Depois de quase
oito anos de ser uma cidade quase sem lazer, São Sebastião do Rio Preto quase
tem pronto o seu campo de futebol. Quase fiquei bravo demais e as pessoas
pensam que nunca tive nem uma quase razão. Sempre senti as dores de meus
conterrâneos, muito mais dor que todos, porque a maioria quase nem sente ou nem
sabe o que é dor.
Para tirar as
quase últimas e quase terríveis dúvidas, fui lá conferir e falar com uma única
pessoa, José Eugênio Gonçalves, irmão de minha ex-quase amiga Ana Maria Gonçalves,
que me deletou no Facebokk porque eu era mais que um chato e quase
insuportável. José Eugênio é vereador, presidente da Câmara Municipal,
secretário de Obras e, obviamente, quase prefeito, filho de meu saudoso amigo
Jovino Valério Gonçalves. E é o
funcionário municipal que faz quase tudo na cidade. O resto a sua mana Ana
completa.
Olhei o campo
quase pronto, grama bonita, vestiários prontos, uma arquibancada concluída e a
outra em obras. Só me restou ligar para o gentil José Eugênio que, rapidamente,
desceu de moto e me encontrou no Estádio Dr. João Rodrigues de Moura, quase às
17 horas de quinta-feira, 26 de março de 2015.
Uma enxurrada de
perguntas desabou sobre ele, aquela que viria em forma de água na famosa
enchente de São José e este ano não veio, a menos que esteja reservada para
abril. Mas o Eugênio, notadamente, não se esquivou de nenhuma questão, apesar
de ter demonstrado explicitamente os equívocos públicos municipais. Por
exemplo, as arquibancadas construídas nas extremidades do estádio, quando se
faz isso com destaque, nas laterais. Há explicações dele, mas apenas quase convincentes,
porque, seriamente não houve o que deveria ter havido, o planejamento. Prova
disso é que a empresa que executava as obras abandonou a empreitada porque não
tinha projeto para nele trabalhar na última fase da obra. Mas vamos, por itens,
resumir o que José Eugênio deixou claro:
DONO DO CAMPO — O dono do Estádio Dr. João
Rodrigues de Moura (nome concretizado em lei de autoria do saudoso prefeito
Luiz Gonzaga de Almeida) é mesmo o São Sebastião Futebol Clube e quase ninguém
mais. A sugestão é fazer um documento de cessão de imóvel, tal como a
Prefeitura de Itabira fez com o Valeriodoce Esporte Clube. Assunto encerrado, o
único não quase.
CAVALGADAS —
Jamais serão realizadas cavalgadas dentro do campo porque não é um evento
próprio para o local. Arrasa a grama, que é difícil de ser implantada. Apesar
disso, José Eugênio ia e vinha nas suas alegações, quase afirmando que em
algumas cidades as cavalgadas ocorrem nos campos de futebol. Parece que queria
podar a grama, que cresce semanalmente, com os comedores de capim: burro,
cavalo, égua, mula, besta e, sei lá mais, vacaria.
POSTE — Existe
um poste fincado dentro das linhas do campo, quase no interior de uma das
grandes áreas. Será preciso removê-lo. Quem deve executar esse trabalho
será a Cemig, mas quem determina a sua
mudança é somente a Prefeitura. Espera-se que seja feito em quase breve.
MANUTENÇÃO —
José Eugênio assegura que o campo vai ficar quase abandonado — vejam que bruto
desafio para os jovens da cidade e o SSFC! — e fica aí aberta a decisão de
assumir, de verdade, as obrigações de manutenção e zelo. Mas adiantei a ele que
alguns deveres a Prefeitura deveria (ou deverá) ser a responsável.
BELO ESTÁDIO —
Segundo José Eugênio, inúmeras pessoas que vêm de fora elogiam o campo e dizem
que, agora, é quase o melhor da região. Concordo com ele, mas não pude deixar
de mencionar vários tópicos cujos pecados são exclusivamente oficiais
municipais, seja qual for o prefeito ou os prefeitos (ir) responsáveis: 1. A
demora matou pelo menos quase três gerações de adolescentes, a época em que se
aprende ou não se aprende nunca a jogar futebol. 2. As arquibancadas são
quase novidades, mas poderiam mesmo ser
levantadas em lugares mais corretos caso
houvesse o planejamento quase adequado. 3. Também os vestiários distantes um do
outro e construídos fora do lugar, mereciam ser alvo de estudo quase
aprofundados. 4. Será construído um campinho para crianças no quase grande
espaço que sobrou em uma lateral; essa poderia ter sido melhor aproveitada caso
houvesse previsão do aterro feito.
CONCLUSÃO — Data
de inauguração não há ainda, há uma quase previsão de que será em setembro. A
Prefeitura executa a obra dos vestiários fora do lugar, utilizando a sua verba
de contrapartida prevista em contrato com a Anglo American. A necessidade de
mobilização da comunidade agora é imprescindível porque na inauguração não
podem ser sacramentadas injustiças. Nessas, os meninos que subiram de 12 para 20
anos de idade, são as vítimas reais e indiscutíveis, nada de quase neste caso.
E continuo
afirmando que sou mesmo um mais que ranzinza. Foi o que aprendi no exercício de
mandatos legislativos e, principalmente, na imprensa. Apesar de muitos dizerem
que não, nasci aí e amo a minha terra. Esse campo foi um dos principais palcos
de minhas mais que alegrias da infância, adolescência, juventude e adulto. Os
quase bons ou totalmente bons são-sebastianenses que me sigam ou, pelo menos, adotem o Estádio
Dr. João Rodrigues de Moura como a Oitava Maravilha de São Sebastião do Rio
Preto.
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