terça-feira, 9 de setembro de 2025

EL MALLAGE

 



E agora, Mallage?

A festa acabou,

a luz apagou,

o povo sumiu,

a noite esfriou,

e agora, Mallage?


e agora, MalLage?

A Itaurb esturricou...

A Involução chamou,

e quebrou também,

que amava ninguém

sem receber um vintém


A cidade está imunda

sua turma ficou corcunda,

o dinheiro enfim acabou,

já não pode beber,

já não pode fumar,

cuspir já não pode,

a noite esfriou,

o mato chamou os ratos,

cadê as obras de pracinhas

nem festas têm mais

não veio a distopia

e tudo avacalhou

e você que nem pensa

não tem pagamento, nem 13º.

e agora, Mallage?


E agora, Mallage?

Suas doces mentiras

tentaram ser amargas verdades.

sua cara de pau 

seu lero-lero,

seu abuso virou blá-blá-blá.

seu rebolado entravado,

a última dama 

revirou-se na cama — e agora?

Com a chave na mão

quer abrir a porta,

não existe porta na fazenda mau tempo;

você agora e sempre

vai voltar para de onde veio.

Quer ir para Cemig?

Zema não aceita.

Quer ir pro Cruzeiro? 

Pedrinho BH rejeita.


Mallage, e agora?

Se você gritasse,

se você gemesse,

se você tocasse

a valsa do capeta,

se olhasse pela greta.

se você não pensa no 13º.

se deixa pra última hora

se tem vereadores no seu sovaco

você nem se  incomoda.

Incomodar pra quê

você é duro, Mallage!


Sozinho no escuro

qual bicho do mato,

vai preocupar com o futuro?

Itabira que se dane, não é?

Vai dar tudo certo, Mané!

"La forasteria" resolve já

que fuja a galope,

você marcha, Mallage, tá?

para aonde, seu panaca?

Vai comer o tal pão

quem vai oferecer é Lucarlos.


E agora, Mallage?


Zé do Burro

Imagem: redes sociais

09/09/2025



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