Quem me conhece na intimidade sabe que vivo desejando Feliz Natal a todos os
amigos, a partir de 26 de dezembro de qualquer período a 24 do mesmo mês no ano seguinte.
É um costume que adotei desde criança por ter achado graça nesse cumprimento para apenas celebrar um dia, embora seja uma festa significativa, mas que se exaure
num piscar de olhos. Seria para mim o cumprimento apenas uma ironia
inventada por uma criança sem maldade e curiosa com a cultura popular.
Até que, recentemente, apareceu o conjunto musical Roupa Nova e, com uma melodia contagiante, deu a verdadeira mensagem que sempre, do berço aos cabelos brancos, quis deixar para todos, com exceção do sarcasmo...
“Um clima de sonho se espalha no ar
Pessoas se olham com brilho no olhar
A gente já sente chegando o Natal
É tempo de amor, todo mundo é igual
Os velhos amigos irão se abraçar
Os desconhecidos irão se falar
E quem for criança vai olhar pro céu
Fazendo um pedido pro velho Noel
Se a gente é capaz de espalhar alegria
Se a gente é capaz de toda essa magia
Eu tenho certeza que a gente podia
Fazer com que fosse Natal todo dia
Um jeito mais manso de ser e falar
Mais calma, mais tempo pra gente se dar
Me diz por que só no Natal é assim?
Que bom se ele nunca tivesse mais fim
Que o Natal comece no seu coração
Que seja pra todos sem ter distinção
Um gesto, um sorriso, um abraço, o que for
O melhor presente é sempre o amor
Se a gente é capaz de espalhar alegria ...
Natal
todo dia ... (todo dia é Natal).”
Uma pena que muitos não compreendem o valor da data. Logo hoje, um
dia após a comemoração, já ouvi várias
pessoas dizerem que foram bem de Natal e que até não foram bem. Olhem só o que
me disse determinado amigo agora: “Este ano fui mal de Natal porque comi uma
maionese estragada.” Engraçado, não é? Como se o Natal estivesse no estômago do
rapaz, oh, meu Deus!
Uma outra pessoa me disse offline
que não comemora o Natal porque a data é falsa. Nossaaaaaaaaaa! Olha, não
importa que algo seja falso neste mundo porque tudo é pérfido, totalmente
imaginário aqui no globo terrestre, até que encontremos a verdadeira noção do
verdadeiro. Não reparou que cada ser nasce e assume uma consciência coletiva do meio em que vive?
Um nome,
que pode mudar no trajeto de uma rua, de uma ida simples ao cartório do
registro civil? Nosso nome de cartório e pia batismal não é fruto apenas de uma
busca, sugestão, ideia, algo nada concreto, cem por cento subjetivo? Que, no
meio de uma imaginário espaço de opinião, tudo é diferente, nada unânime, em cada lar, ou lugar, ou país, ou continente, quer dizer que ainda não existe a
consciência plena a vigorar.
E a nossa meta é encontrar esse caminho ou objetivo. Quebremos a
cabeça até que, como diz o ditado, “Água mole em pedra dura, tanto bate até que
fura.”
E, atenção, já existem pelo mundo, vagando, ainda em lutas, muitas pedras furadas por águas persistentes.Viu seu Mané? Feliz Natal!