Se você mora em
qualquer cidade do Brasil e quer chegar a Itabira, Minas Gerais, Brasil, América
do Sul, Mundo, pode precisar entender as seguintes orientações que só dependem
como complemento da qualificação de quem faz a análise:
1ª — Itabira tem
50 mil residências e mais de 70 mil veículos automotores; quer dizer que
existem, em média, 1,5 veículos por moradia. Falando de moradores, isto é,
distribuindo os veículos para os 120 mil habitantes, existe um alto número de
0,6 carros por cada itabirano. Dica: você não encontrará vaga para se
estacionar na cidade, a não ser na periferia.
2ª— As ruas e
avenidas, além de íngremes e estreitas, são esburacadas; o maior causador dos
buracos é o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), que precisa sempre
arrebentar o chão, seja asfaltado, calçada ou mesmo em terra batida, seja
empoeirada ou barrenta, para atender a demanda da população, mesmo que ela
esteja vivendo sem água, como camelos ou papagaios.
4ª — Fora esse horário acima determinado, 86% dos veículos de serviço ou passeio acham-se estacionado, em faixa chamada de “Para Azul” ou irregularmente e eles pertencem a donos de casas comerciais (23%), empregados (16%), população em geral (28%) e veículos em exposição para venda (19%). Observação: não são computados os veículos abandonados nas vias, muito comuns, nem o trânsito acrescido pelos automotores vindos de cidades vizinhas, sabendo que somos uma cidade-polo, mesmo que algum distraído venha pronunciando um sonoro “não”.
5ª — Ônibus,
caminhões, vans e kombis compõem também os espaços disponíveis, por falta de
garagens, em áreas próximas ao centro nervoso, como em ruas, praças, becos e
avenidas dos bairros Pará, Campestre, Esplanada da Estação e outros.
6ª — Nos fins de
semana, a partir de sexta-feira à tarde, sábado até 14 horas, e domingo depois
de 16 horas, na “procissão das trouxas”, motoristas de todas as qualidades e
defeitos tocam para a chamada “rua”, e é o momento em que o trânsito se torna
insuportável, diz um conhecedor: “Somos espremidos”.
7ª —
Aproximadamente 17 mil motos rodam direto e reto na cidade, cortam dos dois
lados, aceleram os filhos de papai e voam os ligados ao delivery. Com a
pandemia, esses entregadores aumentaram em número e em pressa, com maior número
de moto-táxis.
8ª — Se você
procura um endereço para qualquer visita ou mesmo se abrigar, saiba que os
números de imóveis são completamente malucos, além dos nomes. Por exemplo,
existem duas ruas Itabirito, duas vias Daniel Jardim de Grisolia, duas ruas
Granito. Além disso os números sobem e descem, fazem curvas, ou seja
50-51-52-14-15, 18, 58, 59 etc. Neste caso, melhor é ir a uma agência de
correios e consultar os carteiros que já estão acostumados com essa loucura de
desencontros de trânsito e de numerologia.
9ª — Outro risco
que ameaça a vinda à cidade, seja empresário ou não, é desistir de conhecer
Itabira, principalmente quando alguém ver placas tipo assustadoras como “rota
de fuga” e “ponto de encontro”. A primeira citação não se refere ao filme
estrelado por Sylvester Stallone e
Arnold Schwarzenegger; a segunda não se trata de nenhuma promoção do dia dos
namorados nem é uma chamada para algum bordel. Podem interpretar ao pé da letra
mesmo, ou imaginarem a visão de velhos, mulheres, grávidas, puérperas,
crianças, deficientes, desesperados em disparada correria em busca de salvação
porque já vem água e barro atrás. Sem exagero, essas placas alucinam até os
espertos cabras, bodes e outros bichos.
10ª — Vou parar por aqui porque senão alguém sugere ao prefeito ou aos vereadores que contratem uma consultoria especializada de trânsito, o que já deve ter sido feito mais de duas mil vezes, basta consultar os arquivos e computadores dos órgãos públicos citados.
Conclusões: 1 — O Cabrito fica somente nas dez orientações para não fazer confusão na cabeça de quem exerce função urbanística e acaba de chegar a Itabira, cidade completamente diferente das demais 5.570 brasileiras.
2 — Para
confirmação de números citados não precisam questionar esta excelência chamada
Cabrito, Bom ou Mau. Basta consultar o Google, hoje substituto do dicionário e
chamado de “pai dos burros”.
Cabrito (Bom ou
Mau)
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