O Bom ou Mau Cabrito (a qualificação depende do leitor) acabou recebendo
um recheado número de comentários no WhasApp, Facebook e até no Instagram,
depois da postagem de anteontem a respeito do trânsito de Itabira e suas desordens. A raiva de cada
um anda tumultuada, ou congestionada, no sentimento do itabirano. Muitos com a vontade de gritar, reparem bem esse risco até de ataques cardiovasculares.
Alguns
ofereceram parabéns – cumprimentos
provenientes de personagens que me deixam orgulhoso – mas o Cabrito teve também
críticas. Muitos comentários, todavia, vieram “in box”. Seja o que for,
responsabilizo-me pelo que aqui está publicado, sem mencionar nome de quem quer que seja. Vamos às numerações em
sequência como na crônica anterior:
11ª — “Parabéns! Faltou só dizer sobre as motos e carros dos
‘boys’ irresponsáveis e sem educação que fazem ‘pegas’ nas avenidas, sobretudo
na João Pinheiro. Também, é insuportável
o som alto derivado dos veículos das propagandas comerciais e dos carros particulares que trafegam pelas vias públicas,
inclusive fazendo propaganda de calcinhas e de arroz, feijão etc.!” – Este um
comentário de uma professora universitária e escritora.
12ª — “Aqui o pedestre nunca teve vez. Antigamente, nas década de 1975, existia uma lei municipal que
obrigava o proprietário de imóvel a
construir passeios em frente às suas casas. A lei previa desconto no valor
do IPTU de quem construísse passeio dentro dos padrões
fornecidos pela Prefeitura. Por que não colocam essa lei para funcionar? Para
que servem as leis? Somente para serem desrespeitadas?” – professora.
13ª— A 11ª sequência se
refere aos “boys”. É bom lembrar que não somente eles, mas quase toda a frota
de motoqueiros agita demais Itabira e faz uma barulhada infernal nas avenidas. Cito também a Avenida Mauro
Ribeiro, que tem espécies de falsos quebra-molas, muito apropriados para motocicletas.
Precisamos ter os “carros-canguru" que dão pinotes? Minha opinião pessoal.
14ª — “O itabirano bate
recorde em vítima de poluição: a sonora
agride estupidamente os nossos ouvidos, a propaganda vai além do citado na
sequência 11ª e posso adiantar que não há fiscalização sobre os limites de
decibéis. A do ar só depende do vento, as partículas de minério de ferro entram
em nossas casas sem a menor cerimônia e destroem aparelhos respiratórios,
principalmente de crianças e idosos. Os jovens também levam a sua cacetada. Nada faz parar tanta
agressão. Muitos alérgicos espalhados por essa Itabira” – palavras de uma
enfermeira.
15ª — “A imprensa local
informou dados do trânsito em 2020. Estão disponíveis em vários sites: mais de
64 mil veículos estão emplacados em Itabira. Vale lembrar que esses
números cresceram muito em 2021 e são
acrescidos pelo aumento de dependência dos municípios vizinhos nos quesitos
saúde, educação, comércio, o que duplica a frota automotora solta em nas ruas” – um
jornalista.
16ª — Volto a lembrar a ocupação de nossas ruas, em alguns locais e
de ambos os lados. Estreitas, não há como suportar. É sabido que até o ano de
2030 haverá uma aceleração de atividades da Vale para despedir-se de nós. A
maioria do povo está adorando ver tumulto nas vias públicas, sinônimo de
“dinheiro que corre”. Para dar um ar de graça a essa confusão desordenada, o
meu amigo Zé Bode disse esta frase: “O dinheiro parado não dá para ser
alcançado, imagine correndo... Tô fora!”
17ª — Conversa de velhos nas
filas de lotérica: “A gente olha tanto
aviso nos bancos, aqui na lotérica, nas farmácias, nos supermercados, em todos
os locais sobre os ‘véios’. Falam em ‘atendimento prioritário’. Isso nunca
existiu, eu já estou avisando pros ‘véios’ bobocas que não é mesmo vantagem ser
dessa faixa de idade porque ninguém respeita nada de prioridade. Tamos
ferrados!” – um velho muito conhecido.
18ª — “Por que você não
lança em anexo ao seu guia e mostra o risco de muitas esquinas de ruas e
avenidas em Itabira? Em todo bairro existem transposições perigosas. E tem
mais: o motorista itabirano não respeita as rotatórias, as quais são em grande
abundância em Itabira” – um seguidor no WhatsApp.
19ª — “Eu acho que este dono
do Cabrito meio sem coragem para enfrentar os manda-chuva. Não entendo bem de
assunto político, mas fico pensando: será que esse Bode tem o rabo preso? Por
que não diz logo que todo político gosta mesmo é de falar e pouco de fazer?” –
telefonema de quem me autorizou a publicar o nome, mas desisti.
20ª — Conclusão das conclusões:
Itabira continua cada vez mais esburacada e sofrendo por interferência de um
órgão do governo, o Saae; ruas estreitas e o trânsito aumentando cada vez mais;
poluição do ar e do som (carros volantes, barulho infernal, falta de
fiscalização) atacam a saúde e a paciência do morador da cidade; estripulias do
trânsito, abuso de motoboys, “pegas” constantes, principalmente aos domingos e feriados à
tarde; “currais” (expressão nova) em passeios dos botecos, invadindo as vias
públicas, o pedestre não tem vez; mas esse pedestre acaba cometendo também erros demais – atravessa as vias públicas
fora das faixas, digita no aparelho eletrônico, pensa que não precisa sequer se
resguardar, nem olha.
Obs. 1. Não citei nome algum
dos que me enviaram mensagens, embora tenha sido autorizado por muitas pessoas,
a maioria de idoneidade moral
reconhecida e conhecimento total de cada questão abordada.
2. Este tema pode continuar na próxima postagem.
Cabrito (Bom ou Mau)
01/10/2021
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