Evidentemente,
não fui eu quem descobriu uma façanha inesquecível de Marx, depois de uma
discussão que tive com um cidadão cubano-brasileiro, que visita Fidel
Castro pelo menos quatro vezes ao ano em sua ilha avaliada em uma Bolívia e um Equador
inteiros. Na discussão, fiz apenas uma conexão do Comunismo, de que ele é macaco
de auditório de primeira fila, com o Nazismo, aquele regime que perseguiu
durante dezenas de anos a raça judaica, a começar exatamente pela Alemanha,
terra de Marx e, coincidentemente, a pátria de Adolph Hitler, o carrasco que
ameaçou o mundo durante anos a fio.
A ligação de
Marxismo com Nazismo àquela altura dos nossos debates tinha uma defesa
muito coloquial, algo assim do senso
comum. Contudo, acabou chegando às minhas mãos um livro esclarecedor, do velho
Marx, cujo título é “Sobre a Questão Judaica”, (título original “Zur
Judenfrage”, prefácio de Daniel Bensaïd, tradutores Nélio Schneider / Wanda
Caldeira Brant, Editora Boitempo, 2010, 144 p.).
Nesse livro,
chamado de ensaio, Karl Marx realiza reflexões sobre as condições dos judeus
alemães em meados do século XIX e estabelece propostas para a solução de suas
questões concretas. Mais do que a análise de uma conjuntura específica, a obra
traduz a passagem definitiva de Marx para o materialismo histórico e o Comunismo,
tornando-se assim uma leitura fundamental para a apropriação de seu legado.
A obra marca,
assim, um momento crucial da mudança intelectual e política de Marx, que
desembocaria na sua teorização sobre a luta de classes e a revolução
permanente. Nele está contida a velha ideia de que o Capitalismo, o Belzebu do
Marxismo, imperou no mundo por causa dos judeus, seu preferido bode expiatório.
Marx apresenta uma receita para eliminar os judeus da face da Terra em todas as
esferas. “Uma organização da sociedade que abolisse os pressupostos da usura,
por conseguinte, a própria possibilidade do comércio, impossibilitaria a
existência do povo judeu. A sua consciência religiosa dissolver-se-ia como um
vapor insípido na atmosfera real, tonificante, da sociedade”, escreveu ele.
Traduzindo: vamos matar os judeus. Isso um pouco antes de surgir o malvado
Nazismo.Mais do que isso, ele inspira o Holocausto.
E disse mais:
“Descobrimos no Judaísmo um elemento antissocial universal do tempo presente,
cujo desenvolvimento histórico, zelosamente coadjuvado nos seus aspectos perniciosos
pelos judeus, atingiu agora o ponto culminante, ponto em que tem necessariamente de se desintegrar”,
acrescentou.
Assim, Karl Marx
aproximou o Comunismo, a doutrina que nasceu de sua cabeça ambiciosa, de
preceitos nazistas antecipadamente, ensinando rápidas vitórias para consumação
dos planos alemães. Adolph Hitler, aprimorando a busca de rumos do compatriota,
pregou que “dez mentiras se transformam em mil verdades se repetidas
frequentemente”. É essa, evidentemente,
a prática do regime destruído na Segunda Guerra Mundial, quando o seu inventor
caiu de suas crenças obstinadas para o inferno de outro plano.
Mais que adeptos
de ídolos do passado que não “morrem”, a exemplo de Elwis Presley, o Marxismo
tenta se soerguer. Como disse, a cada eleição aparecem os seus cabeças de cuité
que tentam se encaixar em alguma oca esperança para se mostrarem importantes,
diferentes e superiores. Agora que os partidos mais radicais se retiraram das
disputas das eleições deste ano, novamente o fio de esperança deles é o Partido
dos Trabalhadores, hoje mais uma marca de cachaça do que obviamente uma linha
de organização política .
O degradante da
história é a busca do socialismo misturado com corrupção. Quando recebem
acusações tentam abafá-las com denúncias de erros do partido opositor. E se
tornam capazes de destruir qualquer imagem, como fizeram neste final de campanha eleitoral com a
indefensável candidata Marina Silva. A degola de Marina representou a maior
covardia que um ajuntamento de seres selvagens pode fazer com uma idealista,
algo assim impensável que, se houvesse justiça neste país, teria que pegar o
PT, torcer e mandar para o verdadeiro inferno, onde habitarão e habitam, inexoravelmente,
os seus abomináveis demônios.
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