quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

DEU TUDO ERRADO. OU MELHOR, DEU TUDO CERTO

Planejei e paguei caro por um site em 2020 e 2021. Tentei levá-lo na base do idealismo. Mas entrei pelo cano e achei a torneira fechada. Ou seja, fui bloqueado pela empresa encarregada de construí-lo. Perdi alguns reais pagos, pelo menos até agora e os donos do tombo ainda querem mais grana. A ação está na Justiça, que marcou para agosto de 2022 a nova tentativa de decisão. Não entendo de Justiça e vou dar um jeito de nem tentar entender. Pré-conclusão: deu tudo errado. Ou melhor, deu tudo certo.


Voltando a 2020, andei me ralando na política partidária. Minha preferência eleitoral deu “okay” mas, embora tenha somado centenas de amigos, saí conquistando milhares de inimigos. Não sei se valeu a pena, mas o lamentável é vivermos num país  controvertido, cuja maioria da população só enxerga até a ponta do nariz. A mistura de entendimento pessoal com ideologia política jamais deveria existir, mas virou uma casa de mãe-joana. Mais uma pré-conclusão: deu tudo errado. Ou melhor, deu tudo certo.


Minha motivação central e intocável nas eleições passadas resumiu-se  na seguinte finalidade: futuro econômico e social de Itabira. Confesso-me cego se algo foi feito em prol desse futuro, ainda distante, e lamento se pensarem que também tenho visão até somente a ponta do nariz. Se assim for, ajoelhar-me-ei aos sapatos de quem quer que seja e beijar-lhe-ei os pés em sinal de súplica de perdão. Peço desculpas também pelo uso de duas mesóclises neste parágrafo, construções em desuso na Língua Portuguesa. De novo uma pré-conclusão: deu tudo errado. Ou melhor, deu tudo certo.

 

Desde o primeiro dia em que aqui cheguei — e tenho centenas de provas e ainda obsessivas — preocupo-me com o futuro itabirano. Confesso que poderia ter deixado mais marcas, mas de qualquer maneira tenho, modéstia às favas, relatórios singelos a apresentar. Uma evidência estarrecedora transformei-a em visão de verdade absoluta: Itabira vive um momento passageiro e ilusório de sua história. A mineração não arredou pé por enquanto e poucos acham que mudar uma cultura econômica seja fácil. Uma maioria enche a barriga e bate palmas porque o dinheiro rola aos montões, e não acredita se teremos mesmo um apocalipse municipal. É a lei de São Tomé – “Ver para crer” – que entra em vigor. Repetindo a pré-conclusão: deu tudo errado. Ou melhor, deu tudo certo.

 

Por hoje é só. Espero de 2022 outra história, que não exprima dúvidas, mas pelo menos a esperança. Para não deixar meus sentimentos no escuro, ininteligíveis, declaro que já iniciei a minha indispensável prestação de contas como cidadão itabirano, nascido na região, e filho de Deus, natural do Planeta Terra. Serei salvo nesses múltiplos juízos finais, que começaram a ocorrer. Caso mereça, terei uma medalha mesmo de lata ou levarei uma bomba antológica. E finalizo: deu tudo errado. Ou melhor, deu tudo certo.

 

José Sana

Em 20/01/2022

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