segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

UMA HISTÓRIA VERÍDICA DO INACREDITÁVEL (Prefácio)

EXPLICAÇÕES NECESSÁRIAS

O fato é verídico e sem uma vírgula de ficcionismo. Aconteceu e pronto. Os nomes próprios aqui usados são, sim, o máximo de invencionismo, porque a situação não permite que se dê nenhuma pista para um eventual constrangimento. Qualquer semelhança que as pessoas adotarem como imaginação da verdade pode colidir com o desvio de assunto. Se a história é inacreditável, mas é possível, não há como ser mentira, sem conjecturas. Faz em torno de quatro meses que tomei conhecimento de seu desfecho. Tive um choque quase pré-agônico, porque já acompanhava o seu desenrolar no decorrer de certo tempo: sou amigo dos verdadeiros protagonistas, um casal que mora na cidade de Santana do Cata-Prego, além de outros personagens.
                    
O nome Cata-Prego insinua claramente que é criação talvez de um próprio personagem. Podia ser Mar sem Água, Rio das Paixões Perdidas, Cafundó do Judas, Mariposa da Serra e outros mais. É apenas um carimbo sem valor nem importância. O que é certo aqui, intocável e irrefutável, é o enredo. Aconteceu um fato que durou seis anos e seis meses. Durante todo esse tempo foi recheado de “amor”, paixão, emoção, fascinação, ansiedade, abnegação, ilusão, afeto, favor, dedicação, impaciência, sofreguidão, incerteza, perfídia, traição, amizade, inimizade, esperança, decepção, conflito e sei lá mais o quê. Enfim, todos os ingredientes que compõem as chamadas novelas das 7, das 8, das 9, das 10 em diante e até de filmes. Filmes de ação, aventura, comédia, comédia romântica, comédia dramática, comédia de ação, suspense, romance, drama, fantasia, ficção científica, ficção normal, policial etc.

Nunca escrevi sobre esse gênero misto e sequer sobre histórias longas ou mesmo tamanho médio. Seriam os filmes de longa metragem ou média? Curta, não. Tem um pouquinho mais de letras, como diria um amigo meu que detesta ler, porque, afinal, chega a mais da metade de uma dezena de anos. Alguém amou desesperadamente durante esse tempo, com uma fidelidade daqueles que acreditam ser o amor um eterno sentimento e se ele acaba não era amor. Alguém praticou um verdadeiro crime por ter-se incorporado à vida, caráter, personalidade, sentimentos de um ser fantasma. Mas houve de tudo, menos sexo, até mesmo um beijo, sequer um selinho e, olhe lá, quem duvida que nem aquela cena de aperto de mão ou toque de mão? Um fato é verdade também: declaro de bom tom que há alguns chamados “fakes” e o próprio eventual leitor, se eu os conquistar, verá que são falsos dentro do bojo da história e não aqui numa telinha ou num eventual papel.

Mas prometo com todas as minhas forças que esta narrativa, com toque de um romance pobre em literatura, reconheço, terminará consagrando a verdade, ao contrário das novelas e filmes, quase sempre fechando as cortinas no tal “final feliz” inventado. Tenho a autoridade de quem conhece o transcurso deste inacreditável acontecimento, por tê-lo acompanhado na sua essência e somente tomado o verdadeiro susto no final inegável. Assumo que quem se atrever a ler com cuidado sentirá um frio na barriga e fará uma avaliação do fato. Mas ficará eternamente perplexo diante da realidade estarrecedora que veio fechar com chave de um suspiro parecido com alívio, embora com um rancor sem destinatário. Afinal, um personagem verdadeiro tem um defeito indefinível.

Fica assim, então, vamos aos fatos pingados à medida de sua audiência na internet. Quem sabe sou obrigado a acelerar? Ou pisar no freio? Ou manter no chamado “ponto morto”? Quem ler determinará. Até o Capítulo 1.

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