Antes de rabiscar, ou dedilhar sobre este assunto, entendo que precisamos, primeiramente, evitar o assunto. Não é possível? Então, pense uma, duas, três, dez, cem, mil vezes. O ser humano é um inconsequente habitante do mundo que, do nariz para a frente, pouco vê. E no espaço infinito do mundo as pessoas se perdem. A violência nunca resolveu problema algum no mundo.
Desde seus
primeiros passos na face do Planeta Terra, o ser terrestre vem optando pela
guerra, pelo combate, pela emboscada, por situações que terminam em morte e,
antes, sangue. A raiva gera a ira e a violência é herdeira de todos os
malefícios que existem no mundo. Estudem a história: impossível listar o número
de conflitos que se desenrolam em cada pedaço de torrão e no mar, até dentro das
famílias. Isto é atraso intelectual imperdoável. Deveria envergonhar-nos.
Preocupa-me muito
mais saber que a Câmara Municipal de Itabira, a que tenho dedicado espaços em reflexões
escritas e comentadas, venha querer resolver a situação pelo lado das armas
físicas. Houve um caso de adolescente fazendo clima de apreensão e suspense em uma escola.
Isto não pode atrair sequer um estilingue para ser mediador.
Uma pergunta que
faço de mim para mim e dou a resposta: “Ignorar uma realidade é solução de
algum problema?” Resposta: “Não, definitivamente, não!” Fugir do tema? “Também,
não! Mas ter temeridade para focalizar determinados problemas, vale tentar e saber que o senso comum não resolve questões tão delicadas.
Existem, com
absoluta certeza, outros caminhos a seguir. Sugestão deste pobre escriba, lutador:
ao invés de pensar em “vigilância armada”, por que não introduzir um projeto
que seria, por exemplo, “vigilância amada?” E dela participariam os corpos discente
e docente de cada escola. Ou todos de mãos dadas, oficializando o abraço como
principal medida. Que beleza seria!
Quando
começou a recente guerra no Oriente, a mais terrível de
todas, houve religiosos e houve até mesmo ateus que sugeriram o amor para ser
acionado no lugar da guerra. O que criaram foi o terror, caminho tecnicamente de
contramão para seres humanos inteligentes.
É inovação. Por
que não? Inadmissível é querer discutir o assunto sem uma busca científica. Em
sua passagem pelo nosso mundo, o ser humano ainda não praticou bons e
determinados exemplos na área do humanismo, da concórdia e do entendimento
universal. Só pensa em armar-se, construir canhões de horror, destruir, matar,
humilhar, desenvolver armas letais.
Desde a
Pré-História, passando pelos episódios conhecidos da Antiguidade, atravessando
as idades Média e Contemporânea, o hoje que consideramos definitivo e não é, o
habitante do mundo só tem guerreado e vive de dentes trancados como o homem da caverna. Poucos falam em paz e, quando falam, não
agem, repito. E se tomam alguma providência, procuram uma saída para destruir, eliminar, executar.
Vejo agora a
melhor oportunidade que os vereadores levantaram, especialmente o líder do Governo,
Wéverton Andrade, Vetão, autor de um projeto arriscado. Acredito num bom momento para ser oficializada a
técnica do amor no lugar do combate. A cabeça do ser humano precisa mudar e
estamos além do momento vencido. Vamos, gente!
O Homem de
Neandertal não pode mais continuar liderando a cabeça desta geração e
transmitindo horror e terror para os novos tempos. Que vença o amor desde já.
Entrego minha confiança no Poder Legislativo de Itabira.
José Sana
Em 22/05/2023
Imagens: Redes Sociais
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