domingo, 14 de dezembro de 2014

VOCÊ TEM A CERTEZA DE QUE ESTE MUNDO É NOSSO?

Vou começar com um exemplo para que cada um reflita. Vai uma  pergunta: alguém já teve uma visão mais ou menos assim você chega a uma cidade qualquer e, imediatamente, ou mesmo depois de algum tempo,   percebeu  um fato estranho acontecendo ao seu redor? Fica numa aflição medonha e, sem querer, diz uma frase condenatória daquele lugar, e tem a vontade de ir embora? Arrisco que, com  absoluta certeza  isso  ocorre ou ocorreu com muitos e muitos.

Assim, também,  sinto  um  agudo mal-estar. Vez por outra, praticamente todos os dias, sou capaz de escrever num caderno e enchê-lo da frase: “Eu não sou deste mundo!” Começo, então, a encontrar  razões incríveis, que ficavam escondidas, para garantir a certeza do que penso. São milhares de fatos que desfilam com muita clareza em minha mente. E me vejo incapaz de combater a veracidade dos exemplos, muitos, por sinal.

Nascemos e morremos.  Então não somos daqui. Daqui sempre, o fantasma da morte  iria  para o raio que o  parta. Aqui tem dor demais. Num mundo totalmente nosso não haveria pesar algum nem tristeza, porque, então, o criador não gostaria de nós. Com absoluta certeza, Deus não criou este mundo. Se criou, com certeza não foi este em que vivemos, que se transformou por culpa nossa. Mas Deus existe. Existe porque não há efeito sem causa — esta é uma lei natural incontestável —e se participou da criação deste mundo foi apenas para resolver problemas que inventamos no decorrer de séculos e milênios.

Agora, a esta altura do tempo,  batemo-nos  de frente com centenas de milhares de problemas que aí estão estampados, em amostra grátis, para vermos, analisarmos, apreciarmos e fazermos uma conclusão esclarecedora e convincente. Neste mundo não há, definitivamente não há, um só lugar que está imune à corrupção. É uma praga daninha, praticada não somente pelos políticos, mas pela sociedade de modo geral. Entra em qualquer lugar e sai sem dar satisfação a maldita catástrofe. Quem desejar fazer uma pesquisa séria, basta ouvir o rádio, ler jornais e revistas e ver televisão. Ou acompanhar  pela internet. Ou conversar na esquina, em botecos, velórios, salões de beleza, até mesmo nas filas dos bancos.

Agora, muitos, no entanto, querem, talvez, saber qual seria o nosso verdadeiro mundo. Sinceramente, não sei. O Céu que muitas religiões pregam não entra em minha cabeça; o Purgatório seria mais viável, pois acredito que este mundo aqui se parece com a descrição de religiosos e do povo; já o Inferno é completamente inconcebível pela sua  condição de eternidade. Nunca,  jamais, existiriam dores  para sempre. Até porque não temos muita culpa dos pecados que cometemos. Se fazemos alguma coisa errada, em casos claros posso provar que não temos responsabilidade, principalmente por não ter havido uma  preleção inicial de um criador, que poderia ser desta forma: “Olha, você vai passar um tempo neste lugar chamado Terra; tudo o que fizer de certo ou errado saberá de antemão, e terá forças suficientes para não ser tentado por algum demônio.”

Mas, não! Fomos jogados aqui de forma até insensata. Vejam, por exemplo, filhos de marginais, de pobretões ao extremo, e que nascem doentes. Digo isso e já tenho a certeza de que Deus não fez,  mas está na expectativa de  ver o que vai dar esta bagunça. Ele, Deus, existe, repito, e vai interferir numa hora qualquer e dizer para cada um de nós: “Olha, você já quebrou a cabeça demais, errou demais; agora pega o seu boné e vá para aquele lugar!” — nos mostrará um novo Planeta em que reina a paz, o amor, a bondade, a compreensão, a justiça, tudo de bom. Nada de terremoto naquele planeta, nem injustiças e sofrimento. 

E é assim vou tocando o meu bonde... até encontrar um mundo melhor!

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