sexta-feira, 5 de março de 2021

CABRITOLÂNDIA NA ONDA ROXA. E O CABRITO JÁ ESTÁ ROXO HÁ MUITO TEMPO

 Vejam o que o Mestre Bode resolveu soltar de desabafo: 



— “Estou roxo de ver gente graúda, funcionários públicos, pessoas de graduação elevada andarem sem máscara. Um curiboca me disse: “Já fiz teste e não tenho Coronga!” Este é o pior dos corongueiros, nem sabe o que pode ser o que pensa”

 — “Liguei para 123 pousadas no litoral e fiz a pergunta: “Tem vaga aí para a Semana Santa? A resposta: ‘Só se for a Semana Santa de 2022. Para esta próxima, não!’”

 — “A cabritada maldita quer saber o que tem a ver a mineirada ir para o litoral. Quer mesmo saber? Você vai e lá se mistura em multidões. Namora a Covid-19 e faz-lhe a alegria de ser transportador dela para cá. Se não entendeu, não entende mais!”

 — “Estou roxo de ver as portas de bancos lotadas de gente. No Banco do Brasil e na Caixa Federal estão trepando um no outro para ver se entram por cima. Esse maldito auxílio emergencial virou uma contribuição perpétua. Ninguém quer nem mais fazer exercícios. Amontoam-se os babacas nas portas de bancos e vem a prefeitura e multa o pobre do banco. Pobre até que não. Mas seus funcionários.  Estes nada têm a ver com essas merrecas de auxílios que, com certeza, não estão ajudando em nada!”

 — “Hoje vi um zé-ninguém criticando o governo, que está reduzindo as suas esmolas. Ele disse e eu anotei: ‘O que vou fazer com 250 reais? Nem uma caixa de cerveja compro mais com isso!”’

   “Se uma coisa me alegra muito é o tal ‘toque de recolher’ que vem aí. Cabrito dorme cedo, nada tem para fazer na rua, as hortas estão bem fechadas ou ninguém faz mais horta, vai é pro sacolão buscar verdura de plástico da Ceasa! Atacamos de manhã quando os cabritos preguiçosos estiverem dormindo”

   “Mas tem uma restrição que faço: a gente pode entrar em farmácia? Até que dá porque têm muitas drogarias por aí. A gente pode entrar em sacolões e supermercados? Deus nos acuda: hoje vi 1.345 pessoas dentro de um super por aqui. Todo mundo com medo de passar fome.”

 — “Eu tenho um amigo que tem dois funcionários em sua lojinha de celular e de bolsinhas bugigangas. Já viu cabrito consertar celular e esperar para comprar bolsetas? Pois o meu amigo conserta. Uma pessoa lá dentro e outra cá fora. Não pode mais? Tem que fechar as portas? Nesta eu, cabrito formado na universidade da cabritolândia, não acredito nem morto!”

 — “Outra piada: as butiques, lojinhas mixurucas, que sobrevivem de uma meia dúzia de vendas por dia, não podem funcionar? Por quê? O cara passa o dia inteiro lá dentro coçando saco e rezando para chegar um freguês e ainda querem que feche a porta? Isto não!”

 — “Estou roxo, sim, mas estou mesmo, com a distribuição de terrorismo na imprensa itabirana. Dois locutores de manhã dizem que a saúde ia bem e que agora piorou. É um absurdo! O pior: os sites querem ser lidos e seus donos extrapolam. Um anunciou que ‘As ocupações nos hospitais em Cabritolância estão na faixa de 110%’ Acho que esse confundiu com os jogos de Fla-Flu no Maracanã na década de 1960”.

 — “O mesmo anunciante de que os hospitais de Cabritolândia estão 110% ocupados, anunciaram a morte de 5 pobres-coitados. Alguém não lhe perguntou se os 110 não caíram depois das mortes?”

— "Antes de encerrar não posso me esquecer de que estão uivando por aí de que uma sirene vai apitar nos ouvidos caprinos por estas bandas. Peço por favor, mais roxo ainda de raiva, que toquem essa corneta do apocalipse mais cedo porque nós, bodes, cabras, cabritos e similares dormimos muito cedo e podem nos acordar antes da hora, perdemos o sono e aí fica pior..."

 — “Vou encerrar por aqui. Desconfio que Bin Laden e Saddam Hussein não morreram neca nenhuma. Eles estão abundando por aqui. Meu Deus do Céu, não deixe este povo se enfezar com a cabritada que cumpre seus deveres!”

— “Mas não posso encerrar sem antes declarar aqui que o Conselho de Saúde de Cabritolândia tem um membro que é seu presidente e ele está totalmente fora da lei desde o tempo do onça. Está deitando e rolando com verbas municipais. Jesus, acende a luz!”

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