo alvo do dinheiro. O médico, o advogado, o engenheiro, o técnico, o professor, o jornalista, o operário de obras urbanas, o que constrói casas e edifícios, o comerciante, o balconista, o contador, o faxineiro, o cozinheiro, enfim, todos, detêm várias maneiras de fazer alguma coisa, mas o objetivo de todo o trabalho é o dinheiro.

Você sai de casa e vai trabalhar. Se não existisse o dinheiro, provavelmente, ninguém olharia a hora para caminhar, pegar uma condução qualquer, assinar ou bater o ponto. Ficaria em casa, ou sairia para visitar alguém e mesmo conversar na praça. Mas existe a padaria, você vai lá busca o pão, antes de sair, paga o seu preço. Em casa fala-se no emprego, no serviço, no trabalho, tudo movido a dinheiro.

Também não é preciso falar muito sobre o dia a dia para dizer que tudo é dinheiro: — Quanto você ganha? Quantos imóveis e veículos tem? Quanto paga de despesas para manter a casa? Você tem plano de saúde? Quanto paga? Ah, morreu? Tem que comprar flores e caixão, há também o custo de morte que se defronta com o custo de vida. E tudo é dinheiro que, se você o tem, ou antes dele detém uma parte do poder, então você é poderoso, bonito, respeitado. É pobre? Este não venceu na vida, não está bem de vida.

E por aí vai... Só quero concluir, sem medo absoluto de errar, que este em que vivemos é o planeta da hipocrisia, onde se diz que faz uma coisa, mas, na verdade, se faz outra tarefa diferente. Aqui neste mundo só tem o Deus Dinheiro, então, deveríamos nos calar porque esta vida nada tem de verdadeiro, pelo menos sob o domínio de um deus falso e que pode chegar a nós por meios ilícitos e até violentos. “Dinheiro, amo-te acima de tudo!” — eis aí a oração que o mundo inteiro reza todo dia e quase toda hora. 

Sem contestação. E, para ansiar qualquer mudança, nunca se chegará a ela se não for abolido, suprido, retirado o adorado amor de nossas vidas. Como? Você decide e de minha parte, não sei. Fim.

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