quinta-feira, 27 de maio de 2021

CABRITO DESVENDA O MISTÉRI0 DA “TÁTICA DO BISPO”

Bom dia, boa tarde, boa noite! O Cabrito foi  convocado para resolver um problema, que é o seguinte: mais uma vez a mineradora Vale está na mira de destruir um bairro em Itabira. Mais um, como se não bastassem Explosivo, Paciência de Cima e do Meio, Chacrinha, e Conceição de Cima. 

 Não é da alçada humana enfrentar o esquema que armaram contra os moradores dos bairros Bela Vista e Nova Vista. Para não nos culparem por omissão, convocamos o Cabrito que, além de uma “live” especial, feita diretamente do terreno baldio que ronda parte dos dois bairros, desenhou o texto abaixo, depois de detectar as causas e de discutir com os seus contratantes quanto seria o capim correspondente ao pagamento por seus serviços de anti-marketing. Vamos ao que interessa:

 COM A PALAVRA O CABRITO

 “Aqui vos fala o famigerado Cabrito, que de vez em quando é bom, mas sempre adora ser justiceiro. O ser humano sempre precisou de justiça com as próprias mãos e a justiça caprina preenche todos esses requisitos, inclusive invadindo as hortas dos criminosos quando esses se negam a fazer o que é correto.

Eu, Cabrito Macho, repito: vou revelar a questão que assola Itabira e o Brasil e ensinar aos jornalistas, ou copiadores de textos, ou cometedores de erros crassos, a qualquer cidadão  que queira entender a problemática.

Objetivamente falando, é o seguinte: foi criada uma maneira de não dar satisfações à imprensa, nem a advogado algum, sequer à Justiça e a qualquer curiboca sobre o que os outros acusam e berram. Particularmente, a mineradora, que corrói Itabira há quase 80 anos adota o seguinte lema hoje em dia: ‘O que dizem de mim não é da minha conta’.



‘TÁTICA DO BISPO’

O que chamam de lenda e não é, consiste no seguinte: um bispo, dos novinhos em folha resolveu fazer uma trapalhada que abalaria Roma e acho que ceifou mesmo. Não vou contar o tamanho da sujeira, é outro assunto. Apenas o seguinte: o prelado, depois de cometer o erro imperdoável, não dormia, não comia, caiu numa cava e eterna depressão. Com ele, seus confrades, preocupados com o que estava acontecendo, sussurram de ouvido em ouvido o que poderia ser feito para acabar com aquele problema.

Jornais de todo lado, emissoras de rádio, sites endoidados caíam de pau nele, todo dia arremessando-lhe pancadas na cabeça, no peito, no pescoço, com palavras denunciadoras e de extrema gravidade. O que urravam fazia tremer não Roma apenas, mas o Céu, o Purgatório e até o Inferno.

Ninguém resolvia o problema, que só se agravava, até que surgiu uma luz no fim do túnel. Convocaram um outro bispo, este calejado, mais velho, cheio de ‘ideias geniais’ O velho de guerra recebeu o apelo, quase uma convocação para comparecer à cidadezinha e lá dar cabo àquele nefasto acontecimento.

E deu. Chegou num jipe velho, capota de lona rasgada, saltou rapidamente (era velho mas continuava esperto e nem tropeçou na batina),  entrou no salão onde lhe esperavam duas dúzias de beatos assustados, trêmulos e de olhos esbugalhados.

Deu boa tarde, proferiu somente as seguintes palavras: ‘Meus amigos, não se atordoem! A partir de agora, nada aconteceu, deixem berrar, uivar, grunhir, rinchar o que quiserem. Podem berrar qualquer impropério. A resposta nossa é a seguinte: silêncio. Em pouco tempo, tudo cai no esquecimento, a memória humana não vale um centavo’.

E pegou de novo o seu jipe, voltando para a sua diocese, calminha, onde ventos acusadores jamais entraram.

O que ensinou naqueles velhos tempos serve para hoje. Os estrategistas de governos, os donos do poder, os que vivem num patamar alto, estão adotando o que o quase cardeal ensinou. Por ser vitoriosa, sua sabedoria  recebeu a denominação de 'Tática do Bispo'.

Dito o problema, vale dizer que o deputado estadual Bernardo Mucida de há muito vem tentando uma solução para 300 famílias, ou seja, mais de 1.200 pessoas, que correm o risco de serem despejadas. 

Eles, os bela-vistanos e nova-vistanos, sentem no disse-que-disse diário constitui verdadeiro terror. Mucida sobe na tribuna da Assembleia Legislativa quase todo dia  e solicita, pede, roga por compaixão e defesa das famílias uma palavra qualquer, um raro “aguarde” e nada, nada, nada. Seus pedidos, protestos, busca de soluções parecem ir para o lixo de quem os recebe, ou que nem chegam ao destino. A empresa é intocável, ou seja sociedade anônima, de ninguém, dono definido.

‘TÁTICA DA ONÇA BRABA’

Ofício? Requerimento? Gritos na internet? Discursos no maior Poder Parlamentar do Estado? Nada disso está resolvendo. Está valendo a ‘Tática do Bispo’, só ela, nenhum outro caminho, o mesmo que outras autoridades fazem nesta época de mundo doido, Brasil surtado, Itabira maluca.

Mas ninguém mais corajoso que o Cabrito que vem agora resolver a solução: farei o mesmo que o bispo, apesar da condição de ser chamado de um irracional. 

Prometo que amanhã, ou depois de amanhã, ou até este domingo próximo trarei a vocês uma réplica ao bispo chamada “Tática da Onça Braba”. Vou contar aqui como se derrubam esquemas, métodos nazifascistas, tudo isso que para a cabritada já caiu do galho O silêncio como marketing dos ‘despoderados’ vai por água abaixo.

Até amanhã, ou depois de amanhã!”

Cabrito Velho de Guerra

Em 27/05/2021

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