segunda-feira, 22 de agosto de 2022

A SOLUÇÃO PARA O GALO É A MAIS SIMPLES QUE EXISTE. POR ISSO, NÃO A ENXERGAM

Estou meio perdido numa mata densa de milhares de opiniões que tentam explicar o que está ocorrendo na floresta do Clube Atlético Mineiro. Os mais inteligentes ficam confusos diante do seguinte quadro: a equipe conquistou quase todos os títulos disputados em 2021, somou mais dois no início de 2022, e caiu num apagão irrefreável logo a seguir.

O próprio considerado principal responsável pelo êxito durante todo o ano passado — o técnico Cuca — torna-se o grande vilão do momento. O Galo tem uma estatística com números baixíssimos, principalmente em casa, fato que deixa ainda mais sem palavras os “entendidos”, considerando que o elenco ainda é reforçado por renomados craques como Jêmerson (que nem estreou por enquanto), Pedrinho, Pavón e Alan Kardec.

Passo olhares sobre diversas opiniões ditas e escritas na mídia nacional e internacional e me embaralho todo diante da diversidade de explicações, umas esdrúxulas até demais e algumas na proximidade do acerto.

Passo à minha explicação que, imagino, ninguém dará crédito a ela. Contudo, gostaria que chegasse à comissão técnica do Galo, não para promovê-la como sendo eu o autor, não precisa disso, não vou registrá-la, até porque é uma simplória e intrusa afirmativa. Muito fácil de ser entendida a receita, por isso está ao pelo menos 200 milhões de treinadores de futebol no Brasil.

Vamos ao que está claro e seria, como diria Nélson Rodrigues, o “óbvio ululante”. E aí vamos focar a primeira condição que se apresenta: o Galo tem melhor desempenho fora de Belo Horizonte. Por quê? A explicação se chama “retranca”, destaco-a por ser evidentemente clara. 

E vou repeti-la usando outro termo: “ferrolho”. Os times visitantes vêm a Belo Horizonte com jogadas prontas, treinadas e o bote armado como de uma cobra jararaca: se empatar está bom, se vencer, super bom. Aí se explica o mau desempenho atleticano no Mineirão, mesmo com a torcida ajudando: só enfrenta ferrolhos.



E lá fora? Está também claro: os melhores, ou menos ruins, jogos do Atlético, no segundo turno do Brasileirão, ou em todo o campeonato, mostram o Galo como visitante.

Nada mais a afirmar: temos que enfrentar o fantasma chamado retranca. Aí começa a receita atleticana que, infelizmente, as equipes pouco sabem fazer. Para “furar” bloqueios, o time precisa jogar pelas pontas, jogadas abertas. Não somente isso, mas também ter dentro da área bons concluintes e ótimos cabeceadores. O Galo tem: o melhor cabeceador que se chama Réver, o maior zagueiro artilheiro do time, que fica no banco assentado, nunca entra em campo, pelo menos nos últimos jogos.

E tem, também, um excelente cabeceador e centroavante fixo, Alan Kardec, que é sempre escalado no apagar das luzes. Esnoba e intocável zagueiro lá atrás, que não entendo por que joga. Refiro-me a Nathan Silva, a quem denominam erradamente de “zagueiro rápido”, cuja rapidez nunca fez falta, a não ser para cometer faltas às vezes decisivas e desnecessárias, contra o Atlético. Um brucutu sem mais qualificação.

Resta dizer que em toda retranca existem as faltas de fora da área, para o chute direto. O Galo, neste caso, só tem o Hulk que vai voltar ao que é, claro. Para cobrar em cruzamento, conta com Arana e Nacho. E só.

Concluindo: falta ao time ser bem escalado, é a minha simples opinião. 

Assinado: José Sana/Itabira-MG   

220.000,000 º treinador de futebol brasileiro

Em 22 de agosto de 2022 

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