“Mas isso é
velho!”. Esta uma exclamação quando alguém comenta, nas redes sociais da
internet, mais um escândalo em pauta desencadeado nas hostes do governo do PT.
As denúncias contra a turma do Lula e da Dilma estão batidas, viraram
pleonasmo, porque, evidentemente, são velhas e se aproximam cada vez mais da
perfeição do crime tal como mais saboroso o vinho de outros tempos. O que quero
dizer é isto: ficou tão repetitiva a maré de corrupção que as pessoas dizem
mesmo: “Isso é velho!” Velho nada, trata-se de mais um descaro de um grupo que
parece estar aí para desmoralizar o mundo.
O pessoal que
elegeu a Petrobras como rica fonte de
fornecimento de riquezas para bandalheiras pensou, com certeza, assim: “Jamais
descobrirão o que estamos tirando de uma super empresa tão poderosa.” E foi
exatamente nesse detalhe que qualquer pessoa descobre, mesmo o mais descuidado,
o real motivo de os partidos de esquerda serem determinadamente contra a
privatização de qualquer botequim que sobra das áreas governamentais. Se
privatizar sai das normas que planejam a corrupção e aí não dá mais. Gritam,
como muitos o fizeram quando entregaram baratinha a Vale para as mãos do truste internacional: “A Vale é patrimônio do povo” e “O petróleo é nosso!” Na verdade, esses
bens valorosos são mantidos sob tutela como a origem de toda a riqueza que suprirá a gana esquerdista.
Quando me
recordo que ajudei a entoar os hinos que artistas escreveram contra a
privatização da Vale, tenho ímpetos de cachorro atropelado. A raiva é de mim
mesmo. Itabira recebeu as mais importantes lideranças políticas deste país de
todos os partidos. Houve seminários no teatro do Centro Cultural e shows
interessantes de cantores famosos em praças públicas. O grito de “Reaja
Itabira!” foi entoado não só pelo povo itabirano mas, de maneira geral, o
Brasil inteiro. Mas não teve jeito, a força do capitalismo foi muito mais forte
que o sentimentalismo do povo.
Quando já era
irreversível a desestatização da Vale, o então prefeito, Olímpio Pires Guerra,
o Li, e seu staff foram a Volta Redonda, no Rio de Janeiro, onde tinha sido
privatizada a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A equipe de Li Guerra
queria e conseguiu alguma coisa: o que
fez a administração municipal de Volta Redonda para tirar o máximo possível de
uma empresa que passou a ser particular? Foi trazido o modelo de ação e Li, além de juntar a outros
exemplos a clara lição de ações, preparou outras providências e até mesmo uma
proposta de indenização, cujo processo se encontra, ainda, na Justiça.
Lembrei-me da fatídica privatização da Vale para chegar
ao seguinte: se a Vale tivesse seguido a vida como uma empresa estatal, estaria
a esta altura esmagada pela ganância deste governo que, evidentemente, só pensa
em si. Informa a imprensa que a Petrobras se encontra no fundo do poço, apesar
de ser uma potência de riqueza extraída do fundo do mar. A Vale sobrevive às
custas da extração de minério de ferro e consegue crescer a cada novo dia por sobre a rigidez
de uma empresa particular. O seu movimento em Itabira aumentou
consideravelmente, apesar de grande parte de seu pessoal ser terceirizado. O
mais interessante é o seu projeto “Itabiritos”, cujo nome indica o
aproveitamento de todo o material que, quando abundava ao nível do solo a
hematita com cerca de 80% de ferro, tudo era muito fácil. Hoje, quando é implementado o projeto que não é senão a terceira safra do minério, nota-se o
gigantesco crescimento da empresa. Estariam hoje os políticos e empreiteiros
sugando a última réstia de rejeito e brigando no tapa pelo nada? Ninguém tem
dúvida sobre isso.
Ninguém também pode
aceitar que a vida no Planeta Terra tenha sido feita para nela vivermos a felicidade duradoura
sem mais nem menos. Pela sua condição de temporária, tanto a vida do
ser humano como de outros viventes, e também o próprio globo terrestre, denota
que aqui estamos para uma luta bem acirrada, pelo aprendizado da grande
jornada, finita acima de tudo, não se pode imaginar que há fatos que
entristecem sobremaneira a vida humana que sejam intimamente ligados ao ser
humano que chega, nestes tempos atuais, a este mundo.
Inconcebível termos
que apresentar aos nossos filhos o mundo em que vivemos. Esquivamo-nos
ou apenas tentamos nos esquivar, mas não
há saída. É como termos que dizer àqueles mais novos, nossos filhos ou não,
secamente e como um tiro no peito: “Entre para este mundo cruel, prepare-se
para ser pisoteado, sacaneado, arrebentado, injustiçado, surrupiado e que o que
possam fazer contra você. Se quer salvar-se , tornar-se, finalmente um ser
decente, terá que comer o pão que o
diabo amassou e virar um pobre-coitado envergonhado!”
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