Decorridos cerca
de 4,54 bilhões de anos da existência do Planeta Terra; cerca de 195 mil que apareceram
por estas bandas os primeiros seres humanos “modernos”; aproximadamente 120 séculos
que foi registrado o nascimento da inteligência humana — dados científicos de antropólogos e
historiadores — e chegamos a uma época chamada de quarta revolução industrial, mesmo
assim ainda estamos em plano inferior a Sócrates no seu assustador “Só sei que nada
sei”. Tudo bem, queria perguntar a uma
meia dúzia, ou menos, de leitores que me leem: você ainda não aprendeu a
decifrar a ditadura socialista comunista e alimenta esperança para ela? O percurso do mundo até aqui
tem longevidade, mas a vida é curta e nosso tempo vai se esgotando.
Você seria
comunista apenas porque as discussões no boteco da esquina, ou no salão de
beleza, ou no rol da igreja a que comparece para orações semanais instigam-no a
tal, ou é a escola que o influencia e nela perambula um professor de história
que quer ser diferente e se diz marxista? Ou você, vivendo o pleno capitalismo
que domina o mundo, que existe desde Adão e Eva — “Sustentarás a família com o suor do teu
rosto!” — sonha em ocupar o lugar dos reis e dos ditadores pois só eles desfrutam
das abundâncias do sistema do ferro e do fogo?
Você, que está sabendo
do que se passa no vizinho país, a Venezuela, a derrocada completa do regime
que acabou despedaçando a economia de um país pequeno e rico, nega-se a mirar
este exemplo como uma bússola que mostra o rumo “aqui mora o fracasso”? Você, que
ama seu país e sua família, parentes e amigos, deseja que o nosso país siga os
mesmos rumos de outros na América Latina, onde definitivamente o sonho
socialista virou pesadelo de terror e horror?
Imagino que
fazer uma comparação do socialismo/comunismo x capitalismo num só núcleo do globo
terrestre possa ajudar aos que ainda estão com a mente infestada de sonhos
contraditórios e impossíveis, ou mais claramente, sofreram alguma lavagem
cerebral no curso da vida. Então, coloco um mapa em cima da mesa, abro-o para
ver o que está ao nosso alcance enxergar. Depois de tantas informações e
claríssima limpidez, o óbvio que de tão repetitivo parece um pleonasmo,
estampa-se e nos ofende e humilha a percepção. A partir de dados mensuráveis vividos
e mostrados pelas duas Alemanhas, a Ocidental e a Oriental, temos a lucidez de sentir, apalpar, farejar
todas as agruras que o regime socialista/comunista nos escancara para que
evitemos seguir suas pegadas maliciosas.
Acrescentando
mais algo lúcido a esta discussão que já não deveria existir mais, recorro ao
filme intitulado “Dramática Travessia”, produzido em 1981 e lançado no ano
seguinte, com uma hora e 46 minutos de projeção, direção de Delbert Mann,
histórico, drama, suspense, baseado em realidade, para colaborar nesta varrição
de mentiras que assola o cérebro de alguns descuidados.
A história
verdadeira que o filme retrata ocorre em 1978, quando duas famílias, Strelzyks
e Wetzels, trabalham em um plano para escapar para o outro lado do Muro de
Berlim. Consciente da forte militarização, Peter Strelzyks sabe que a única
forma de ultrapassar o muro é pelo ar. Com a ideia de construir um balão
caseiro, espaçoso o suficiente para carregar as duas famílias, eles apostam na
arriscada aventura que pode realizar seus sonhos de fuga ou destruir todos de
uma só vez.
Agora vejam os
horrores do regime da República Democrática Alemã (RDA) — democrática só na
sigla, como de todas as ditaduras mundiais — levam as famílias, com filhos
menores e arriscam quase uma dezena de vidas. Eles conseguem alçar voo com o
balão e, após perseguição desesperada de membros do governo totalitário alemão,
atravessam o muro e pousam numa clareira da floresta, pertencente à Alemanha
Ocidental. Estão salvos. Celebram festivamente, abraçando-se. Vale a pena ver o
filme.
Além dessa
história emocionante, convido a meia dúzia que me lê a fazer comparações entre
as Alemanhas Ocidental, do Capitalismo, da liberdade total e da democracia, com
a Alemanha Oriental, insistente no Socialismo Comunista, degradante e exibindo
sua força de um regime de exceção. O Muro de Berlim já foi demolido há quase 30
anos, mas ainda nos oferece outro exemplo desanimador diante da realidade cultural
e histórica: suas marcas prevalecem e ninguém precisa mais construir balão para
atravessar da miséria para o progresso, mas a cultura da opressão, da falta de vontade
de viver ainda persiste lá, sobrevive, com a pobreza que é uma característica socialista/
comunista, um câncer que avança mesmo contra remédios eficientes.
Enquanto isso, a
conta para o Brasil, é menor, são 16 anos de governo rumo ao mesmo objetivo inadmissível
que nos apunhalou. A tarefa brasileira representa em torno de 50% da empreitada
alemã, mas ainda assim, considerando que o país tem 40% de cegueira política,
social, econômica e financeira, o desafio é gigantesco. Precisamos também
construir balões caseiros para que atravessemos o muro do obscurantismo, da
visão retrógrada (que só alcança um palmo depois do nariz) e da preguiça que
também o comunismo produz. Você sabia que no socialismo bolivariano pode cruzar
os braços e não morrerá de fome? Uma afronta aos desígnios divinos.
Depois de
assinar esta página, espero não ser mais preciso discutir este tema com quem
quer que seja, porque, repetindo o que registrei, o Planeta Terra tem vida
longa, mas nós, não, somos de curta duração e o tempo se extingue enquanto prevalecemos
apagados na ignorância.
José Sana
Em 20/03/2019
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