sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

O GALO DERROTOU A TEMPESTADE, O TSUNÂMI E OS MAUS AUGÚRIOS

 

Mais uma vez me recorro ao imortal Roberto Drummond para exprimir o grande acontecimento  de  2021. Nesta data, o vento ameaçou a camisa preta e branca que estava pendurada num varal. O vendaval arrastava tudo, até que valeu a torcida do atleticano focada nos jogadores, esses inspirados  em  Cuca, realmente um cuca. No fim, o mau tempo viu a virada, graças a acontecimentos de todos os tempos, entre os quais:



 — Ubaldo  Miranda, o Miquica, ou o Mágico, ao marcar  centenas de gols e vários chamados “espírita”. Lembro-me numa tarde, no Independência,  no América, quando eu tinha cinco anos de idade, fato que fez o Galo ganhar mais um pentacampeonato mineiro, seu costume dominante nos áureos tempos.

   Tomaz Aquino Gonçalves, o Tomazinho, que balançou as redes do Cruzeiro, ex-Palestra, em toque de letra, e mais outros nomes do junta que tentava ajeitar-se na refrigeração do Barro Preto, logo ali, pertinho do nosso alçapão de pegar raposa.

 —José  Reinaldo de Lima, natural de Ponte Nova, que treinava de manhã, carregando apenas 11 anos nas costas, corria na Vila Olímpica, Bairro Planalto, Belo Horizonte e naquele momento mágico de seus dribles magistrais, fiz a minha primeira profecia para o atleta-mirim: “Este será um dos maiores jogadores do mundo”, Só não alcançou essa predição porque o destino lhe roubou os meniscos numa época em que a medicina não havia alcançado o progresso para essa hoje simples cirurgia.

 — Dario José dos Santos, o Dadá Maravilha, quarto maior artilheiro do Brasil em todos os tempos, com 926 gols. Entre esses tentos, uma fatal cabeceada para o fundo das redes do Botafogo, no Maracanã, em 15 de dezembro de 1971. Aí o Galo tornou-se o primeiro campeão brasileiro.

 — Victor Leandro Bagy, ex-goleiro e agora funcionário do Clube Atlético Mineiro, defendia, com o pé esquerdo, pênalti cobrado por Riascos, do Tijuana, aos 48 minutos do segundo tempo, no Independência, classificando o Galo a continuar vivo na Copa Libertadores de 2013. A estas altura, também não podemos nos esquecer de Éder Aleixo e  Luizinho (o quarto-zagueiro multiplicado por arranques fenomenais), entre outros.

 — Leonardo Fabiano da Silva e Silva, que passou por vários clubes brasileiros, inclusive o Cruzeiro, teve sua consagração no Clube Atlético Mineiro; como zagueiro, marcou 36 tentos em 390 partidas; 2013 foi o ano da consagração de Léo Silva com a camisa alvinegra;  o título da Libertadores, o mais importante das Américas, teve, entre tantos outros momentos emocionantes, o gol do camisa 3 na final contra o Olímpia-PAR, no Mineirão, cabeçada que levou a decisão para as penalidades; na disputa de pênaltis, Léo ainda converteu a cobrança que antecedeu o erro de Gimenez e decretou a conquista atleticana.

 — É preciso lembrar que não foi apenas o título da Libertadores, obra do treinador Cuca, uma das glórias do Clube Atlético Mineiro. Brilharam vários astros, entre os quais Ronaldinho, Jô, Réver e tantos mais que  conquistaram  ainda  a Copa do Brasil e a  Recopa Sul-Americana, em 2014 e 2015.

— Para calar os adversários que se confortavam em desconhecer o “BI” do Galo, além de outros “bis” alcançados, neste dia 2 de dezembro de 2021 o grande feito se desponta, Campeão Brasileiro de 2021, com grandes participações de Hulk (o incrível), Nacho, Diego Costa, Keno, Éverson, Alonso, Arana, Allan, Jair etc. etc. etc.

 — É claro que esta não é uma façanha isolada, para assustar os adversários, o Galo não é um cometa, mas, o começo de tudo está ocorrendo agora. É só agarrar, porque o clube alvinegro encontrou o fio da meada.

 Galo sempre, Galo com força, Galo Forte e Vingador!

 José Sana

 Em 02/12/2021

Um comentário:

  1. Boa noite Sana, um título para ser muito comemorado e foi, ou melhor, está sendo. A emoção foi maior ainda por ter sido de virada.

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