A Empresa X recebe da Empresa Y uma mensagem via WhatsApp. Diz a notinha:
Mas não são somente erros de grafia que vemos por aí. Existem os incríveis : “A (sic) mais de dois dias tento falar com você e não consigo”; “Daqui há (sic) uma hora e meia no macimo (sic) eu espero receber a sua resposta”; “Fazem (sic) três semanas que não recebo tabela de preços”; “Eu estava lá na reunião, mais (sic) a conversa paralela não parou de acontecer”; “As peças encomendadas não serviram para fazerem (sic) o que pretendia fazer”; “Esse trabalho é para mim (sic) fazer?”; “A turma de trabalhadores estiveram (sic) lá na obra o dia todo”, “Sapataria de Concertos”; “Borracharia do Mané” - 24 oras no ar” (sic);“Temos balas, doces, cigarros e todas os latrocínios (sic) em geral”. E por aí vai...
O que estaria ocorrendo com a nossa bela língua portuguesa? Muitos acusam a internet como culpada de tudo, a vilã terrível, o que não é de todo verdade. Dizem alguns: “É para simplficar a comunicação”. Mas não acreditamos. Ninguém tem o direito de criar as suas expressões próprias. Em todos os idiomas, cada palavra é escrita de apenas um conjunto de letras, a regra não muda. Enquanto uns nem lixam para isso, uma minoria se esforça para falar e escrever corretamente. Muitos sofrem ao ler balbúrdias por aí, agressivamente.
O pior é que muitas manifestações, em percentual elevado, de comunicação, só ocorrem pele internet.A terrível tentativa de abreviar palavras; o costume de tentar criar o próprio vocabulário (exemplos: “vc, vdd, falow “etc) . Essas coisas extravasam até para muros e outdoors. Veja que calamidade a frase que copiamos de um boteco por aí: “Nau mi dé concelhu, cei herar sosinhu”.
Outro dia assisti a uma palestra de autoridade militar, que ensinava as pessoas uma forma de detectar fake news em mensagens de qualquer espécie. O primeiro alerta que o PM fez foi o seguinte: “Se o texto contiver erros de português, podem desconfiar de sua falsidade”. E outros sinais de fake podem ser erros de filosofia, termos contraditórios, interesses econômicos, políticos e outros caminhos mais.
Com base nas razões acima descritas, estamos anunciando a criação de um Curso Intensivos da Língua Portuguesa, cujo objetivo será o atendimento a setores públicos, comerciais, industriais e a cidadãos para tentar minimizar a grande demanda que existe por aí. A iniciativa tem como finalidade, também, participar de projetos que visam tornar imortal o nosso idioma. Ele não pode morrer.
Contamos com o apoio de brasileiros de verdade, zelosos com a língua que é nossa.
Sana, já escrevi a respeito também, mas desisti dessa guerra. É como se o mundo tivesse sido reconfigurado e regras que nos eram caras foram relegadas ao segundo plano. Valoriza-se a expressão em detrimento da forma. Eu que sou muito ligado à música, as vezes me irrito com os erros de português em diversas músicas. E em alguns casos é intencional, um espécie de charme da ignorância. Com a internet então essa exigência de se escrever direito caiu totalmente por terra. As pessoas escrevem errado sem nenhuma vergonha, afinal, todos escreve mesmo. Mas o que mais me preocupa mesmo é a quase morte da profundidade. Além de escrever errado, as pessoas escrevem cada vez menos. Textos maiores, mais profundos, nem pensar. Não sei se é uma deliberada opção pela burrice ou alienação...ou se é expressão da vontade popular. Talvez o povo prefira mesmo ser burro e alienado. Continuemos então a sermos antiquados, ultrapassados, datados. Pode ser um elogio.
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