Contratado pela Prefeitura de Cabritolância, Mestre Capra fez uma demorada análise da situação de aumento dos índices de infectados na sua cidade. Ele demorou apenas um mês e duas semanas para apresentar as suas conclusões, apesar de não garantir que o Corongavírus, ou simplesmente Coronga, seja natural ou fabricado em laboratório.
PRIMEIRAS CONCLUSÕES
As razões
iniciais foram claramente apontadas: no Natal, data religiosa, o povaréu fica
mais quieto em casa, pelo menos os cristãos. O resto da manada não viaja porque
fica sem companhia, só bebe a sua cachaça com mais respeito. Até reza meia ave-maria.
Mas quando chega o Ano Novo, soltam o capeta na baixada, vai a tropa toda principalmente para o litoral e lá tira o pé do lodo até antes de bater com a cabeça na pedra. Enchem a cara para valer, ou “o rabo”, como dizem em Cabritolândia, e ficam totalmente sem cabeça e até o pescoço.
A festança acaba, muitos voltam para casa e têm praticamente todos uma companhia tipo namorada ou namorado, que arrumam nas orlas do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador ou no Nordeste todo, isto é, no litoral brasileiro.
Em Cabritolândi,a chegou a bicharada de trem, de busão fretado, de busão de carreira, de rodolândia particular e até montada em cavalos, éguas, burros, mulas e jumentos. Quem acompanhou tudo viu como foi. Tinha nego que voltou com dois, três, quatro Corongas montados no seu pescoço como se fossem conquistas de muita honra. Eita povo burro!
SEGUNDAS CONCLUSÕES
Veio o surto que
montou na matilha humana até 15 dias após os desembarques. Os hospitais ficaram
superlotados. Morreram muitos que não baixaram em centros espíritas para contar
como é que acontece quando a morte é morrida por Coronga. Foi um “deus nos
acuda”.
Passado um tempo, a tropa se curou, achou que a barra tinha ficado leve e se preparou para o Carnaval. Este Cabrito, encarregado da pesquisa, ligou para 123 pousadas no litoral mais próximo, como ES e RJ, e nada de vaga havia mais. Teve mineiro, que para o mar é mais caído que o porco para o esterco molhado. A mineirada acampa na beira do mar se não tiver outro lugar, enche a cara e fica doidona.
Neste momento, a Prefeitura de Cabritolândia está querendo fechar até as caixas de marimbondo e de joão-de-barro porque a barra está pesada: hospitais lotados, filas de doentes querendo encher as UTIs.
O FUTURO VEM AÍ
Bastou o Cabrito
e sua equipe ligarem para pousadas no ES e RJ ontem (2) e hoje para se ter uma conclusão: ninguém toma
vergonha na cara mesmo. As reservas nas pousadas estão completamente tomadas,
não há mais lugar nem para mosquito da dengue passar pelo litoral. O povaréu
vai viajar de novo, parece que com saudade da Covid-19, super feminina (o nome
já diz, o convite vale para 19 doidos) e do Coronga, o masculino da turma, mais
fraco e mole que cabeça de minhoca.
A Cabritolândia vive no inferno, que agora passará por outra onda, a roxa. Roxa é cor de cabrito trouxa. Parabéns Bom Cabrito pela excelente análise! A Cabritolândia está colocando tudo a perder. E o dinheiro saindo pelo ralo não vai poder salvar a cabritada irresponsável!
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