sexta-feira, 2 de novembro de 2018

É PRA FRENTE QUE SE ANDA

Tinha eu 16 anos e era comunista. Bem mais comunista que os pseudo-esquerdas de hoje, que não sabem sequer o significado da expressão e nem de capitalismo e socialismo. Arrebentava a chamada “revolução de 31 de março”, a que todos chamamos de “ditadura militar”. Meu lado era o oposto, ou seja, contra a tirania, como aprendi a lição desde os meus primeiros anos escolares.

Por enquanto, continuava dormindo o sono dos inocentes. Foi quando comecei a cursar o segundo grau. E me enfiava nos protestos que ferviam em BH, os quais antecederam à deposição de João Goulart. A frente das marchas era comandada pelos denominados “padres de passeata”, contra o governo mineiro, de Magalhães Pinto, comandante civil do movimento. Fritaram e assaram o meu comunismo, que resolvi pesquisar para ver que tipo de buraco negro ou paraíso estava me embrenhando. Vamos à pesquisa. 

Socialismo é uma doutrina política e econômica que surgiu no final do século XVIII e se caracteriza pela ideia de transformação da sociedade através da distribuição equilibrada de riquezas e propriedades, diminuindo teoricamente ou aumentando na prática a distância entre ricos e pobres.

Comunismo é uma doutrina social segundo a qual se pleiteia restabelecer o que se chama “estado natural”, em que todas as pessoas teriam o mesmo direito a tudo, mediante a abolição da propriedade privada. Nos séculos XIX e XX o termo foi usado para qualificar um movimento político. Fracassou onde foi tentado, até no primeiro mundo, assim como o seu antecedente, o Socialismo.

Capitalismo é o principal sistema econômico adotado pelas nações desenvolvidas e pelos países em desenvolvimento. Ele é caracterizado, dentre outros conceitos, pela  propriedade privada dos meios de produção, trabalho assalariado, liberdade dos agentes econômicos e existência da livre-iniciativa empresarial. Diante disso, não tive dúvida alguma em optar pelo bom diante do ruim, da alegria contra a tristeza, da felicidade no embate marxista das lutas de classes. Quer dizer, mudei de time. Com orgulho e sem hipocrisia.



A eleição no Brasil, neste 2018, foi como um duelo de Copa do Mundo. Digladiaram-se Capitalismo x Socialismo/Comunismo. As consequências seriam: o Brasil se entregar ao sistema hoje vigente na América Latina, a Ditadura Socialista Bolivariana; ou ocorrer o que aconteceu, ou seja, a vitória dos liberais, livres, diretamente ligados aos desígnios do ser humano na face do Planeta Terra. Naquela ocasião, tempo da pré-história, houve a primeira carimbada em nosso íntimo com o termo inquestionável “livre arbítrio”. É o que há de mais forte na natureza humana. Quem o nega, adeus!

Resolvido? Ainda não? Todos viram e veem a ganância pelo poder arrastar milhões de pessoas,  inacreditáveis 44 milhões, de volta à escravidão abolida há 129 anos, agora das raças miscigenadas. Desse total, provavelmente uns 40 milhões, ou mais, desconhecem que tipo de encrenca iriam entrar caso vencesse a organização chefiada por Lula preso e pelos incontestáveis megalomaníacos Nicolás Maduro, Evo Morales e Raúl Castro, mais poderosos e atuais que os padres de passeata de 1964. 

A luta continua. O destino do homem não pode ser este ainda, o alcançado em 28 de outubro, porque, afinal, somente o Capitalismo não enobrece as aspirações dos seres feitos à imagem e semelhança de Deus. É preciso que o ser humano siga à frente, tenha condições de raciocinar e buscar energias divinas cristalizadas ou não  dentro de si. No Socialismo/Comunismo as forças internas se esgotam pela falta de liberdade, predominância da injustiça e imposição de líderes macromaníacos. A inteligência precisa entrar em ação e funcionar. Chega de besteira de Esquerda x Direita e coisas assim! O passado já se foi. A Idade Média, idem. 

É pra frente de que se anda.

José Sana
Em 02/11/2018

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