quinta-feira, 4 de março de 2021

CABRITO ANALISA TIRO NO PÉ DO APITO DA SIRENE EM CABRITOLÂNDIA E O CALAFIZEMA

Em entrevista à TV Pânicus, canal 24, o Cabrito Varonil (tem que ser cabra-macho mesmo para aceitar tantas aberrações) declarou que está mais difícil viver em Cabritolândia que no tempo de Adão e Eva, quando o casal foi determinadamente expulso do Paraíso.




Contam os descrentes que o primeiro problema do casal foi achar uma folha de parreira para se esconder sexualmente. Esconder de quem e de quê? Ambos não compunham um casal e casal não seria para procriação? Como vieram, então, Caim e Abel se, como escreveu Drummond, “tinha uma pedra no meio do caminho?” Ou melhor, duas folhas de parreira?

Eva e Adão correram foi atrás de um troço qualquer para matar a fome. E se comessem veneno? Deram sorte de não terem sido contaminados por uma fruta maligna. Sobreviveram, como Napoleão sobreviveria tempos depois por muito tempo. Poderia morrer ou por um chute no traseiro, ou por um tiro de espingarda, ou por atropelamento de um carrinho de pipocas ou por um surto de dengue.

Em Cabritolândia o risco seria infinitamente maior se a dupla pioneira estivesse por aqui. Nesta nobre cidade, desde os tempos “amargalhados”, não tem mais crime organizado: matam com machadada no Bairro da Pedreira; com pedrada no Bairro Machado; com areia nos olhos no Bairro Praia; com perdição no Caminho Novo, com lamaçal no Gabiroba, jato de água no Água Fresca e por aí vai...

O casal inicial, no entanto, não resistiria às intempéries da cabritada hoje em dia. O povo de chifre está agora afetado pelas providências do governo em fechar tudo a partir da próxima semana. Em sua declaração de impacto, o Cabrito destacou o seguinte: “Estamos no mato sem cachorro. Desde quando inventaram o dinheiro, ninguém vive sem ele; se faltar essa marca vem a fome e a morte se aporta do mesmo jeito por inanição ou falta de medicamentos; conclusão: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come!”

Vejam agora o comentário do Mestre Capra com referência ao tiro no pé que a Vale deu, provavelmente em cumprimento de legislação federal: “Todo dia 4 de cada mês será um ‘deus nos acuda’; as sirenes vão apitar mais que o trem que leva ouro e minério de ferro para a China depois de entupir o Japão; e os sites Fofocas 000 continuarão soltando seus sustos; deixa eu cair fora desta bagunça depressa!”

Então, o Cabrito não quis pronunciar nem mais uma palavra. Saiu berrando pela rua afora depois que leu o aviso do governador a que chamou de Calamizema ou Decretema. E mergulhou totalmente na sua biblioteca, em cujos livros nada tem de sirenes pavorosas, nem referências a corongas que assombram os ignorantes desde o ano passado. Leitura já. Se faltar comida, come as folhas verdes dos  mal escritos.

Um comentário:

  1. A Cabritolândia está perdida no tempo e no espaço, e à procura de um paraíso como aquele que Adão e Eva perderam provando o fruto proibido.Quem prova do fruto proibido cai em pecado mortal.Cabrito bom que se preza cirre

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